RITUAIS E CAMARINHAS
O QUE SÃO E COMO SÃO
Por: Brasão de
Freitas
O RITUAL
2ª Parte (Para que serve)
(Lucia Vaz)
Destino de cada Ser (seres diferentes)
Durante o processo encarnatório o ser
espiritual encarnado precisa descobrir que:
·
Odu
significa Destino.
·
O
Destino é a escolha do caminho a seguir através do uso do Livre Arbítrio (a
ciência do bem e o mal) para cumprir o kárma, já que o kárma é a experimentação
das vibrações dos Orixás. Saber escolher como viver e vivenciar os predicados
dos Orixás é saber vivenciar o seu próprio Destino. Conclui-se daí que, neste
caso, o Destino pode ser chamado de Orixá. Por isso, toda “quizila” do Orixá
também será “quizila” do ser espiritual encarnado e por isso se constitui no
lado negativo de sua vida. Todas as vezes que, em sua vida você estiver vivendo
uma experiência negativa e, se esta experiência é uma “quizila” do Orixá que corresponde
à sua encarnação, significa que você deverá procurar se harmonizar com as
vibrações positivas do seu Orixá kármico para vencer a experiência negativa.
·
A
busca do Par pela experimentação é essencial para o seu retorno à Casa do Pai.
A vivência com a polaridade oposta poderá selar suas chances de novas
encarnações caso você e seu par na encarnação não procriem, porque sem corpos
futuros não poderão haver encarnações futuras. A procriação como dever
encarnatório é diferente do sexo por puro prazer (divertimento).
·
A
interferência na vida de outras pessoas alterando seus kármas ou seus Destinos
provoca dívidas encarnatórias pesadas que terão que ser cumpridas
obrigatoriamente em próximas encarnações.
·
O
Destino determina a Índole do “Eu”. O nível de conhecimento que o
espírito encarnante possui sobre a vibração do Orixá Kármico da encarnação
(grau de entendimento do espírito na encarnação) determina sua Índole (seu
sentimento de escolha do caminho). A Índole é, portanto, uma questão de
entendimento do propósito da encarnação pois ela indica que o espírito
encarnante ainda não tem maturidade suficiente para discernir sobre o bem e o
mal e, portanto, poderá fazer escolhas negativas na hora de escolher o melhor
caminho. Para quem tem pouco entendimento talvez o melhor caminho seja o mais
fácil o que na maioria das vezes não é verdade, caso contrário não seria
necessária a vivência encarnatória já que a vida para existir precisa de duas
polaridades que lhe permitam movimentar-se, isto é, ter vida.
Para
que serve
Como já sabemos, alguns espíritos
(inclusive nós) abalados pela vibração da Substância Etérica Caótica, se
fracionaram (se separaram, já que formavam um Par) e foram envolvidos
(atraídos) pelo Reino da Matéria Densa, caótica. Para que pudessem se livrar
desta energia e voltar ao Reino Espiritual, foi estabelecido um Procedimento ou
um Ritual que todos deveriam cumprir igualmente para poder voltar à suas
origens primordiais. No Procedimento foi incluída a ordenação da Substância
Etérica indiferenciada para permitir o cumprimento daquele Procedimento que se
chamou de Kárma Constituído, assim chamado porque foi adquirido em função da
descida ao Universo Astral diferente, pois do Kárma Causal que é referente à
nossa criação e aperfeiçoamento no Universo Espiritual ou Reino Virginal.
Este Kárma Constituído é, pois
obrigatório para todos os Espíritos “caídos” (inclusive nós), e por isto todos
nós temos que cumpri-lo. Ele se constitui da vivencia dos predicados
vibratórios dos Pares Vibratórios que formam a Coroa Divina, isto é, dos Sete
Orixás que falam diretamente com a Divindade Suprema. Somente cumprindo esta
exigência poderemos voltar à casa do Pai. A vivencia destas vibrações acontece
em encarnações provisórias. Durante o período encarnatório, é o nosso Livre
Arbítrio que determina, que escolhe a maneira de vivenciar, ou o caminho a
percorrer. É isto que nos diferencia nas encarnações. Escolher o caminho do bem
ou do mal é feito por nós mesmos.
As vivências incompletas que fizermos no
período de cada Vibração que determina nossa encarnação, por força do uso do
Livre Arbítrio, provocarão novas encarnações para cumprir o que faltar até que
se cumpra cem por cento da Vibração. A dívida kármica contraída em cada
encarnação terá que ser cumprida em outra e, portanto, acrescentada ao Kárma
Constituído.
O Kárma Constituído, pelo que representa
para a evolução espiritual, determina a Personalidade do “Eu” ou o seu Grau
Evolutivo.
O advento do Livre Arbítrio deu ao
Espírito encarnado o poder de escolher o seu próprio caminho para cumprir seu
Kárma. Os caminhos do Kárma são as maneiras como as vivências serão cumpridas.
Como as vivências são os predicados dos Orixás, então os caminhos são os
Orixás. Este poder de escolha se constitui naquilo que chamamos de Destino. Assim
sendo, Destino significa caminho dos Orixás. Em Yorubá, o Destino é conhecido
com ODU. Podemos então dizer que Odu é Orixá. Quando dizemos que um Odu está
gritando na vida de uma pessoa significa que o caminho que está percorrendo é a
Tonica vibratória de um Orixá.
A parte mais importante do Kárma é,
através do Destino, a busca do Par Vibratório pela experiência, ou seja, a
vivência com a polaridade oposta. Entretanto, a interferência no destino dos
outros por força do nosso Arbítrio provoca dívidas que serão cobradas nesta ou
em outras encarnações. Nesta tentativa de vivência a dois, a procriação faz
parte do procedimento encarnatório, pois é através dela que outros Espíritos
terão sua oportunidade de encarnação (inclusive nossas futuras encarnações. Portanto,
se não procriarmos não geraremos corpos para outros espíritos e assim, quando
tivermos que encarnar novamente poderemos não encontrar corpos suficientes para
nossa nova encarnação.). Por isto dizemos: o sexo deve ser feito como dever e
não apenas como prazer. A procriação pelo dever dá oportunidade a encarnação de
outros espíritos que, ao evoluírem aumentam a energia vibratória do par
correspondente de sua origem vibratória fazendo com que o par seja “arrastado”
de volta ao local de onde veio originariamente. Em nossa encarnação, a
procriação poderá gerar nova oportunidade de encarnação a outros espíritos
entre eles até o nos próprio par vibratório, o que significa que nosso par
vibratório pode estar precisando de nós para poder cumprir seu próprio kárma o
que será benéfico para os dois.
A liberdade de escolha dos caminhos nos
mostra que o Destino que cada um traça para si mesmo na encarnação, determina a
Índole do “Eu”. Portanto a Índole depende do Grau de Entendimento das coisas.
Ótimo conteudo.
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