sábado, 14 de dezembro de 2013

Item 6 - CULTURA UMBANDISTA ENTIDADES 6

ENTIDADES
AS SEREIAS OU IABAS

PERFÍS VIVENCIAIS DAS ENTIDADES 6

Sereinhas
(Paz e Luz – Facebook)

Queremos também lembrar que existem as correntes também consideradas como Caboclos ou adultos típiocos, não muito comuns mas também verdadeiras, do Povo do Oriente (os Ciganos) que se manifestam como adultos de qualquer raça ou cor, conversam e trabalham como as entidades auxiliares; e da corrente d’água ou Sereias, sendo que estas últimas ao se manifestarem, o fazem apenas emitindo sons mântricos (não falam) e dançando.
Ainda são muito raras as manifestações destas Entidades nos rituais de atendimento da Umbanda e, desta forma, ainda pouco se conhece sobre as manifestações destas Entidades. Entretanto, o que podemos entender é que são Entidades que atuam da mesma forma que os Baianos, Boiadeiros e Marinheiros, na vibração dos Caboclos, respeitadas as características de cada tipo de manifestação.
As Sereias ou Iabás quando incorporam deitam no chão e parecem contorcer-se como fazem os répteis, ou como se estivessem sob as águas movendo-se ao sabor das correntes marinhas. Muitos acreditam que, sendo sereias, não possuem pernas e, por isso arrastam-se pelo chão como se fosse nas águas.
Na verdade, em tese e segundo Entidades, estão se movimentando na TERRA do fundo do Mar com quem se misturam para constituir a lama sulfurosa, cheia de enxofre do fundo do mar ou dos rios de onde surgem os micróbios da vida numa alusão ao princípio da lama espermática que deu origem à vida, procurando assim, rejuvenescer o corpo do médium limpando-o dos resíduos espirituais negativos e, como seres AQUATICOS, renovando o movimento ondular da vida com o movimento de nadar para o mundo do AR.
Estas Entidades não interagem com a Assistência. Apenas manipulam as energias do ambiente, atraindo para a terra as vibrações mais pesadas afim de que as egrégoras e elebaras as arrastem para a trunqueira. É como se estivessem limpando e alimentando as energias do ambiente, principalmente as do seu médium. Mas, fundamentalmente é um trabalho coletivo.
Nos rituais da Umbanda, acontece pois a manifestação de Espíritos Desencarnados que trabalham na vibração das águas sem serem os elementais conhecidos como Ondinas. Em muitos Templos foram identificados como sedo as figuras míticas da mitologia grega que se manifestavam como sendo criaturas anfíbias femininas (Corpo metade peixe metade humano) que, segundo as lendas, atraiam os marinheiros incautos com seus cantos hipnóticos, arrastando-os para as rochas e ilhas desertas.
Na Umbanda, alguns espíritos se manifestam na vibração das águas através de entidades chamadas Iaras, ligadas à vibração de Yemanjá. São conhecidas como sereias porém não possuem nem de perto as características tenebrosas dos seres da mitologia. Pelo contrário, suas incorporações nos médiuns são exclusivamente para “lavagem” dos excessos negativos de energias que desequilibram o médium no dia a dia e atrapalham suas condições vibratórias para as incorporações das entidades que irão utilizar o corpo do médium para “descarregar” pessoas desequilibradas na vida cotidiana. Portanto, o trabalho das sereias é somente com os médiuns em quem elas incorporam.
Para deixar claro o trabalho espiritual das Entidades da Umbanda Iaras ou “sereias”, vamos descrever o que consta na Enciclopédia Wikipédia.

Segundo a Enciclopédia Wikipédia, sereias, nereidas ondinas e iaras são figuras das Mitologias Greco-Romanas.
Segundo a Wikipédia, as SEREIAS são figuras míticas da tradição grega, descritas como "terríveis criaturas com cabeças e vozes feminina (de mulheres), mas com corpos de pássaros, que existiam com o propósito de atrair marinheiros para as rochas de sua ilha com doces canções". Elas figuram numa das mais célebres obras da literatura universal, a Odisséia de Homero, que relata a aventura do herói grego Ulisses em sua viagem de volta para casa após a guerra de Tróia. Estas deidades, que habitavam rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália, tiveram suas imagens corrompidas através dos tempos e da oralidade, chegando ao termo atualmente conhecido de "metade-mulher, metade-peixe". E as figuras com cabeça de mulher e corpo de pássaro se consolidaram com a denominação de “Hárpias”, e são citadas no poema épico Eneida de Virgílio.
As NEREIDAS correspondem a cinqüenta ninfas marinhas gregas, filhas do deus Nereu, este filho do Oceano, todos deuses do mar que antecederam o reinado de Posseidon (Netuno romano). Chamam-se Deuses Titânicos, ou seja, são os mais primitivos, antecessores dos deuses Olímpicos, que eram comandados por Zeus (Júpiter romano). As Nereidas salvavam os náufragos, ao contrário das sereias, que os atraíam para a morte.
As ONDINAS constituem as nove filhas dos temíveis deuses marinhos nórdicos (vikings) Aegir e Ran. Os marinheiros ofereciam sacrifícios a essas divindades a fim de apaziguá-las, para poderem velejar sem contratempos.
As IARAS são figura folclóricas brasileiras, habitantes dos rios, onde vivem a banhar-se entoando melodias irresistíveis que encantam os homens e os atrai para o fundo dos rios. São temidas pelos índios.
O que toda esta referência mitológica tem a ver com a Umbanda? Sabemos que a Umbanda “acomoda” várias manifestações religiosas sob sua nomenclatura, a maioria numa faixa chamada de Caboclo ou Cabocla que, na verdade caracterizam os tipos humanos adultos. Não absorvemos completamente os conceitos primitivos do culto afro, apenas temos as referências dos Orixás como elementos da Natureza e sob tais irradiações organizam-se falanges, legiões de espíritos afins a tais vibrações e que assumem as características das vivências humanas. Yemanjá comanda o grupo do Povo d’Água, de limpeza e descarrego, onde Nanã e Oxum também regem. Para tornarem mais fácil a nossa compreensão, as entidades tomam para si os nomes de Sereias, Nereidas, Ondinas e Iaras para que possamos alcançar dentro de nosso entendimento a qual vibração pertencem, qual tipo de trabalho exercem. Janaína, Inaê, Guiomar entre outras, (de modo algum) não são qualidades de orixá; tratam-se de codinomes de eguns (espíritos desencarnados) que têm a mesma sintonia em torno da vibração de um orixá e se aglutinam sob o mesmo propósito que é transmitir energias de um orixá específico (No caso Yemanjá).
Estas deidades mitológicas são obras da imaginação do homem, que humaniza a divindade para poder compreendê-la, dentro de seus parâmetros. Sabemos que como médiuns, captamos a influência de espíritos que como nós também foram humanos quando encarnados. Portanto, a impossibilidade de um ser humano ter cauda de peixe obriga-nos a observar com atenção às “incorporações” destas entidades, onde os médiuns ficam ao chão “batendo pernas”, se arrastando ou rolando. Doutrina mediúnica é importante neste momento. A maioria dos médiuns é consciente ou semi consciente, e de um modo geral, a sua vontade, no instante da incorporação, não prevalece ao lado da vibração da entidade que no momento é mais forte. Entretanto, cabe aos médiuns mais experientes “moldarem” os iniciantes, para que certos (estes) tipos de manifestações (bizarras) não se tornem um vício. Ao que sabemos ensinado pelas próprias entidades, as incorporações de espíritos rolando pelo chão e dando a ideia de que estão nas águas, não necessariamente queiram dizer que se trata de “espíritos de sereias” mas sim de vibrações emanadas do fundo do mar  (No caso as sereias) ou do fundo da terra, (No caso Elebaras), ou ainda do útero materno (No caso o bebe). O mais importante de uma incorporação é a mensagem que o espírito traz e não o nome ou os gestos que ele faz.


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