quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Item 4 – ORIXÁS: OXALÁ I -Rev. 2




ORIXÁS II
PERFIL DE: OXALÁ 1
VISÃO DO CANDOMBLÉ (Síntese)


Orixalá
(umbandafilhosdaluz.spaceblog.com.br)

O ARQUÉTIPO DE OXALÁ VISTO PELO CANDOMBLÉ
Segundo o Candomblé (Como síntese Geral), Oxalá é um Orixá masculino de origem iorubá (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Nos Cultos de Nação africanos é cultuado com o nome de Obatalá. Nos Candomblés brasileiros é mais conhecido como Orixalá (Orixá dos Orixás), que, numa versão mais popular assumiu a forma de Oxalá.
É considerado o deus responsável pela criação dos seres humanos e dele dependem todos os seres do céu e da terra. Ele é a brancura do indeterminado, o deus de todos os começos e de todas as realizações, representando o conhecimento empírico, pois traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado, colocando-se assim acima do conhecimento especializado que cada Orixá representa.
Para o Candomblé isto não significa poder, mas sim merecimento de respeito de seu poder criador.
No Candomblé, Oxalá apresenta aspectos masculinos e alguns aspectos femininos também, ora sendo considerado andrógino, ora sendo considerado que a figura mítica de Odudua aparece envolvida na função de ser a companheira de Obatalá. Isto caracteriza e explica a grande confusão que existe em diversos cultos afros sobre a androginia de Oxalá.
Na África ou no Brasil, ao Orixá Oxalá é atribuído o poder de criador de todos os homens, e, conseqüentemente, criador pai de todas os Orixás. É Oxalá quem determina de que matéria-prima básica será feita cada essência energética que animará um corpo humano, ou seja, qual será seu Orixá de cabeça. Ele representa o céu, princípio de tudo que, ao tocar o mar (Yemanjá), na representação simbólica de um ato sexual, teria criado todos os outros Orixás, para que cuidassem dos seres da terra, os homens, cercados pelo céu e pelo mar.
Ainda segundo o Candomblé (em síntese) existem diversas formas de Oxalá, mas apenas duas delas se tornaram mais conhecidas e populares, correspondendo a sua versão jovem e guerreira (Oxaguiã), ao passo que Oxalufã é a sua forma velha, a mais próxima do arquétipo paternal representado pelo Orixá, e que caminha curvado e apoiado no cetro chamado Opaxorô ou cetro do mistério, com o qual separou o mundo dos homens do mundo dos deuses.
Sua cor é o branco porque ela é a soma de todas as outras cores. Ao mesmo tempo, o branco é a cor do esperma, a participação masculina na geração de um ser.

DADOS RITUALISTICOS
          Metal: Ouro.
          Cores: Branco.
          Número sagrado - 7
          Guias: Miçangas brancas leitosas.
          Veste Ritualística: Brancas, braceletes, capacete, paxoró.
          Comidas: Acaçá de arroz com mel; ebó (acaçá) de milho branco, clara de ovo cozida, cuscuz de arroz e de tapioca, inhame, canjica.
          Animais de Sacrifício: Catassol (boi pequeno), bode, cabra, galinha e pombo brancos.
          Apetrechos e Armas: Paxoró, espada e pilão de prata, sol, cauríes de metal.
          Assentamento: Otá de pedra branca leitosa.
          Paó: Quatro batidas lentas em cruz, acima, abaixo, à direita, à esquerda, finalizando com três rápidas de reverência e adobalé.
          Toque de Atabaque: Igexá e Bravum.
          Saudação: Êpa Babá.
          Dia Consagrado: 6ª- Feira
          Sincretismo: Jesus Cristo
          Qualidade do Axé: Branco


OBSERVAÇÃO:
Esta matéria (Arquétipo de Oxalá visto pelo Candomblé – síntese) está sendo postada novamente para permitir a inserção da Figura representativa de Oxalá, atendendo à pedidos dos internautas. Estas figuras foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.
Brasão de Freitas.

sábado, 24 de novembro de 2012

Item 3 - VIDA RELIGIOSA - 3


3 - VIDA RELIGIOSA (3 de 10)
VIDA RELIGIOSA Parte 3

RAIZES DE UM TEMPLO
BASE INICIAL RITUALÍSTICO-DISCIPLINAR
Assim como toda Organização Religiosa ou não, o Templo Popular tem sua base espiritual evolutiva apoiada na estrutura de Ritual e Disciplina do Grupo Popular da Umbanda, onde os fundamentos dos Rituais são ensinados e transmitidos em regime fechado de reclusão por meio de transmissão oral tradicional enquanto que os conhecimentos tradicionais a disciplina espiritual são explicados e ensinados através de cursos e palestras dos assuntos descritos nas Apostilas que compõem a Escritura Sagrada do Sabeísmo da Tradição dos nossos antepassados, que dão ensejo aos livros que contém as explicações filosóficas e práticas esclarecedoras que desvendam os mistérios quebrando os tabus, as clavículas e desvendando os dogmas e arcanos, permitindo desta forma o acesso ao conhecimento de todos aqueles, sacerdotes ou não, que queiram evoluir na busca de suas origens primordiais.
Para o Templo Popular, os assuntos contidos nos Livros Sagrados formam a Estrutura mínima necessária para o bom desempenho da atividade sacerdotal nos padrões de qualidade que o Templo deseja dar a todos aqueles que o procuram. O aprendizado desta Estrutura Religiosa é conhecido no Templo por Vida Religiosa na Umbanda.
Os Livros Sagrados são aqueles que constam dos arquivos do Templo e que são fruto da busca constante do desenvolvimento e evolução do Corpo Mediúnico do Templo.
Na filosofia do Templo Popular, os mistérios existem para serem desvendados, e é obrigação de todos buscarem as descobertas destes segredos. A frase “ainda não chegou a hora” foi substituída pela frase “quem sabe faz a hora e não espera acontecer”.

NASCIMENTO DE UM TEMPLO
O Templo é fundado por um Sacerdote ou Sacerdotisa numa determinada data que passa a funcionar como um calendário espiritual, onde o dia, mês e ano formam uma numerologia sagrada que influenciará a vida de todos os umbandistas que do Templo vierem a fazer parte, dando início ao grande projeto espiritual determinado pela Entidade Chefe, do fundador ou fundadora do Templo, que certamente se transformará mais tarde num verdadeiro celeiro de médiuns umbandistas de altíssima qualidade e ao mesmo tempo gerando sementes de novos Templos ampliando assim os horizontes do projeto inicial. Os conhecimentos adquiridos e vivenciados servirão de base e herança para seus filhos, amigos e frequentadores deste lócus de paz e progresso.
Bem-aventurados aqueles que abdicam de muitas coisas na vida material, para enfrentar a dureza da “briga” contra o desconhecido mundo das trevas em prol de uma chance para os perdidos e sofredores reencontrarem seus caminhos de volta.
Na vida, nada acontece por acaso. Tudo é pensado e criado no dia-a-dia do Universo. Nossos desatinos são criados por nós mesmos nas decisões diárias que tomamos ao escolher nossos caminhos. Ninguém escolhe os nossos caminhos por nós. Só nós é que escolhemos que caminho queremos seguir. Desta forma, os indissabores, desenganos, desatinos, dores, desilusões e retornos indesejáveis encontrados ao logo do caminho são frutos de nossa própria escolha.
Fundar um Templo é a mesma coisa que criar um Cosmos. É pegar um espaço profano, portanto caótico, e transformá-lo num campo sagrado onde se criam os Portais de ligação entre o profano e o sobrenatural sagrado. Na fundação, o Templo nasce. Ao nascer ele se torna uma encarnação no mundo material ordenado, pois ele se transforma em entidade e em Centro de Forças. Portanto o Templo é uma Entidade não como um Espírito mas sim como um Conjunto Organizado de Força e Poder onde se manifestam os Espíritos.
Os seres humanos encarnam e desencarnam para reencarnar de novo neste nosso Universo Astral. Em virtude da reencarnação, o ato de nascer assume papel de extrema importância na ritualística umbandista. Nascer pré-supõe uma morte anterior que deu condições para o renascimento. Morrer para renascer de novo é um ato de oportunidade de progresso e evolução. Cada nascimento pressupõe um estado evolutivo alcançado anteriormente com oportunidade de nova evolução na nova vivência encarnatória. Em resumo, nascer é duplamente importante. É importante pela oportunidade maravilhosa de viver e pela ainda mais maravilhosa oportunidade de alcançar a vida eterna existente no Grande Mar Primordial.
Todos nós possuímos duas faces opostas (o bem e o mal). Conhecê-las bem é o dever de todos nós. Sabemos, portanto, o quanto isto é difícil. Imaginem agora encontrar o ponto de equilíbrio entre estas duas forças com relação a um Templo que é um Cosmos de muitas pessoas. È preciso ter mente e corpo preparados para não se abater no primeiro desequilíbrio que acontecer entre as duas forças, pois milhares e milhares de outros desequilíbrios acontecerão ao longo da existência do Templo.
Ser sacerdote é ter merecimento para conhecer e aprender a usar a “mônada”, a “pedra filosofal”, a “onda modulada” que domina o Universo, pois estabelece o limite, a fronteira entre a Luz e as Trevas.
Nascer é ressurgir das profundezas do Grande Caos Primordial para o útero onde está a vida latente que existe no Grande Mar Primordial. Por isto, toda criação é bela. Criar é fazer existir, fazer existir é fazer nascer.
O dia em que o Templo nasceu, com ele nasceram as esperanças de tantos espíritos que nele embarcaram como se ele fosse um barco seguro preparado para navegar pelos mares desconhecidos e perigosos da vida, rumo à tranquilidade e serenidade do Mar Primordial, porque o seu comandante e criador era nada mais nada menos do que um guerreiro, como o Orixá Ogun, o grande defensor da Justiça e da Sabedoria dirigidas pelo Orixá Xangô, e da força protetora do Orixá Oxossi na luta pela sobrevivência dos fracos e oprimidos. E para garantir o renascimento emocional dos filhos que procurassem o Templo em busca de socorro, o fundador foi buscar a paciência e a pureza de intenções do Orixá Yorimá (Obaluaê), a alegria e o amor do Orixá Yori (Ibeji); e para navegar pelo Grande Mar Primordial do universo, foi buscar o poder gerador e regenerador da grande mãe do universo que é o Orixá Yemanjá, para só então entregar seu destino e o de seus seguidores às bênçãos do Orixá Oxalá. Para os espíritos de Liz que irão trabalhar no Templo, o fundador é respeitado como um ser espiritual encarnado forte e corajoso como uma guerreira inabalável, mas caridoso e amoroso como um pai ou uma mãe disposto a sacrificar sua própria vida pelo bem estar e pelo reencontro dos irmãos encarnados com o caminho da Casa do Pai. É assim que nasce um Templo. Graças à coragem, a fraternidade e o desejo de servir em nome de Deus.
Como dizem os Yorubás no Sétimo Sacramento da Umbanda e nos Versos Sagrados dos Esè Itan-Ifá: AIYÊ ATI IKU, OKAN NAA NI. (Vida e morte, ambas são iguais).
Continua (4 de 10).

sábado, 17 de novembro de 2012

Item 2 - CULTURA UMBANDISTA – Os 7 Sacramentos


OS SETE SACRAMENTOS DA UMBANDA
Parte III

3 – O BORI DE CABOCLO (Crisma ou Confirmação)
Quem tem padrinho rico não morre pagão. Quem tem a luz de um padrinho não vive na escuridão.
      Par Vibratório (Orixá) Regente = Oxossi/Ossãe.
      Aruanda = Arerê
      Arcanjo Tutor = Ismael
      Sincretismo com a Igreja Católica = Crisma ou Confirmação.

Fundamento Místico: É o momento em que o Padrinho espiritual que se tornará, a partir deste ato sacramental, o responsável pela vida espiritual do filho de fé, orientando-o e guiando-o pelo difícil caminho da evolução que o espírito encarnado terá que enfrentar no aprendizado e vivência da presente encarnação. É o Conselho, a vida comunitária, o aprender a ouvir a opinião dos outros sem ter que impor a sua, aprender a ponderar, a acreditar que a união faz a força e assim cada um poderá ajudar o outro em situações difíceis. Assim surge a força da sobrevivência tanto material como espiritual, do trabalho para atingir o progresso, e através do progresso chegar até Deus. É neste instante que se desenvolve o conhecimento do bem e do mal, onde o Padrinho ilumina seu afilhado para que este enxergue o caminho do bem, e todos os buracos e espinhos que terá que superar para atingir seus objetivos.
O conhecimento comunitário, dos sábios da comunidade. A procura de um caminho, da sobrevivência. A atenção e treinamento dos sentidos para conseguir a experiência necessária para enfrentar a vida. Uma luz na escuridão enviada por um Padrinho ou um Guia. BORI quer dizer assentamento, ODÉ quer dizer Oxossi, Caboclo, ou simplesmente aquele que nos Guia.
Aqueles que não seguem o sacerdócio (Assistentes) e que receberam o Alamaci, recebem no assentamento de Anjo de Guarda, o assentamento do Guia. Neste caso, como o assistente não conhece o seu Guia, já que não incorpora, o seu padrinho será o Guia do médium responsável pela camarinha. Se um dia lhe for revelado por alguma Entidade quem será o seu Guia ou Padrinho, nova camarinha deverá ser feita para a consagração do novo Guia.

Provérbio Sacro:
OKUTÁ ERÓ BI KA RI TI WA OJÚ, KO BA SI LO TI WA MATU.
Uma pedra (parede) pode encobrir nossos olhos, mas não veda nossos ouvidos.

Com os olhos fechados, mas com os ouvidos aguçados, podemos ouvir o menor dos sons, mas principalmente podemos ouvir nosso coração. A Luz forte nas Trevas cega. Mas o silêncio da escuridão nos permite ouvir até o menor suspiro.
Se não podemos ver o nosso Guia, pelo menos podemos ouvi-lo. O importante é que ele nunca nos abandone e esteja sempre nos guiando.
Os nossos sentidos são os agentes materiais que transmitem as informações densas à nossa Alma. Através deles nosso “Eu” vê, sente, ouve, responde; sente o gosto da vida, vê a vida, sente a expansão da essência, assim como ouve a palavra de Deus.

Significado dos materiais usados: A Toalha Branca é o alá, que é o símbolo da proteção da coroa (cabeça) e do altar que ela representa para o espiritual e para o ser humano. A Vela, o Círio, a Luz, a evolução representada pela chama que aponta sempre para o alto em direção ao céu. É o fogo sagrado, regenerador e sutilizador. A Quartinha representa o corpo material do médium, e tem a finalidade de guardar em seu bojo (do mesmo modo como o corpo humano guarda os órgãos vitais e o sangue) os axés sagrados (eró). A Pedra é o receptáculo do axé, da força, da energia espiritual. A pedra tem o poder de atrair as vibrações externas vindas do Cosmo, principalmente aquelas energias com as quais tem afinidades astrológicas e atômicas. As pedras servem, pois de fixadores dos axés. A Água Doce simboliza o amor fraternal e o amor imaterial, que harmonizam e adoçam a vida, representando o líquido mais precioso desta vida que é o sangue humano. A Reza é o contato com o Poder de Deus. É o principal instrumento da magia, pois qualquer ato mágico depende fundamentalmente das rezas ou do contato entre a mente e o Poder Onipresente de Deus. O Fundamento do Borí só é dado ao médium durante o recolhimento em Roncó (eró). O Colar é o símbolo do Poder, da Hierarquia, da obediência.

sábado, 10 de novembro de 2012

Item 1 - INICIAÇÃO NA CULTURA UMBANDISTA


INICIAÇÃO NA CULTURA UMBANDISTA
(Assistentes e Principiantes)
Iniciação 3º Tema

Terceiro Tema: A ORDEM UNIVERSAL
HISTÓRICO: A Hierarquia Cósmica.
Observem que existem três espaços diferenciados onde a hierarquia se manifesta. Existe o espaço ou lócus da Divindade Suprema onde ninguém tem acesso à não ser Ela mesma. Depois vem o espaço ou lócus dos Espíritos Puros, que é o Cosmo Espiritual. Finalmente o terceiro espaço, que é onde se manifestam os espíritos no mundo material, que é o Universo Astral.
Assim se manifesta a Hierarquia Constituída após a Criação:

OLORUN (ZAMBI, DEUS) – A Divindade Suprema.
Poder Absoluto, total, eterno, onipresente, onipotente, onisciente, de onde emanam os poderes da criação e da existência de tudo.
Lá onde Ele mora, ninguém nunca vai chegar. (Ninguém pode tocá-Lo).

COSMO ESPIRITUAL
1- Orixá ELEDÁ: O Pai Criador, que é o responsável pela origem espiritual, ou seja, pela natureza vibratória dos espíritos. Assim, cada espírito tem a sua natureza vibratória.
2- Orixá ELEIWA. O Princípio do Kárma Casual. É o poder da Existência que manifesta ABA. Ex. Não basta ter os olhos, é preciso ter o poder de enxergar.
3- O Orixá ELEABA. É o poder da Essência que dá propósito ao Axé. (Vemos que é tudo bem organizado, pois é preciso primeiro ter o poder para depois ser de fato).
4- O Orixá ELENI. É o princípio que induz à ação da manifestação da vibração espiritual na energia material. É o poder da Realização e Restituição da vibração espiritual (Essência) atuando na energia massa (Caos). É o Axé. O limite entre o mundo espiritual e o mundo material.

UNIVERSO ASTRAL
5- O Orixá ELEORUM ou Orixá Original que é o regulador do Kárma Constituído (O Kárma adquirido na encarnação) e também quem comanda o sistema galáctico. Não tem contato com a matéria. Emite ondas vibratórias.
6- O Orixá ELEMI. A Luz que nasce no horizonte no momento do nascimento. O sopro da vida. Também conhecido como Orixá Supervisor, senhores de todo o sistema solar. Não tem contato com a matéria. Emite ondas vibratórias.
7- O Orixá OLORI. O Orixá Kármico, senhor do sistema planetário, o ancestral afim ao re-encarnante. Esta é a Vibração que o encarnante tem que vivenciar na encarnação. Não tem contato com a matéria. Emite ondas vibratórias.
8- Orixá ELEBARA. É o Senhor do corpo, do crescimento, do movimento e da expansão. Manipulador do Axé no mundo material. Tem também como função cobrar as dívidas que o ser encarnado acaba contraindo na vida. Tem contato com a matéria, pois é quem a transforma, restitui e manipula o Axé.

Os Sete Espíritos de Luz que comandam toda a Umbanda em forma de Linhas Vibratórias (Pares Vibratórios) são:
OXALÁ que representa a paz universal. O seu poder espiritual é a Fortaleza.
OGUN que representa o soldado, o lutador e vencedor de demandas. O seu poder espiritual é a Justiça (a luta pela Justiça). É o soldado que executa a Justiça.
OXOSSI que representa o guerreiro, o trabalhador que luta pela subsistência. O seu poder espiritual é o Conselho (a reunião dos chefes; o conhecimento vivenciado).
XANGÔ que representa o homem maduro, o negociante, o justo. Seu poder espiritual é a Sabedoria que conduz à Justiça e ao Direito de todos. É o Juiz que julga o que é do bem e o que é do mal.
YORIMÁ ou Obaluaê que representa a experiência vivida, a paciência. O seu poder espiritual é a Pureza que só a velhice é capaz de trazer no coração de uma pessoa.
YORI ou Ibeji que representa as crianças levadas, a fantasia, a alegria, o amor sem maldade, a riqueza da inocência. O seu poder espiritual é o Entendimento.
YEMANJÁ que representa a mãe, aquela que ensina o filho a se defender das agruras da vida, a senhora amorosa. Seu poder espiritual é o Respeito, é a força da família.
O mar é a origem da vida no planeta Terra.
Ele é o início e o fim do ciclo da vida em nosso planeta.

INTERATIVIDADE.
1.Escreva ou desenhe como você imagina Deus (Olorun).

2.Quais são os três espaços onde se manifesta a Hierarquia Sagrada?

3.Quais são os sete Orixás da Coroa Divina? Quais os seus poderes?

4.Escreva o nome sagrado dado a cada grupo de 7 Orixás que são os Chefes da Hierarquia Espiritual.

NOTA IMPORTANTE
As respostas sobre as perguntas da interatividade serão dadas a quem nos perguntar.

COMPORTAMENTO.
Agora que eu sei que tudo é muito organizado no Cosmos, inclusive no Universo Astral onde vivemos, eu só posso ser um vencedor se eu respeitar a organização do Mundo tanto material como espiritual. Sei agora que o princípio básico da organização é a Hierarquia constituída, pois é assim que a vida nos ensina.
Os Países tem seus poderes, sua hierarquia e suas leis, onde o direito e a liberdade predominam. Por isto todos os seres podem viver em harmonia. Para cada ser humano se desenvolver ele precisa respeitar a hierarquia da Família. Por isto, o Pai, a Mãe, os Avós, os Tios, todos pertencem à Hierarquia familiar que é a base do sucesso na vida. (Um ajuda o outro mais do que aos estranhos).

APRENDENDO A REZAR.
Cada acontecimento da vida tem uma razão de ser. Nada acontece por acaso neste mundo, porque o mundo é ordenado.
Então, se um acontecimento é ruim para alguém, é porque a ordem foi quebrada. Se o que causou a quebra da ordem não é nossa culpa embora estejamos sendo atingido, temos o direito de pedir a intervenção do mundo Divino, ou seja, daqueles que criaram as Leis da ordenação, para que nos ajudem a vencer a dificuldade para poder voltar à normalidade. O meio mais prático e forte para isto é a oração.

O Pai Nosso.
Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome. Venha a nós, o vosso reino e seja feita a Vossa Vontade assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos daí hoje, e perdoai as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Não nos deixeis cair em tentação, e mais livrai-nos de todo mal. Amem.

CANTAR TAMBÉM É UMA FORMA DE REZAR
Ponto de Ogun.
Se meu Pai é Ogun,
Vencedor de demandas,
Quando vem de Aruanda,
É para salvar filhos de Umbanda.
Ogun, Ogun, Ogun Iara.(bis),
Salve os campos de batalha,
Salve a sereia do mar,
Ogun, Ogun Iara.

sábado, 3 de novembro de 2012

Item 4 – ORIXÁS: OXALÁ I


ORIXÁS II
PERFIL DE: OXALÁ 1
VISÃO DO CANDOMBLÉ (Síntese)

O ARQUÉTIPO DE OXALÁ VISTO PELO CANDOMBLÉ
Segundo o Candomblé (Como síntese Geral), Oxalá é um Orixá masculino de origem iorubá (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Nos Cultos de Nação africanos é cultuado com o nome de Obatalá. Nos Candomblés brasileiros é mais conhecido como Orixalá (Orixá dos Orixás), que, numa versão mais popular assumiu a forma de Oxalá.
É considerado o deus responsável pela criação dos seres humanos e dele dependem todos os seres do céu e da terra. Ele é a brancura do indeterminado, o deus de todos os começos e de todas as realizações, representando o conhecimento empírico, pois traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado, colocando-se assim acima do conhecimento especializado que cada Orixá representa.
Para o Candomblé isto não significa poder, mas sim merecimento de respeito de seu poder criador.
No Candomblé, Oxalá apresenta aspectos masculinos e alguns aspectos femininos também, ora sendo considerado andrógino, ora sendo considerado que a figura mítica de Odudua aparece envolvida na função de ser a companheira de Obatalá. Isto caracteriza e explica a grande confusão que existe em diversos cultos afros sobre a androginia de Oxalá.
Na África ou no Brasil, ao Orixá Oxalá é atribuído o poder de criador de todos os homens, e, conseqüentemente, criador pai de todas os Orixás. É Oxalá quem determina de que matéria-prima básica será feita cada essência energética que animará um corpo humano, ou seja, qual será seu Orixá de cabeça. Ele representa o céu, princípio de tudo que, ao tocar o mar (Yemanjá), na representação simbólica de um ato sexual, teria criado todos os outros Orixás, para que cuidassem dos seres da terra, os homens, cercados pelo céu e pelo mar.
Ainda segundo o Candomblé (em síntese) existem diversas formas de Oxalá, mas apenas duas delas se tornaram mais conhecidas e populares, correspondendo a sua versão jovem e guerreira (Oxaguiã), ao passo que Oxalufã é a sua forma velha, a mais próxima do arquétipo paternal representado pelo Orixá, e que caminha curvado e apoiado no cetro chamado Opaxorô ou cetro do mistério, com o qual separou o mundo dos homens do mundo dos deuses.
Sua cor é o branco porque ela é a soma de todas as outras cores. Ao mesmo tempo, o branco é a cor do esperma, a participação masculina na geração de um ser.

DADOS RITUALISTICOS
          Metal: Ouro.
          Cores: Branco.
          Número sagrado - 7
          Guias: Miçangas brancas leitosas.
          Veste Ritualística: Brancas, braceletes, capacete, paxoró.
          Comidas: Acaçá de arroz com mel; ebó (acaçá) de milho branco, clara de ovo cozida, cuscuz de arroz e de tapioca, inhame, canjica.
          Animais de Sacrifício: Catassol (boi pequeno), bode, cabra, galinha e pombo brancos.
          Apetrechos e Armas: Paxoró, espada e pilão de prata, sol, cauríes de metal.
          Assentamento: Otá de pedra branca leitosa.
          Paó: Quatro batidas lentas em cruz, acima, abaixo, à direita, à esquerda, finalizando com três rápidas de reverência e adobalé.
          Toque de Atabaque: Igexá e Bravum.
          Saudação: Êpa Babá.
          Dia Consagrado: 6ª- Feira
          Sincretismo: Jesus Cristo
          Qualidade do Axé: Branco

Item 4 – ORIXÁS: Prólogo


ORIXÁS II
Arquétipos - Prólogo
ARQUÉTIPOS DOS ORIXÁS SEGUNDO: O CANDOMBLÉ, O GRUPO POPULAR E O GRUPO INICIÁTICO DA UMBANDA

Prólogo
Queremos aqui esclarecer, deixando bem claro para o bom entendimento de todos, que NÃO ESTAMOS FALANDO EM NOME DOS TEMPLOS DE CANDOMBLÉ OU CULTOS DE NAÇÃO. Os perfis ou arquétipos dos Orixás aqui exibidos são fruto de muitas visitas a Templos de Candomblé por todo o país, com a finalidade de encontrar informações práticas comuns a todas as Nações e a Disciplina Ritualística destes Templos, afim de deixar o mais claro possível o entendimento sobre a figura e a energia vibratória daqueles que representam as nossas origens espirituais, que são os Orixás, considerados por nós, umbandistas, os modelos kármicos de nossas encarnações.
Portanto, as informações aqui contidas não são dogmas e pode até nem ser o pensamento individual de alguns Terreiros. Como não estamos tentando “fazer a cabeça” de ninguém, procuramos ser o mais claro possível e mais objetivo nas descrições daquilo que descobrimos em nossas pesquisas informais (sem cunho científico). Agradecemos a paciência de todos e esperamos que este trabalho possa servir de alguma valia para que os leigos e iniciantes na Cultura Umbandista possuam um mínimo conhecimento do que vem a ser esta potência cósmica chamada ORIXÁ.
Também gostaríamos de esclarecer que falaremos apenas dos Sete Orixás que formam a “Coroa Divina” ou os Sete Pares Vibratórios que formam as Sete Linhas da Umbanda.
Isto porque, na Umbanda, nós consideramos que todos os Orixás estão organizados em Sete Vibrações básicas, vibrações estas que se subdividem em diversas outras qualidades da mesma vibração espiritual. Este pensamento da Umbanda difere do pensamento e práticas ritualísticas dos Cultos de Nação e dos Candomblés Brasileiros. Entretanto, para efeito de uniformização das informações sobre os Orixás, usaremos os 14 Orixás que formam os Sete Pares mais Exu e Pombagira, pois é exatamente este “conjunto” que vem a constituir os 16 Odus dos processos adivinhatórios utilizados na Umbanda.
Serão feitas postagens individuais Orixá por Orixá, de tal forma que as postagens dos pares vibratórios estejam sempre em sequência. Procuraremos obedecer a seguinte ordem na postura de matérias que corresponde ao mantra sagrado OXY ou OOOXYYY ou Oxalá seguido de Odudua, Ogun seguido de Obá, Oxossi seguido de Ossãe, Xangô seguido de Yansan, Yori ou Ibeji seguido de Oxum e Yemanjá seguida de Oxumarê.
Um resumo do arquétipo e características de alguns Orixás que ainda são cultuados nos Candomblés e em alguns Terreiros de Umbanda foram mostrados acima, na primeira parte do assunto Orixás: “Algumas Características dos Orixás”. São eles: Ewá, Logunedé, Irokô, Lokô.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

FINADOS E AS BASES DO FUTURO


SALVE 02 DE NOVEMBRO DE 2012
SILÊNCIO

RESPEITO

AMOR

SAUDADE

“HOJE VÓS SOIS O QUE ONTEM NOS FOMOS. E AMANHÃ VOS SEREIS O QUE HOJE NOS SOMOS.”
O dia de hoje é um dia de silêncio e respeito. Calar a voz e elevar o pensamento ao mais alto dos céus em homenagem a nossos antepassados queridos que se foram mas nos deixaram um legado de amor e sabedoria que é o que nortei as nossas vidas.
Nossa índole começou a ser formada sob a égide do amor, da justiça, da ordem natural de severidade nas mãos deles, mas com a honra da instituição Família.
As sementes da sabedoria da vida que irão nortear nosso futuro podem ser plantadas bem na fronteira entre a Luz e as Trevas (O Eden e a Matéria; do Bem ou do Mal), do lado da Luz ou do lado das Trevas. A escolha é de cada um, mas pode afetar quem estiver ao lado ou em volta, desde que a escolha seja forte o suficiente para causar impactos. Se causar o Bem, a instituição Família venceu; mas se causar o Mal, a instituição Família terá perdido. Mas lembre-se: o responsável será você e não a família porque é você quem irá viver aquilo que plantou. Lembranças familiares felizes induzem a uma constituição familiar com bases na tradiçaõ familiar que adaptada ao presente trará a felicidade do futuro.
A todos os nossos Entes queridos que se foram, hoje e sempre recebam o nosso pensamento em ondas vibratórias de amor e saudade.
A voz cala mas a mente se eleva.
Em respeito, SILÊNCIO, uma prece a Deus e lembranças felizes com Amor.
AMANHÃ SERÁ OUTRO DIA. O FUTURO NÓS CONSTRUÍMOS HOJE BASEADOS NO QUE APRENDEMOS ONTEM. QUEM NÃO TEM PASSADO É PORQUE NÃO VIVEU, QUEM NÃO VIVEU É PORQUE NÃO NASCEU...

Brasão de Freitas