VIDA RELIGIOSA Prólogo
A palavra religião vem da palavra latina “religarae” que significa religar-se. Quando várias pessoas se juntam para conviverem em harmonia chamamos este ajuntamento de Comunidade. Quando esta Comunidade inteira possui um mesmo objetivo e, todos os participantes da Comunidade seguem as mesmas normas e procedimentos por ela estabelecidos para atingir o objetivo desejado, ela se constitui numa Sociedade. A Religião é, portanto, uma comunidade e uma sociedade com normas, regras, procedimentos e leis regulativas que todos os participantes da sociedade tem que obedecer e cumprir. Desta forma, a sociedade formada é reconhecida, respeitada e, conforme o seu grau de representatividade junto à Grande Sociedade do Planeta, tem mais ou menos poder de ação ou poder de manifestação. Traduzindo: Respeito e Reconhecimento.
A Religião, como entidade cultural e tradicional, é indispensável para compor junto com a Ciência, a Filosofia e a Arte, o conjunto de informações que se constituem nos Quatro Pilares da Sabedoria Universal. Nenhum dos quatro pilares sozinhos consegue explicar e convencer os seres humanos do surgimento da vida e das razões de sua existência. É por isto que todos os seres humanos procuram aprender, conhecer e vivenciar os Quatro Pilares da Sabedoria Universal.
À prática das leis, fundamentos, normas, regras e tradições religiosas, dá-se o nome de Vida Religiosa.
Vida Religiosa é o reconhecimento da existência da Realidade Divina e Suprema onde o ser humano aprende a se harmonizar com a Divindade.
Divindade é o Ser Maior, anterior a tudo e criador de todas as coisas, inclusive das demais divindades que compõem o mundo sobrenatural.
O ser humano por sua natureza kármica, ou seja, por precisar vivenciar a sua existência a fim de evoluir, por estar encarnado e envolvido num universo de Quatro Pilares de Sabedoria, sente necessidade de vivenciar todos os conhecimentos auridos sejam eles de que Pilar for e, por isto, migram de um conhecimento para outro sem prévio aviso, bastando que o assunto de momento saia de foco, ou seja, saia da mídia e caia ocasionalmente no ostracismo. Às vezes é esta falta de continuidade no desenvolvimento de um mesmo assunto que faz com que o ser humano deixe de aprender coisas novas e mais evoluídas ou de entender um tema de difícil interpretação.
A Teologia é o estudo das coisas de Deus. A Religião é o caminho de re-ligação do ser inteligente a Deus. Praticar a Religião é estar dentro da Teologia. Desta forma, tudo aquilo que nós aprendemos dentro de uma Religião são as coisas de Deus, ou seja, a Teologia, e portanto, nos faz voltar a ser novamente uma dessas coisas de Deus.
Portanto, fica claro que a Teologia não é um bicho de sete cabeças. Na verdade ela é até muito fácil de ser aprendida. Nós, seres humanos, é que complicamos as coisas da vida e da natureza que sempre são muito simples de se aprender. Basta querer e ter um pouco de bom senso e uma boa dose de paciência. A pressa é inimiga da perfeição.
A sabedoria é acessível a todos os seres humanos, porém não com a mesma intensidade, pois o aprendizado depende muito do grau de entendimento que é diferente para cada ser. Esta diferença de grau de entendimento entre os seres é ocasionada pelo uso do livre arbítrio de cada espírito durante as vivências nas encarnações. Quando o livre arbítrio nos leva para longe de nossas obrigações kármicas numa encarnação, certamente que, por uma questão de justiça para com os outros que cumprem as suas, quem não cumpre corretamente as suas vivências encarnatórias de Entendimento, fica devendo e, por isto, aqueles que cumprem sempre conseguirão entender as coisas mais rapidamente do que aqueles que não cumpriram.
Praticar uma Religião não significa apenas frequentar as seções ou rituais coletivos. É preciso aprender “as coisas” da Religião, pois elas também são “as coisas de Deus”.
Teoricamente, toda Religião ancestral apresenta cinco partes distintas que compõem toda a estrutura teológico-vivencial de sua proposta religiosa. São elas: a Base Filosófica, a Base Fundamental, a Base Vivencial, a Base Prática e a Base Cultural Teológica. O que muda entre elas são os rituais e práticas que compõem seus ensinamentos. Esta parte que diferencia uma Religião da outra é composta por Disciplina, Ritual e Liturgia. Este trabalho refere-se unicamente à Disciplina Religiosa, portanto sem entrar em detalhes de execução de Ritual e Liturgia. O nosso propósito é apenas orientativo e não didático. Aceite, pois como uma colaboração e uma orientação para que você possa nortear de forma organizada e sequencial, sua sede de aprender.
A Umbanda é uma religião que começa a existir no mesmo instante que começa o ser humano a existir no Planeta Terra.
A Umbanda é uma Religião milenar em seus fundamentos, cósmica em seus preceitos, evolutiva em suas manifestações e brasileira em suas origens.
Na Umbanda, os mistérios desvendados a todos são ensinados, já que descobrir mistérios é o fundamento básico da evolução.
Brasão de Freitas.
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