ORIXÁS II
PERFIL
DE: OXALÁ 1
VISÃO DO CANDOMBLÉ (Síntese)
O ARQUÉTIPO DE OXALÁ VISTO PELO CANDOMBLÉ
Segundo o Candomblé (Como síntese Geral), Oxalá é
um Orixá masculino de origem iorubá (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde
costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Nos
Cultos de Nação africanos é cultuado com o nome de Obatalá. Nos Candomblés
brasileiros é mais conhecido como Orixalá (Orixá dos Orixás), que, numa versão
mais popular assumiu a forma de Oxalá.
É considerado o deus responsável pela criação dos
seres humanos e dele dependem todos os seres do céu e da terra. Ele é a
brancura do indeterminado, o deus de todos os começos e de todas as
realizações, representando o conhecimento empírico, pois traz consigo a memória
de outros tempos, as soluções já encontradas no passado, colocando-se assim acima
do conhecimento especializado que cada Orixá representa.
Para o Candomblé isto não significa poder, mas sim
merecimento de respeito de seu poder criador.
No Candomblé, Oxalá apresenta aspectos masculinos e
alguns aspectos femininos também, ora sendo considerado andrógino, ora sendo
considerado que a figura mítica de Odudua aparece envolvida na função de ser a
companheira de Obatalá. Isto caracteriza e explica a grande confusão que existe
em diversos cultos afros sobre a androginia de Oxalá.
Na África ou no Brasil, ao Orixá Oxalá é atribuído
o poder de criador de todos os homens, e, conseqüentemente, criador pai de
todas os Orixás. É Oxalá quem determina de que matéria-prima básica será feita
cada essência energética que animará um corpo humano, ou seja, qual será seu
Orixá de cabeça. Ele representa o céu, princípio de tudo que, ao tocar o mar
(Yemanjá), na representação simbólica de um ato sexual, teria criado todos os
outros Orixás, para que cuidassem dos seres da terra, os homens, cercados pelo
céu e pelo mar.
Ainda segundo o Candomblé (em síntese) existem
diversas formas de Oxalá, mas apenas duas delas se tornaram mais conhecidas e
populares, correspondendo a sua versão jovem e guerreira (Oxaguiã), ao passo
que Oxalufã é a sua forma velha, a mais próxima do arquétipo paternal
representado pelo Orixá, e que caminha curvado e apoiado no cetro chamado
Opaxorô ou cetro do mistério, com o qual separou o mundo dos homens do mundo
dos deuses.
Sua cor é o branco porque ela é a soma de todas as
outras cores. Ao mesmo tempo, o branco é a cor do esperma, a participação
masculina na geração de um ser.
DADOS
RITUALISTICOS
Metal:
Ouro.
Cores: Branco.
Número sagrado - 7
Guias:
Miçangas brancas leitosas.
Veste Ritualística: Brancas, braceletes, capacete,
paxoró.
Comidas:
Acaçá de arroz com mel; ebó (acaçá) de milho branco, clara de ovo cozida,
cuscuz de arroz e de tapioca, inhame, canjica.
Animais de Sacrifício: Catassol (boi pequeno), bode, cabra, galinha e pombo brancos.
Apetrechos e Armas: Paxoró, espada e pilão de
prata, sol, cauríes de metal.
Assentamento:
Otá de pedra branca leitosa.
Paó: Quatro batidas lentas em cruz, acima,
abaixo, à direita, à esquerda, finalizando com três rápidas de reverência e
adobalé.
Toque de Atabaque: Igexá e Bravum.
Saudação: Êpa Babá.
Dia Consagrado: 6ª- Feira
Sincretismo: Jesus Cristo
Qualidade do Axé: Branco
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