sábado, 6 de setembro de 2014

Item 4 - CULTURA UMBANDISTA

ORIXÁS II: YORIMÁ visão do Candomblé
PERFÍS DOS ORIXÁS: YORIMÁ 1
VISÃO DO CANDOMBLÉ (Síntese)


Obaluaê
(povodearuanda.wordpress.com)

PERFIL DE YORIMÁ, OMULU/OBALUAÊ – XAPANÃ
O tremo Yorimá não é conhecido nem usado no Candomblé. Os pesquisadores africanistas não o encontram em suas pesquisas sobre os Cultos de Nação na África. Assim, Yorimá é um termo utilizado apenas na Umbanda.
No Candomblé, a divindade que mais se assemelha a Yorimá é Xapanã, tão temido que os adeptos não ousam pronunciá-lo, preferindo suas duas manifestações: Obaluaê, o mais moço; e Omulu, o velho.
Para a grande maioria dos devotos do Candomblé, os nomes de Obaluaê e Omulu são intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo, um mesmo conceito: é o Orixá da doença.
Xapanã é um nome proibido no Candomblé, não devendo ser mencionado, pois pode atrair a doença inesperadamente. Segundo Pierre Verger, o mito deste temor pode Ter-se originado em consequência das campanhas militares de um chefe guerreiro muito temível, que não costumava poupar seus inimigos e arrasar as terras que a seu domínio se opunham. E só de ouvir falar o seu nome, já gerava pânico no povo.
A figura de Omulu / Obaluaê e seus mitos é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. A este Orixá é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faz parte da essência básica vibratória do Orixá o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.
A visão de Omulu / Obaluaê é a de castigo para quem falte ou deva algo a ele ou a quem ameaçar um filho de santo seu. Seu arquétipo assume a postura de uma divindade terrível que exige respeito.
Os filhos de Omulu / Obaluaê comumente se apresentam como solitários, de jeito severo, demonstrando claramente a figura de quem se sente rejeitado pelo destino, e que começou a sofrer desde o nascimento. Isto provoca uma dificuldade de relacionamento com as outras pessoas que só é superada com muita paciência e compreensão. Talvez por isso use seu poder para assustar os outros. Mas, por outro lado, são capazes de se sentirem satisfeitos quando a vida corre tranquila para eles. Podem estar bem materialmente e rejeitar tudo por escrúpulos imaginários. São capazes de se consagrar ao bem estar dos outros fazendo abstenção de seus interesses vitais.
Seu elemento é a terra. Seu domínio, o universo das doenças (causa e cura), vírus e bactérias. Seu axé é preto (a sombra do desconhecido e do mágico).
No candomblé existem 3 princípios básicos de axé : o preto como descrito acima; o vermelho, a força ígnea transformadora e energia do fogo; a branca, a luz, cor do esperma, o princípio da vida e de tudo.
Obaluaê quer dizer rei, senhor da terra. Omulu significa filho do senhor. E a saudação Atotô quer dizer submissão, “coloco-me a teus pés”.

DADOS RITUALÍSTICOS
          Filiação: Orixalá e Nanã Buruquê
          Metal: Chumbo
          Número sagrado - 2
          Cor: Branco e preto para Obaluaê, branco preto e vermelho para Omulu.
          Guias: Em missangas brancas e pretas para Obaluaê; e brancas pretas e vermelhas para Omulu, ou então uma guia especial chamada Laguidibá, ou toda de búzios mas entrelaçada com palha da costa.
          Veste ritualística: Saia feita nas cores da guia, recoberta de palha da costa que tampa todo o corpo. Na cabeça torso trançado com a palha da costa com missangas nas cores do Orixá, com búzios. Nos pulsos braceletes de palha da costa toda incrustadas de búzios. Na mão, um cetro de palha da costa trançado, com varinhas, recoberto de búzios e missangas. Nos tornozelos, tornozeleiras de palha da costa, búzios e missangas.
          Comidas: Pipoca, azeite de dendê, farinha de molho (para Omulu). Pipoca, azeite de dendê, bife de porco, cebola e mel de abelha (para Obaluaê). Aberém.
          Animais de sacrifício: Obaluaê = Porco, galo, coquem - Omulu = Bode, cabra, galo (brancos e pretos).
          Apetrechos: Xaxará e Guizos.
          Assentamento: Otá de pedra escura e invulgar
          Paó: 5 batidas de palmas acima, 5 abaixo, as três de reverência, toque com a mão no chão, e adobalé.
          Toque: Opanijé
          Dia consagrado: 2ª Feira
          Saudação: Atotô
          Qualidade do axé: Preto.

OBSERVAÇÃO:
As fotos e figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.

sábado, 30 de agosto de 2014

Item 7 – OS RITUAIS NA UMBANDA

RITUAL E CAMARINHAS
Por: Brasão de Freitas

RITUAL DE TRABALHO


Abrie um Trabalho é iniciar um ritual

(Foto: Magia, feitiços e poções originais)

Fundamento de Origem e Magia
Vamos repetir o que dissemos na matéria anterior sobre os rituais quando falamos do Ritual de Abertura de Trabalho. Queremos aqui confirmar que o nome correto é RITUAL DE ABERTURA DE TRBALHOS. Tudo que é ritual na Umbanda começa na abertura de trabalho, que na realidade significa “abrir a sequência lógica de qualquer cerimônia ritualística”. Nenhuma vibração será alcançada se não for seguida uma sequência lógica específica, isto é, já consagrada por ritual e liturgia. Caso contrário, não haverá conexão energética. Para efeito dos Rituais Defininitivos e Liturgicos ou Rituais Sacros (Que são os principais Rituais da Religião Umbandista) os rituais devem seguir sequências lógicas e racionais definidas como Sacramentais. Para esses casos sempre será necessário o que foi descrito na postagem anterior que vamos repetir a seguir :
“O TRABALHO, mais especificamente “abrir” Trabalho significa efetuar ou iniciar um ritual do tipo Gira de Umbanda sem a presença mínima de sete médiuns com ordem de trabalho ou sem os assentamentos de segurança de um Terreiro. A sua finalidade no dia a dia é poder abrir e fechar cerimônias ritualísticas as mais diversas com uma quantidade mínima de pessoas que sejam médiuns (Muitas vezes apenas o médium que comanda os trabalhos).
Desta forma o TRABALHO é fundamental na sistemática ritualística da Umbanda justamente pela necessidade de se realizar rituais como os que a seguir vamos mostrar.”
Na verdade, qualquer contato com o Mundo Espiritual ou Subjetivo, tem que ser feita através de “Abertura Ritualística”. Esta Abertura Ritualística consta em princípio do seguinte:

O Ritual (Síntese)
A Cerimônia básica deste Ritual considerando o mais simples de todos que é simplesmente rezar uma Oração para entrar em contato com o Mundo Espiritual, até o mais complicado dos inicios de rituais Sacramentais, consiste no seguinte: Preparação do material, a escolha do local (Mesmo que seja apenas uma oração, o local é muito importante) assentamentos de Defesa se for o caso; Abertura, Efetuar a oração de abertura do trabalho ou simplesmente saudação ao mundo espiritual antes da Oração definitiva caso seja apenas uma oração; a Realização Cerimonial, que consiste em efetuar a oração; refetuar os pedidos; Encerramento, Fechamento espiritual do ritual ou despedida com agradecimento antecipado.

domingo, 24 de agosto de 2014

Item 5 – ASSUNTOS DIVERSOS – Oxumarê

OXUMARÊ AS CORES DA VIDA NO UNIVERSO

Por Brasão de Freitas
Oxumarê
(vibflog.com)

Salve 24/08/2014. Salve OXUMARÊ o Senhor da Luz refratada, o Par Vibratório de Yemanjá que juntos formam a CORÔA DIVINA com os outros 6 Pares Vibratórios das 7 Linhas da Umbanda.
Segundo o Candomblé, em termos bem superficiais, pode-se associar o Arco-Íris ao bem e a cobra ao mal porque, se o primeiro é uma imagem colorida, bonita que traz prazer estético às pessoas, o segundo é um animal perigoso, traiçoeiro e misterioso que tudo é capaz de fazer, levando o homem à morte. Entretanto, convém observar que tanto a cobra como o Arco-Íris têm muito mais em comum do que diferenças radicais, pois ambos são representações mitológicas do mesmo fenômeno, que é a existência dos ciclos que se repetem na vida, mesmo que sejam em oitavas acima, de forma helicoidal. Por este poder que ilumina o universo, a Umbanda reverencia esta grande Força que simboliza o MOVIMENTO DO UNIVERSO.
A Luz de Oxumarê se refrata em cores, derramando beleza e riqueza por todo o Universo. Seu refletor, o hidrogênio do espaço cósmico, são as águas da vida (As Águas de cima) a que se refere a Bíblia dos Cristãos, enquanto Yemanjá representa as águas de baixo, o útero que gera a vida.
Assim começou a se desenvolver a vida no Universo Criado por Deus.
A refração da Luz representa a Diversidade da Vida no Universo e não a variedade de opções instintivas de prazeres do ser humano.
Por atuar dentro do mesmo signo regente (Câncer) com seu par Yemanjá, muitas vezes é confundido e a ele atribuído atividades passivas (femininas) que são manifestações de seu par Yemanjá e não suas.
O movimento é a resultante de uma preponderância alternada entre duas forças antagônicas (Originalmente e simbolicamente, Luz e Trevas). Aquele que dá, recebe; aquele que recebe, dá; aquilo que vai, volta.
A vida compõe-se de uma aspiração e um sopro; de um fluxo e um refluxo; etc., que denota uma dualidade não de poder, mas sim de um par.
Do vocábulo Oxumarê temos decodificado:
O = Círculo
OX = Ação ou movimento
UM, AUM = Energia em ação e movimento
MA = Água; elemento fluente
RE = Iluminar; reinar

Traduzindo por fonemas teremos:
OXUMARÊ = Ação da luz movimentando a água, ou Ação da luz sobre o fluxo e refluxo dos elementos fluentes.
Considerado como Poderoso Senhor das Riquezas (O pote de ouro no fim do Arco-Iris), sua maior riqueza é a refração da Luz que significa Arte e Religião ou Beleza e Fé, dois dos quatro Pilares da Sabedoria Universal.


sábado, 23 de agosto de 2014

Item (9) A Gênese Umbandista (Cont. item 1)

ITEM 9 – A GENESE UMBANDISTA – Capítulo VII
Por Brasão de Freitas


Olorun
(Michelangelo)

O PRIMEIRO INSTANTE DA CRIAÇÃO


A CRIAÇÃO DO UNIVERSO TOTAL ou CRIAÇÃO DO MUNDO

Como já vimos anteriormente, existem 3 Realidades extrínsecas, co-eternas, co-existentes, aquém do Poder Divino. São elas: os Espíritos Puros, o Vazio Neutro (Espaço Cósmico) e a Substância Etérica Indiferenciada. A Criação destas Três Realidades foi o Primeiro Instante Criativo de Deus.
Quando isto aconteceu?
Ninguém sabe e provavelmente jamais saberá porque é Arcano Único de Deus. A não ser que Ele, e somente Ele assim o deseje e então venha a permitir. Não podemos falar em nome Dele, nem por Ele.
O que sabemos é que, num determinado instante da eternidade que é domínio exclusivo do Senhor Deus (nosso Pai Olorum), Ele decidiu criar de Seu próprio Poder e Vontade, uma Obra tão bela e perfeita que somente Ele fosse capaz de criar, para que jamais houvesse qualquer dúvida de que Ele existe e é o Senhor Absoluto de todas as coisas.
No Primeiro Instante da Criação, Deus criou a Luz, e conseqüentemente as Trevas, senão a Luz não poderia existir, ou seja, se manifestar. E determinou um meio de separação entre a Luz e as Trevas, isto é, criou o Vazio Neutro, palco da existência de Luz e Trevas. Foi a Manifestação do FOGO e da ÁGUA (a água é a matéria prima indiferenciada, o fogo é o espírito puro).
O Universo Total é uma Obra Prima. Prima de primeiro, Prima de primordial, Prima de perfeição absoluta.
De qualquer ângulo, de qualquer maneira ou de qualquer jeito que se olhe ou se interprete esta Obra Prima, fica claro que somente um Ser absolutamente Poderoso, Perfeito e anterior a própria obra seria capaz de cria-la.
As Três Realidades são tão absolutamente fantásticas e tão absolutamente perfeitas, que somente Alguém ou Algo que transcenda o absoluto da Obra, seria capaz de cria-las.
Como seria possível a nossa pobre e ofuscada mente entender o esplendor da Luz das Divinas Potências, sem falar na total impossibilidade de suportar o esplendor da Luz do Divino Senhor, ou da imensidão inimaginável de algo infinito como o Vazio Neutro ou a existência de uma Matéria tão caótica que o poder de sua destruição possa gerar vida?
Pois bem. Embora não possamos entender, certamente podemos ver, sentir e perceber que a ordem do caos é fruto da entropia e sintropia da própria matéria caótica, e da nossa capacidade de perceber que para ordenar um caos é preciso muito mais que um “poder” além da imaginação e do próprio caos.
Vocês não sabem, prezados leitores, o quanto é difícil formular frases para tentar mostrar algo invisível, explicar o inexplicável ou entender o imponderável.
Mas podemos provar para vocês que o Espírito existe através do Eu e da Consciência, e que somente os Espíritos possuem percepção, amor e sabedoria. Se vocês sentem amor, aprendem observando a vida e conseguem perceber a diferença entre o bem e o mal, então vocês são Espíritos. Então vocês são “realidades”, isto é pertencem a uma das Três Realidades. A isto chamamos Existir.
Existir, portanto, é o primeiro ato da manifestação da Vontade de Deus.
Então fica claro que nós existimos como “realidade” transcendental, isto é, força invisível, mas perceptível, inteligente, consciente, sentimental e pessoal. Somos força invisível que se manifesta em corpo visível, o que quer dizer que existe matéria. E como esta matéria se manifesta, é porque existe espaço para que aconteça a manifestação.
Então Espíritos, Espaço Vazio e Matéria existem. Observando de todos os ângulos verificamos que as Três Realidades existem e são perfeitas (porém não absolutas) porque foram criadas pelo Ser Supremo e Absoluto.

sábado, 16 de agosto de 2014

Item 10 – OS ELEBARAS NA UMBANDA (Parte 13)

QUIMBANDA (EXU/POMBAGIRA)
(AXIRÔS/ELEBARAS)
Por: Brasão de Freitas
Parte 13 – PERFIL GERAL DE POMBA GIRA

ELEBARA VISTO PELA CORRENTE POPULAR
Representação de Pomba Gira Maria Mulambo

PERFIL POPULAR DE POMBAGIRA
Como Divindade é considerada vibratoriamente como par de Exu. Assim sendo, o que diferencia são apenas as características femininas ou passivas da força que representa.
Como entidade, é essencialmente feminina e possui o poder do domínio dos sentimentos afetivos, sensuais e sentimentais, além de controlar o “poder orgânico”.
Apresenta-se sempre de forma sensual, provocante mesmo, porém agindo de forma absolutamente individual sem parcerias.
Seu domínio sobre o “poder orgânico” se refere aos órgãos genitais, nos casos de doenças e potência. Sua atuação se efetua tanto na mulher como no homem, em todo o seu campo de atuação.
Manifestada em incorporação (Homens ou Mulheres), dança de forma bem feminina, demonstrando seu grande poder sobre o “corpo”. Com sua dança, bota para fora o ego, seus gestos definitivamente tem ligação com seu trabalho no descarrego, e dão “ajuda” física ao médium ao qual está incorporada. Seu trabalho é fundamental no equilíbrio dos seres. Também estão envolvidas nos processos de cura do corpo físico, principalmente de doenças perigosamente devastadoras com Cancer.

AS SETE LINHAS
A grande Corrente Popular (Corrente no sentido de grupo) durante muito tempo não se aprofundou nos conhecimentos e fundamentos dos Elebaras, talvez por não saber ou talvez por medo.
Após o surgimento das obras do insigne Mestre W.W. da Matta e Silva, uma grande mudança começou a acontecer nas hostes da Corrente Popular. Considerando também que as Entidades responsáveis por templos umbandistas muito influenciaram trazendo novos conhecimentos e conceitos sobre Exu, os demais templos começaram a “tratar” Exu com mais compreensão, respeito e fundamento. Rapidamente começaram a surgir templos com rituais onde a figura do Exu Guardião começava a aparecer, como aqueles que equilibravam os Espíritos Guias.
Hoje em dia, na Corrente Popular, já é comum ver Exu dando passe e usando roupa branca. Da mesma forma, os fundamentos começaram a serem sincronizados, com a interferência direta das próprias Entidades. Exu deixa de ser tabu e medo, para ser Elebara, o Agente Cósmico Universal, senhor do Axé ou Poder da Reposição e Restituição à Natureza.
Os nomes das Entidades, Chefes de Falange ou de Legiões ou mesmo de Entidades Guardiãs ou Protetores, são simbólicos e regionais (região do Brasil), pois Exu não gosta de dar seus verdadeiros nomes. Preferem ser identificados com um nome popular e que reflita, muitas vezes, uma “roupagem” utilizada no mundo das trevas. Admitindo que o Poder das Trevas é temporário, os nomes também deverão ser, salvo os “mântricos” e de “fundamentos espirituais”. Admitindo também que a Verdade de amanhã é diferente da Verdade de Hoje, pois será uma Verdade mais Evoluída e mais fundamental.
E é o próprio Exu quem nos revela, ou nos ensina esta grande verdade quando de “viva voz” nos diz: “Hoje nós somos o que um dia tu fostes e tu és hoje aquilo que um dia nós fomos. Como seremos amanhã, nós e tu, só o ODU pode nos dizer...” (Andaru).
“A verdade Plena é como a Sabedoria Total: Pertence a todos, porque é constituída pela Verdade que todos carregam, e não é de ninguém, porque ninguém é dono dela e, um só ser, com exceção de Zambi, jamais conseguirá abarcar toda a verdade contida em todos”.(Andaru).
“Por isto, ao invés de criticar, faça. Ao invés de ficar dizendo que é o dono da Verdade, ensine a sua. Ao invés de querer obrigar os outros a aceitarem como a única certa, a sua Verdade, aprenda a verdade deles. Quem sabe, de verdade em verdade, pelas encruzilhadas da vida, um dia você conheça tantas verdades dos outros que possa ser chamado de Mestre da Verdade, por um deles...” (Andaru).
Conheça agora o nome das Sete linhas da Quimbanda em oposição às da Umbanda:
Coroa da Encruzilhada: Alaxirô que é o Axirô de Lúcifer que é o Exu Indiferenciado.
1- Alaxô é o Axirô de 7 Encruzilhadas que é o Exu Indiferenciado.
2- Nugô é o Axirô de Tranca Ruas que é o Exu Indiferenciado.
3- Issoxô é o Axirô de Marabô que é o Exu Indiferenciado.
4- Ognax é o Axirô de Gira Mundo que é o Exu Indiferenciado.
5- Amiroy é o Axirô de Tata Caveira que é o Exu Indiferenciado.
6- Iroy é o Axirô de Tiriri que é o Exu Indiferenciado.
7- Ajnamey é o Axirô de Pombagira Rainha do Mar que é o Exu Indiferenciado.

NOTA: Axirô é a energia Caótica (Indiferenciada) que é oposta (Inversa) à Vibração Luminosa dos Orixás. O Orixá possui a Inteligência que é Energia Espiritual Positiva. O Axirô possui o Instinto que é Energia Material Negativa. Axirô não pensa, age.

Como diz o OGBE MEJI: “Orunmilá diz que as coisas devem ser feitas pouco a pouco: Eu digo; é pedaço por pedaço que se come a cabeça do preá; é pedaço por pedaço que se come a cabeça do peixe.”



sábado, 9 de agosto de 2014

Item 4 - CULTURA UMBANDISTA

ORIXÁS II: YANSAN visão Iniciática
PERFÍS DOS ORIXÁS: YANSAN 3
VISÃO DO GRUPO INICIÁTICO


Yansan

(Carlos Martinez)

PERFIL CÓSMICO
O termo sagrado Yansan designa a força, o poder, a potência que domina, pela força do vento e do atrito a alma de tudo que é destruído.
É a potência que tem o poder sobre os espíritos desencarnados, sobre o fogo fátuo, o fogo que caracteriza a inteligência, o espírito.
É a mãe dos ventos que controla os eguns, levando-os aos tribunais de Xangô para serem julgados.
Yansan atrai os eguns com sua luz e os envolve com seus ventos, para fazer com que cumpram a lei de Ação e Reação.
Traduzindo o termo Yansã teremos:
Y (Ya) ----------------Potência, matriz, maternidade, mãe.
NA (Angô)-----------Fogo
(Angá)-----------------Eguns
AS----------------------Força, poder.
YANSÃ---------------Potência que controla os eguns.

ATIVIDADE KÁRMICA
A vibração de Yansan reflete o principio envolvente que dirige as almas desencarnadas para a função de Lei Kármica. O corisco, nas tempestades da vida e da morte, tem o poder de iluminar as almas perdidas na tempestade ou nos redemoinhos do tufão. A luz é o cominho da justiça em qualquer momento, mesmo nos momentos mais difíceis da vida ou mesmo na outra vida.
Yansan é a certeza de não cairmos nos abismos do baixo astral. Com ele o caminho só pode ser um: a Luz da Justiça.


DADOS RITUALÍSTICOS
          Cor: Verde
          Mantra: Uarada
          Geometria sagrada: Quadrado
          Número: 4
          Signo Zodiacal: Peixes, Sagitário.
          Astro regente: Júpiter
          Dia propício: 5ª Feira
          Força sutil: Hídrica, Ígnea.
          Elemento: Água, fogo.
          Ponto Cardeal: Oeste, sul.
          Metal: Estanho
          Mineral: Topázio, ametista.
          Horário vibratório: Das 15:00 às 18:00 horas
          Letra sagrada ligada ao Signo Zodiacal: U: R
          Letra sagrada ligada ao Astro Regente: D
          Vogal sagrada: Y
          Essência: Mirra, Heliotrópio.
          Flor Sagrada: Lírio Branco
          Erva Sagrada: Louro
          Erva de Exu: Mangueira
          Arcanjo Tutor: Mikael
          Energia: O poder do Conhecimento
          Atividade Positiva: Humildade, Fidelidade.
          Atividade Negativa: Soberbia, Infidelidade.
          Atividade Espiritual Kármica: Justiça Divina
          Raio Sagrado: Raio Verde
          Princípio Ígneo: Irradiante (Sabedoria)
          Princípio Volitivo: Sabedoria

OBSERVAÇÃO:
As fotos e figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.

sábado, 2 de agosto de 2014

Item 7 – OS RITUAIS NA UMBANDA – 15 - Oferendas

RITUAL E CAMARINHAS
Por: Brasão de Freitas

TRABALHO, OBRIGAÇÕES, OFERENDAS, DESPACHOS


(templodeumbandaairuma.blogspot.com/paijoaquim.com.br/afinsophia.com/nuss.com.br)

Fundamento de Origem e Magia
Existem diferenças de origem fundamental nestes quatro tipos de Rituais que aparentemente podem parecer que tenham os mesmos fundamentos. Vejamos um por um da forma mais simples, o que significam e qual a diferença entre eles.
O TRABALHO, mais especificamente “abrir” Trabalho significa efetuar um ritual do tipo Gira de Umbanda sem a presença mínima de sete médiuns com ordem de trabalho ou sem os assentamentos de segurança de um Terreiro. A sua finalidade no dia a dia é poder abrir e fechar cerimônias ritualísticas as mais diversas com uma quantidade mínima de pessoas que sejam médiuns (Muitas vezes apenas o médium que comanda os trabalhos).
Desta forma o TRABALHO é fundamental na sistemática ritualística da Umbanda justamente pela necessidade de se realizar rituais como os que a seguir vamos mostrar.
Uma OBRIGAÇÃO é um ritual de manuseio de forças matérias transformadas em vibrações espirituais e retornáveis através da Restituição do Axé. Mas este ritual é oferecido especialmente aos Orixás da pessoa ou ao seu Guia Chefe e mais comumente ao seu Anjo da Guarda. Na Obrigação a pessoa se envolve ritualisticamente e espiritualmente no processo vibratório pois dele faz parte integrante, isto é, a Oferenda só tem valor para a própria pessoa. Portanto, é Pessoal.
Uma OFERENDA é um ritual semelhante à Obrigação onde forças materiais são transformadas em vibrações espirituais e retornáveis através do Axé. Mas, este ritual é executado como agradecimento de algo alcançado das entidades espirituais ou para pedidos ou súplicas para reequilíbrio de vibrações ou para alcançar algum objetivo que seja, pela justiça, direito do solicitante ou para alcançar a saúde perdida de pessoas necessitadas, parente, amigos ou da própria pessoa. A Oferenda tem poder coletivo.
Um DESPACHO é um ritual que ainda causa muito desconforto, medo, preconceito e rejeição. Muito diferente energeticamente das vibrações negativas a ele atribuídas, este ritual é de extrema necessidade para o equilíbrio da vida cotidiana das pessoas médiuns ou não.
Um DESPACHO, outrora conhecido apenas como “macumba” de encruzilhada o que é uma ofensa para a Quimbanda e os Exus e Pomba Giras, é efetuado ritualisticamente quando se precisa “Desviar” a direção ou trajetória de uma energia qualquer, seja boa ou ruim. Como exemplo mais prático de ser entendido podemos citar o seguinte: quando uma pessoa no início de seu desenvolvimento mediúnico, está atraindo as vibrações das Sete Linhas através de Entidades espirituais para seu “relacionamento vibratório” direto do dia a dia, coincide de duas ou mais vibrações se aproximarem com a mesma intensidade, o que certamente prejudica o médium pois provoca desequilíbrio vibratório; neste caso, consulta-se o Guia Chefe do Terreiro ou o Processo de Ifá para determinar quem fica mais próximo e quem terá que se afastar provisoriamente. Para isso é efetuada um Oferenda para cada Entidade que deve ser afastada e estas oferendas devem ser entregue nos respectivos campos vibratórios (Inclusive se for Exu ou Pomba Gira que seria entregue na encruzilhada). A este tipo de Oferenda denominamos DESPACHO (Despachar a vibração para o campo vibratório natural através de um ímã energético material próprio daquela vibração, permitindo assim que a vibração escolhida ou determinada tenha chance de se firmar na frente das demais). Também existe o caso de se afastar definitivamente uma vibração que esteja desequilibrando uma pessoa (Uma energia ou entidade negativa), entregando a ela no campo sagrado próprio uma Oferenda específica da própria vibração que se deseja afastar.
Infelizmente o Despacho só é reconhecido como um elemento afastador de energias negativas, o que não é verdade, pois isto se trata de preconceito e falta de conhecimento da Religião Umbandista e também da Quimbanda.

O Ritual (Síntese)
A Cerimônia básica deste Ritual consiste em: Preparação que envolve desde a preparação material, a escolha do local (Caso não seja no Templo) assentamentos de Defesa, escolha de sambas ou ajudantes, organização e conferência de todos os materiais ritualísticos; Abertura, Pedir licença ao entrar no Campo Sagrado escolhido e, mentalmente informar aos guardiões daquele local, que se trata de ritual espiritual dentro da Lei e da Ordem Espiritual, entregar o “agrado” ao vigia, escolher o local e início com rezas e orações de abertura; a Realização Cerimonial, que constitui na entrega da Oferenda ou da Obrigação ou do Despacho com cânticos específicos, ficando o paciente autor da entrega próximo à “mesa de entrega” (Onde estão os matérias ofertados), e em voz alta entregar a quem de direito as ofertas do ritual estabelecido; Encerramento, Fechamento espiritual pontos específicos com ritual, saída do Campo Espiritual, retorno para Casa.