quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Item 7 – OS RITUAIS NA UMBANDA – 5 – Gira de Umbanda II

RITUAIS E CAMARINHAS
Por: Brasão de Freitas

RITUAL DA GIRA DE UMBANDA
2ª Parte (Centro do Universo)


(blogdamythos.com.br)

O Lócus do encontro (O Centro do Universo)
Referindo-se apenas ao local onde se realizará a cerimônia ritualística da Gira, observamos que o mesmo se divide em algumas partes importantes:
A Trunqueirinha, que é a abertura na grade divisória entre Congá e Assistência, funciona como Portal entre o universo espiritual e o universo material, numa dimensão mais próxima do Mundo Material.
Na trunqueirinha é colocado um guardião especialmente criado para cada ritual. Este guardião “limpa” toda pessoa que cruzar a trunqueirinha vinda da assistência rumo ao Congá, absorvendo as cargas negativas da aura para depois enviá-las à Grande Trunqueira e de lá para...(Desculpem, mas não podemos informar o local fora do âmbito da Camarinha).


O Segredo da Gira
O grande fundamento da Gira é que ela representa a manifestação do ser encarnado no mundo material, ou dos espíritos nos corpos materiais.
Ela se compõe de três partes: a Preparação, que representa o envolvimento do espírito na mecânica da encarnação; a Incorporação, que representa a vida material do espírito encarnado; finalmente o Encerramento, que representa o fim do ciclo ou o estado de graça após a remissão dos erros e problemas dos participantes, até o próximo recomeço ou próxima Gira.
Portanto, a Gira é a representação da vida, vivida intensamente durante o ritual, pois os participantes estão em contato com o mundo Divino através dos Portais abertos durante o Ritual.
Durante o Ritual da Gira só ocorrem incorporações de espíritos desencarnados, porém ainda envolvidos com as energias do Universo Astral, mesmo que já não encarnem mais no Planeta Terra. Os Orixás não se manifestam nos médiuns durante as Giras.
Quando desvendamos os Véus da criação do Universo Astral e da Queda dos Espíritos, pudemos ver que, em virtude da ação e reação das forças centrífugas e centrípetas da energia massa e da “energia espiritual”, quanto mais os espíritos fracionados se aproximavam da energia massa atraídos por ela por terem enfraquecido com a bi-polarização, mais aumentava o poder gravitacional da energia massa que se comprimia cada vez mais atingindo níveis jamais imagináveis pelo ser humano. No instante em que se chocaram aconteceu a explosão Os Pares Vibratórios fracionados foram então envolvidos pelo Caos, mas naquele exato instante, a Energia Massa caótica foi ordenada, isto é foi harmonizada para que os Espíritos nela pudessem “viver”.
Quando uma Entidade incorpora num médium durante uma Gira, ela risca ponto com pemba, encosta a cabeça sobre o ponto e gira ou dança sobre o ponto riscado. Tecnicamente e espiritualmente o que está acontece é o seguinte: a Entidade incorporada inicia um processo de re-ligação (religarae) das vibrações e energias dela (espírito) juntamente com as vibrações e energias do espírito do médium e, naturalmente, das energias do corpo material do médium, com as vibrações primordias da Criação do Universo Astral (Luz, som e movimento liberados no Big Bang). Na Magia, o que acontece é o seguinte: o espírito, que é luz, encosta a cabeça do médium onde ele se alojou nos sinais riscados com pemba que na verdade são sinais sonoros, em seguida, como luz que é, gira (se movimenta) sobre os sinais (o som) e assim forma a conjunção luz, som e movimento no tempo, que são a origem do Universo. Completada a conecção no Tempo e no Espaço, a Entidade incorporada está apta para promover a mesma conecção das vibrações (normalmente mais negativas do que positivas) dos consulentes e harmonizá-las através de descarrêgo (passe magnético), e reposição através do uso das energias contidas no charuto: o mercúrio (a fumaça), o sal (a cinza), o enxofre (o fogo) e o hálito quente do corpo do médium. Todo este material trabalhado pela Entidade está vibrado com as energias Primordiais da Criação do Universo Astral. É por isto que as energias do consulente ficam reequilibradas.
Concluídos os trabalhos, a Gira é fechada, isto é, os portais são fechados para evitar “penetrações” indevidas. Tudo que acontece na Gira tem razão de ser. Nada é por acaso.


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