sábado, 3 de agosto de 2013

Item 7 – OS RITUAIS NA UMBANDA – 2 –O Ritual 2ª Parte


RITUAIS E CAMARINHAS

O QUE SÃO E COMO SÃO

Por: Brasão de Freitas

 

O RITUAL

2ª Parte (Para que serve)
 
(Lucia Vaz)
 
 
 
Destino de cada Ser (seres diferentes)
Durante o processo encarnatório o ser espiritual encarnado precisa descobrir que:
·         Odu significa Destino.
·         O Destino é a escolha do caminho a seguir através do uso do Livre Arbítrio (a ciência do bem e o mal) para cumprir o kárma, já que o kárma é a experimentação das vibrações dos Orixás. Saber escolher como viver e vivenciar os predicados dos Orixás é saber vivenciar o seu próprio Destino. Conclui-se daí que, neste caso, o Destino pode ser chamado de Orixá. Por isso, toda “quizila” do Orixá também será “quizila” do ser espiritual encarnado e por isso se constitui no lado negativo de sua vida. Todas as vezes que, em sua vida você estiver vivendo uma experiência negativa e, se esta experiência é uma “quizila” do Orixá que corresponde à sua encarnação, significa que você deverá procurar se harmonizar com as vibrações positivas do seu Orixá kármico para vencer a experiência negativa.
·         A busca do Par pela experimentação é essencial para o seu retorno à Casa do Pai. A vivência com a polaridade oposta poderá selar suas chances de novas encarnações caso você e seu par na encarnação não procriem, porque sem corpos futuros não poderão haver encarnações futuras. A procriação como dever encarnatório é diferente do sexo por puro prazer (divertimento).
·         A interferência na vida de outras pessoas alterando seus kármas ou seus Destinos provoca dívidas encarnatórias pesadas que terão que ser cumpridas obrigatoriamente em próximas encarnações.
·         O Destino determina a Índole do “Eu”. O nível de conhecimento que o espírito encarnante possui sobre a vibração do Orixá Kármico da encarnação (grau de entendimento do espírito na encarnação) determina sua Índole (seu sentimento de escolha do caminho). A Índole é, portanto, uma questão de entendimento do propósito da encarnação pois ela indica que o espírito encarnante ainda não tem maturidade suficiente para discernir sobre o bem e o mal e, portanto, poderá fazer escolhas negativas na hora de escolher o melhor caminho. Para quem tem pouco entendimento talvez o melhor caminho seja o mais fácil o que na maioria das vezes não é verdade, caso contrário não seria necessária a vivência encarnatória já que a vida para existir precisa de duas polaridades que lhe permitam movimentar-se, isto é, ter vida.
 
Para que serve
Como já sabemos, alguns espíritos (inclusive nós) abalados pela vibração da Substância Etérica Caótica, se fracionaram (se separaram, já que formavam um Par) e foram envolvidos (atraídos) pelo Reino da Matéria Densa, caótica. Para que pudessem se livrar desta energia e voltar ao Reino Espiritual, foi estabelecido um Procedimento ou um Ritual que todos deveriam cumprir igualmente para poder voltar à suas origens primordiais. No Procedimento foi incluída a ordenação da Substância Etérica indiferenciada para permitir o cumprimento daquele Procedimento que se chamou de Kárma Constituído, assim chamado porque foi adquirido em função da descida ao Universo Astral diferente, pois do Kárma Causal que é referente à nossa criação e aperfeiçoamento no Universo Espiritual ou Reino Virginal.
Este Kárma Constituído é, pois obrigatório para todos os Espíritos “caídos” (inclusive nós), e por isto todos nós temos que cumpri-lo. Ele se constitui da vivencia dos predicados vibratórios dos Pares Vibratórios que formam a Coroa Divina, isto é, dos Sete Orixás que falam diretamente com a Divindade Suprema. Somente cumprindo esta exigência poderemos voltar à casa do Pai. A vivencia destas vibrações acontece em encarnações provisórias. Durante o período encarnatório, é o nosso Livre Arbítrio que determina, que escolhe a maneira de vivenciar, ou o caminho a percorrer. É isto que nos diferencia nas encarnações. Escolher o caminho do bem ou do mal é feito por nós mesmos.
As vivências incompletas que fizermos no período de cada Vibração que determina nossa encarnação, por força do uso do Livre Arbítrio, provocarão novas encarnações para cumprir o que faltar até que se cumpra cem por cento da Vibração. A dívida kármica contraída em cada encarnação terá que ser cumprida em outra e, portanto, acrescentada ao Kárma Constituído.
O Kárma Constituído, pelo que representa para a evolução espiritual, determina a Personalidade do “Eu” ou o seu Grau Evolutivo.
O advento do Livre Arbítrio deu ao Espírito encarnado o poder de escolher o seu próprio caminho para cumprir seu Kárma. Os caminhos do Kárma são as maneiras como as vivências serão cumpridas. Como as vivências são os predicados dos Orixás, então os caminhos são os Orixás. Este poder de escolha se constitui naquilo que chamamos de Destino. Assim sendo, Destino significa caminho dos Orixás. Em Yorubá, o Destino é conhecido com ODU. Podemos então dizer que Odu é Orixá. Quando dizemos que um Odu está gritando na vida de uma pessoa significa que o caminho que está percorrendo é a Tonica vibratória de um Orixá.
A parte mais importante do Kárma é, através do Destino, a busca do Par Vibratório pela experiência, ou seja, a vivência com a polaridade oposta. Entretanto, a interferência no destino dos outros por força do nosso Arbítrio provoca dívidas que serão cobradas nesta ou em outras encarnações. Nesta tentativa de vivência a dois, a procriação faz parte do procedimento encarnatório, pois é através dela que outros Espíritos terão sua oportunidade de encarnação (inclusive nossas futuras encarnações. Portanto, se não procriarmos não geraremos corpos para outros espíritos e assim, quando tivermos que encarnar novamente poderemos não encontrar corpos suficientes para nossa nova encarnação.). Por isto dizemos: o sexo deve ser feito como dever e não apenas como prazer. A procriação pelo dever dá oportunidade a encarnação de outros espíritos que, ao evoluírem aumentam a energia vibratória do par correspondente de sua origem vibratória fazendo com que o par seja “arrastado” de volta ao local de onde veio originariamente. Em nossa encarnação, a procriação poderá gerar nova oportunidade de encarnação a outros espíritos entre eles até o nos próprio par vibratório, o que significa que nosso par vibratório pode estar precisando de nós para poder cumprir seu próprio kárma o que será benéfico para os dois.
A liberdade de escolha dos caminhos nos mostra que o Destino que cada um traça para si mesmo na encarnação, determina a Índole do “Eu”. Portanto a Índole depende do Grau de Entendimento das coisas.
 
 
 

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