sábado, 31 de agosto de 2013

Item 7 – OS RITUAIS NA UMBANDA – 3 - Camarinha

RITUAIS E CAMARINHAS
O QUE SÃO E COMO SÃO
Por: Brasão de Freitas

A CAMARINHA

Foto Bob Retina

Prólogo
A Camarinha é um ritual de iniciação, de vivência, de aprendizado, de assentamento, e de transmissão de poder na Umbanda. Ela representa sempre uma evolução espiritual pela força ritualística de que é investida. As pessoas leigas e as desavisadas costumam achar que a Camarinha é um mistério, um dogma. Mas não é verdade, pois todo umbandista, independente do seu grau hierárquico tanto na comunidade a que pertence como na Umbanda de uma maneira geral, tem direito a “entrar em camarinha” sempre que for necessário por força dos rituais ou por circunstâncias da vida.
Na Umbanda, os mistérios são revelados a medida em que o ser humano adepto vai evoluindo no seu entendimento das coisas, na sua personalidade e na sua índole. Não é somente o médium que faz camarinha. Todos os adeptos de um Templo “precisam” entrar em Camarinha para um aprendizado mais refinado e um pouco diferenciado entre os diversos grupos comunitários. Cada ser humano tem o seu “momento certo” para querer aprender e para aprender, uma vez que o seu aprendizado depende fundamentalmente e decididamente de sua única vontade. Muitas vezes a pessoa que está do seu lado numa comunidade pode ainda não estar preparada para entender certas verdades que, se para uns “está na cara”, talvez para esta pessoa ainda seja muito complicado tomar conhecimento da profundidade desta verdade, pois a sua mente de certo não aceitaria por não entende-la, provocando nesta pessoa transtornos que venham interferir no seu destino (o que seria terrível para ela e para quem provocar este estado de consciência que interfira negativamente na vida da pessoa) e portanto na sua atual encarnação.
Os mistérios não são proibidos na Umbanda. Muito pelo contrário. Apenas é preciso respeitar o grau de entendimento das pessoas. Qualquer informação pode ser dada em diversos níveis de entendimento. Portanto, todos têm o direito de aprender tudo o que quiserem saber. Cabe aos mais esclarecidos procurar descer ao nível de entendimento dos menos esclarecidos para poder ajudá-los a entender aquilo que querem saber sobre a religião.
A Camarinha é o melhor momento para se aprender “as coisas de Deus”. Nela existe todo um ambiente propício preparado através de rituais místicos onde a mente pode se elevar e penetrar no mundo sobrenatural e, através da Luz Espiritual, alcançar seus objetivos de aprendizado e aperfeiçoamento da pessoa. Lembre-se sempre que, aquilo que é fácil e racional para você poderá ser difícil e inteligível para outro. Não seja um caçador de adeptos para a religião que você gosta e entende. Seja apenas você mesmo, com um comportamento exemplar, sincero humano, feliz e competente nas suas atitudes, que certamente alguém que estiver desarmonizado, sofrendo na vida vai tentar imita-lo ou pedir sua ajuda. Aí sim, é chegada a hora de agir e ajudar.
Como existem pessoas com grau de entendimento diferente uns dos outros, é claro que os ensinamentos místicos e religiosos ou sagrados deverão ser ensinados de acordo com o grau de entendimento das pessoas. Para se transmitir os ensinamentos para grupos de pessoas, costuma-se utilizar os seguintes eventos para a comunidade: Palestras onde a linguagem dos ensinamentos costuma ser de entendimento popular (se o grau dos assistentes for heterogêneo), Cursos de Disciplinas místicas em diversos níveis e Camarinhas também em diversos níveis. Portanto não se trata de descriminação já que, como os aprendizados (e os ensinamentos) são evolutivos, todos inclusive os que começam pelos níveis mais inferiores, podem alcançar os níveis mais superiores. Por isto as Camarinhas são diferentes. A Camarinha, a Palestra e o Curso são recursos necessários para que uma comunidade possa atender a todos os níveis de entendimento no seu meio, na revelação dos “mistérios da Criação” ou do sobrenatural.
São diferentes não só pelo nível dos participantes como também e principalmente porque cada um dos participantes é diferente dos demais e vice versa. Com isto, apesar de serem os assuntos culturais e ritualísticos ensinados a um grupo, os mesmos assuntos ensinados em outras Camarinhas de outros grupos, o entendimento do grupo será semelhante, mas não igual ao dos demais grupos porque o intelecto individual das pessoas do grupo faz a diferença. É como numa escola onde você vai passando de série no seu aprendizado, mas os novos que vierem a aprender a mesma coisa certamente aprenderão de forma diferente. Isto quer dizer que uma Camarinha nunca é igual a outra.
A Camarinha é um ritual, e como tal possui começo meio e fim. Portanto é um procedimento técnico que possui uma sequência lógica.

O conteúdo da camarinha
Como ritual que é, a Camarinha representa um caminho para se atingir uma meta. A meta é a Evolução em busca da Perfeição Espiritual. Como a busca da perfeição é longa, o caminho se divide em etapas. Assim, cada Camarinha é uma etapa de um longo caminho.
Como a Camarinha é um ritual, ela é executada dentro de determinados padrões. Por exemplo, ela precisa começar pelos valores mais densos e ir caminhando na direção dos mais sutis. Como ela é uma “vivencia”, uma experimentação dos valores de uma dada ação, a mais importante de todas as ações certamente é o renascer para um novo estado de consciência. Ora, para você renascer precisa logicamente de estar morto. Como o renascer a que nos referimos é o conhecimento do mundo sobrenatural, então você não tem que morrer de fato, mas sim sair da materialidade para penetrar no Mundo sutil. Ao atravessar o Portal entre o que é material e o que é sutil, você acaba por se transformar, e esta transformação é o novo estado de consciência em relação aos mistérios da criação.
Nesta caminhada sobrenatural quem viaja é a mente, mas quem padece é o corpo. O ser encarnado toma ciência do destino (Odu) que ele mesmo escolheu e vai buscar as respostas para suas dúvidas e para suas mazelas no conhecimento pleno de si mesmo. A Camarinha é uma viagem ao interior do próprio Eu, pois é nele que se encontra a Centelha Divina.
Vamos agora definir a Camarinha através de rituais e disciplinas. Como já foi dito, ela possui início meio e fim.
O Início representa uma parada, uma encruzilhada para onde convergem todos os caminhos. Uma reflexão. É no Mundo denso, energeticamente negativo, que vamos deixar as vestes virtuais velhas (o invólucro da materialidade), rasgadas (atitudes equivocadas, perdidas, desperdiçadas), despojar-se das vaidades, desejos e sentimentos fúteis e quebrar o ego e enfrentar os medos. Como um Filho Pródigo, abandonamos o “passado terreno” (as conquistas daquilo que é “Irreal”, que não se leva depois da morte), nos limpamos e recomeçamos num mundo novo onde as conquistas são “Reais” (Aquilo que levamos depois da morte).
O Meio é o recomeço, a busca das origens primordiais. A vivência de todas as conquistas espirituais (a reconquista daquilo que é Real, as conquistas espirituais). Dentro da sequência lógica, é a evolução rumo ao nosso kárma original (Causal), a busca da casa do Pai.
O Fim, que na verdade é apenas o fim do ritual, é na verdade o começo da evolução primordial que buscamos por nosso próprio arbítrio. É o re-encontro com o Pai.
No procedimento técnico da Camarinha temos, nas três etapas (Princípio, meio e fim) ensinamentos de ritual, disciplina e práticas ritualísticas. Os ensinamentos ou disciplina de entendimento referem-se ao autoconhecimento e aos esclarecimentos de magia. Os rituais constituem-se de práticas, vivências, aplicação, e a conquista de sentir o mundo sobrenatural (transe anímico). Como o Ritual (procedimento) só se transmite em ambiente propício e oralmente por tradição, em sinal de respeito não ensinaremos aqui nenhum ritual. Ensinar rituais de magia a pessoas não preparadas especificamente para aprender e praticar, é a mesma coisa que colocar uma arma de fogo carregada nas mãos de uma criança inocente. Não que o Ritual seja uma arma. Não é isto que estamos querendo dizer. Estamos apenas tentando demonstrar o quanto é perigoso um conhecimento que pode interferir no arbítrio das pessoas, ser usado por quem não sabe manuseá-lo. Os Rituais são segredos de sacerdócio. Por isto não confunda segredo com mistério. O mistério é para ser descoberto e o segredo é para ser guardado.
Mas, como é nossa obrigação ensinar, diremos apenas no que se refere a rituais, que “querer é poder, e poder é saber querer fazer”. Para bom entendedor, meia palavra basta.
Quanto às Disciplinas a serem ensinadas nas vivências ritualísticas, diremos que cada grau de Camarinha possui o seu “currículo” próprio, adequado e que pode variar de Templo para Templo, dependendo da orientação superior do Guia Chefe.
As Camarinhas são normalmente divididas em graus de aprendizado compatíveis com a evolução da pessoa. Por isto existem Camarinhas de Anjo de Guarda, que serve para todos os iniciantes e assistentes ou membros da coletividade (esta Camarinha representa o Primeiro Sacramento da Umbanda que é o Batismo, embora não seja o Sacramento propriamente dito já que para isto existe um ritual específico); Camarinhas de Harmonização psicossomática (alma e corpo) para todos os membros da comunidade, que servem para harmonizar a vida das pessoas para enfrentar as vivências do dia-a-dia; Camarinhas de Bori de Caboclo para médiuns e também para membros da coletividade que quiserem evoluir mais profundamente nos mistérios da criação, pois esta camarinha é um dos Sete Sacramentos da Umbanda (Equivalente à Crisma dos católicos); Camarinha de Casamento que é um dos Sete Sacramentos, específica para quem quer casa nos rituais da Umbanda; Camarinha de Primeiro Ano de Santo que é mais um Sacramento da Umbanda, equivalente a Confissão dos católicos; as Camarinhas de Segundo, Terceiro, Quarto, Quinto e Sexto anos de Santo são “reforços” sacramentais que permitem a depuração da evolução rumo ao próximo Sacramento, já que efetua o junto de cada Santo que compõe a “Vida Espiritual” e a presente encarnação do médium; a Camarinha de Sétimo Ano de Santo é também conhecida como Camarinha de “Junto” onde o (a) Iaô alcança o grau de Sacerdócio ao receber o Sacramento que é equivalente à Comunhão dos católicos. É a obrigação onde o médium sacerdote recebe o “Deká” ou o Poder de abrir seu próprio Templo; após o “Junto” seguem-se Camarinhas de reforço, vivência, prática real, levantamento e harmonização até os 21 Anos de Santo onde o médium recebe o grau definitivo de SACERDOTE com o título de Babalaô, Babalorixá, Ialaô ou Ialorixá e o Mestrado, que é mais um dos Sete sacramentos da Umbanda, semelhante à Ordenação dos católicos.
Podem existir outros tipos de Camarinhas dependendo do Sacerdote Chefe de um Templo junto com seu Guia Chefe.
Em alguns Templos Umbandistas, o Sacerdote ou a Sacerdotisa costumam seguir os princípios das Camarinhas de formação sacerdotal para os médiuns da casa e, para os assistentes, a Camarinha de Anjo da Guarda.
Segundo os Dirigentes, os ensinamentos prestados fazem parte do “Currículo” dos médiuns que receberam o “Deká” na Camarinha do “Junto”. Entretanto não são proibidos a ninguém. Quem quiser conhecê-los tem toda a liberdade de procurar as fontes corretas de ensino que estão dentro do próprio Templo (Como, por exemplo, as Bibliotecas ou o Centro Cultural dos Templos). Conversando com alguns sacerdotes, para eles é importante que cada um busque o seu desenvolvimento e não fique preso a ninguém ou esperando que caia do céu. Ainda segundo eles, não existe a preocupação de que alguém aprenda algo que está “fora do seu tempo”, porque o tempo de cada um é conquistado pela força de seu próprio Livre Arbítrio. A cultura não faz mal a ninguém. Principalmente a Cultura Umbandista. Os segredos ritualísticos de que esta matéria faz parte são dados somente a quem de direito. Parte destes segredos (e não mistérios) estão embutidos nesta matéria. Quem os conhece observa como é mais fácil desenvolve-los quando se possui a Cultura dos ensinamentos tradicionais que o Tempo lhes lega.

domingo, 25 de agosto de 2013

Item 5 – ASSUNTOS DIVERSOS – Oxumarê


OXUMARÊ A RIQUEZA DA LUZ, FONTE DE CORES
DIA 24 DE agosto, CONSAGRADO À OXUMARÊ
Por Brasão de Freitas
Oxumarê
(vibflog.com)
 
 
Hoje 24/AGO/2013 se comemora o dia do  Orixá OXUMARÊ, o Par Vibratório de Yemanjá. Salve o Senhor da Luz que se refrata em 7 Cores que representam os 7 Orixás (Pares Vibratórios), que formam a CORÔA DIVINA.
A Luz se refrata em cores. Assim derrama beleza e riqueza por todo o Universo. Seu refletor, o hidrogênio do espaço cósmico, são as águas da vida (As Águas de cima) a que se refere a Bíblia dos Cristãos.
E foi assim que começou a se desenvolver a vida no Universo Criado por Deus.
A refração da Luz representa a Diversidade da Vida no Universo e não a variedade de opções instintivas de prazeres do ser humano. Ela é símbolo de Luz e não de prazer. É símbolo da riqueza espiritual e não material. É o símbolo do Inicio do Circuito das Águas na sua trajetória de fecundação da vida no nosso planeta: 1° Circuito: a água do mar evapora e sobe para formar as nuvens; 2° Circuito: a água se transforma em destilada, condensa e cai sobre a terra; 3° Circuito: penetra no solo da terra e recebe os elementos químicos, é filtrada e volta à superfície; 4º Circuito: a água nasce nas fontes, corre pela terra formando os rios e volta ao mar, de onde saiu.
Segundo o Candomblé, em termos bem superficiais, pode-se associar o Arco-Íris ao bem e a cobra ao mal porque, se o primeiro é uma imagem colorida, bonita que traz prazer estético às pessoas, o segundo é um animal perigoso, traiçoeiro e misterioso que tudo é capaz de fazer, levando o homem à morte Entretanto, convém observar que tanto a cobra como o Arco-Íris têm muito mais em comum do que diferenças radicais, pois ambos são representações mitológicas do mesmo fenômeno, que é a existência dos ciclos que se repetem na vida, mesmo que sejam em oitavas acima, de forma helicoidal. Por este poder que ilumina o universo, a Umbanda reverencia esta grande Força que simboliza o MOVIMENTO DO UNIVERSO.
 
 
 
 

sábado, 24 de agosto de 2013

Item 6 – ENTIDADES ESPIRITUAIS – ENTIDADES 2


ENTIDADES

CABOCLOS GUIAS

PERFÍS VIVENCIAIS DAS ENTIDADES 2
 


A visão do povo sobre estas manifestações

Para estes grupos, numa visão bem popular, em princípio, os Caboclos são todas as Entidades jovens que trabalham em pé, quer dizer, com o corpo ereto. Na verdade, o caboclo na comunidade brasileira representa o ser jovem, viril e ágil, diferente do conceito de que caboclo é índio. Ora, o índio é um caboclo, mas nem todo caboclo é índio. O Caboclo é pois um espírito adulto, isto é, nem criança nem velho, independente de qualquer localidade do nosso Planeta Terra, que se manifesta via de regra em médiuns adultos. É claro que, de acordo com o País onde reside o médium, a Entidade espiritual adotará os usos e costumes (Inclusive o idioma) e os tipos característicos das tradições daquelas localidades. Desta forma, existem na Umbanda (No Brasil) os Caboclos de Ogum, Xangô, Oxossi, Caboclas de Oxossi, Caboclos Boiadeiros, Caboclos Baianos e Caboclos Marinheiros. Nos demais países que não o Brasil, ainda não temos conhecimento das manifestações dos espíritos utilizando as características dos respectivos povos. O Espírito Guia precisa adaptar-se aos usos e costumes do local onde vive seu “cavalo”, mas sempre usando as etapas vivenciais do ser humano, isto é, criança, adulto e velho. Além dos Caboclos existem os Pretos Velhos, as Crianças (Ibejis), as Sereias, além dos Exus e as Pombajiras (Que militam na Quimbanda).

Todos nós, médiuns ou não, umbandistas ou não, estamos conectados com estas forças espirituais, inclusive com os Exus e as Pombagiras ou Bombojiras.

A grande crença popular é a de que todas estas Entidades quando incorporam, procuram transformar em palavras e gestos, na linguagem do médium, tudo aquilo que é sentimento por elas percebido, pois o sentimento afeta rapidamente a iniciativa da pessoa.

Entende-se que é difícil incorporar no Plano Físico em virtude da qualidade vibratória e da leveza destas Entidades em relação às camadas densas do Plano Físico.
O ser humano, no qual incorporam estas Entidades, possuem mecanismos que permitem tal manifestação no Plano Físico. Segundo a crença popular, todos nós, seres humanos, possuímos o Ori, que é sutil e atua junto com a mente, e o Orô, que é ainda mais sutil, e que está conectado com a Consciência Espiritual

Os Caboclos e Caboclas de Oxossi
  
 
Caboclo de Oxossi
(estudoreligioso.wordpress.com)
 
 
O fundamento básico da manifestação dos caboclos é a do caçador, aquele que caça apenas para se alimentar, respeitando a vida e a natureza. Diz a sabedoria popular que o grande caçador caboclo tem a vivência da mata, do equilíbrio ecológico, dos ciclos da Mãe Natureza, o respeito pelas leis, os animais e toda a vida existente nas matas porque é somente isto que poderá, com segurança, manter a continuidade da vida. A busca pela sobrevivência é a energia que mais os caracteriza, além da vida grupal ou coletiva que os torna membros de uma comunidade organizada.
 
 
Os Caboclos de Xangô
Imagem de Orixá usada para ilustrar Xangô
 
 
O fundamento da manifestação dos Caboclos de Xangô é o respeito às Leis da Natureza, e o tratamento severo que eles dão a quem as desrespeita. Principalmente a destruição e as injustiças que sejam cometidas contra a Natureza ou mesmo contra o próximo. É a mesma força da revolta que sentimos quando vemos alguém sendo injustiçado por outro. Diz o dito popular que lá nas matas da Jurema (Analogia ao mundo livre), é uma Lei severa, é uma Lei sem pena. Quem deve paga quem merece recebe. Em resumo, é a vibração que se afina com a Lei e Ordem do Universo.
 
 
Os Caboclos de Ogun
Imagem de Ogun usada para simbolizar Caboclo de Ogun
 
 
 
 
 
 
 
O fundamento da manifestação dos Caboclos de Ogun é o da luta para defender a Justiça, as Leis e a Ordem constituídas do universo e das comunidades e que servem para defender os fracos e oprimidos contra as demandas materiais e espirituais além da defesa da própria vida. Tudo isto se reflete no instinto de sobrevivência que todos nós carregamos de nascença, e que também nos é ensinado pelos nossos pais. A nossa casa é o nosso quartel, o local onde nos recolhemos para recuperar as forças perdias no dia-a-dia. Quando saímos de CSA, a rua se torna um verdadeiro campo de batalha onde a luta pela sobrevivência caracteriza a tônica da vivência fora do lar.
 
OBSERVAÇÃO:
As fotos e figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.
 
 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Item (8) Iniciação na Cultura Umbandista—Interatividade 12 (Cont. item 1)


ITEM 8 - SOLUÇÃO DA INTERATIVIDADE

DO DÉCIMO SEGUNDO TEMA

Por Brasão de Freitas

 

Desenhos respostas das interatividades

 

INTERATIVIDADE do 12º Tema

1-Como se comportar diante de um Exu?

2-Como se comportar diante de uma Pombagira?

3-O que é um Exu?

4-O que é uma Pombagira?

5-Quem frequenta as Giras de Esquerda? Quem não deve frequentar?

6-É preciso ter cuidado com as palavras ou frases dos Elebaras? Por que?

 

 

Respostas do 12º Tema

Primeira Pergunta

Resposta = . Diante de um Exu ou Pombagida devemos nos comportar com o maior respeito e sem medo. Afinal os Elebaras são espíritos escolhidos pelos Guias de Luz para protegerem o Templo, os médiuns e as pessoas que frequentam o Templo. Eles não representam o Mal e sim o combate ao Mal.

 

 

Segunda Pergunta

Resposta = As Pombagiras são muito importantes no processo mediúnico das pessoas e no dia-a-dia de homens e mulheres pois é a entidade que protege o corpo físico contra todo tipo de mal, inclusive doenças. Se quer ter sempre sua saúde em dia, trate bem as Pombagiras.

 

 

Terceira Pergunta

Resposta = Um Exu é um Espírito masculino que está preso na Penumbra das Trevas do lado da matéria caótica. Podem servir de protetores para homens e mulheres. Os Espíritos da Quimbanda que trabalham na proteção da Umbanda são chamados a participar de rituais próximos aos portais entre Luz e Trevas onde eles têm oportunidade de evoluir com seu trabalho de ajuda mediúnica.

 

 

Quarta Pergunta

Resposta = . Da mesma forma que o Exu, também assim é a Pombagira. Assim como os Exus, podem servir de protetores para homens e mulheres, e mais especificamente protegendo o corpo. Os Espíritos da Quimbanda que trabalham na proteção da Umbanda são chamados a participar de rituais próximos aos portais entre Luz e Trevas onde eles têm oportunidade de evoluir com seu trabalho de ajuda mediúnica.

 

 

 

Quinta Pergunta

Resposta = As Giras de Esquerda estão divididas em duas partes. A primeira é aquela onde os Elebaras incorporam com a mesma roupa branca dos médiuns, numa extensão da Gira normal da Direita, e que vêm com a finalidade de concretizar os pedidos feitos pelos assistentes aos Espíritos de Luz (Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Boiadeiros, Marinheiros, Baianos, etc.), podendo atender qualquer pessoa, inclusive jovens. A segunda parte são as giras de descarrego mediúnico e do Templo das quais somente podem participar os médiuns maiores de idade, e por isso se constituem em Gira Fechada (Ao público).

 

 

Sexta Pergunta

Resposta = Se considerarmos que os Elebaras representam o “outro lado” da Luz, tudo que disserem pode ser interpretado ao contrário. Por exemplo, se ele chama alguém de “burro” pode ser um elogio, mas também pode ser verdade. Por isso é preciso muito cuidado nas interpretações do que é dito numa Gira de Esquerda, principalmente as “Fechadas”. Muito cuidado com o que você interpreta sobre o comportamento de um Elebara. Respeito é a palavra certa.

 

 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Item (8) Iniciação na Cultura Umbandista—Interatividade 11 (Cont. item 1)


ITEM 8 - SOLUÇÃO DA INTERATIVIDADE

DO DÉCIMO PRIMEIRO TEMA

Por Brasão de Freitas

 

Desenhos respostas das interatividades

 

INTERATIVIDADE do 11º Tema

1- Quantos Sacramentos tem a Umbanda?

2- Reúna colegas de curso e cada um escolhe um Sacramento e fala o que entende sobre ele.

3- Quais são os Sacramentos que todos os umbandistas podem receber?

4- Que etapas da vida as Entidades que incorporam nos rituais umbandistas representam?

 

 

Respostas do 11º Tema

Primeira Pergunta

Resposta = A Umbanda possui 7 Sacramentos Ritualísticos. São eles: o Batismo, o Casamento, o Bori, a Feitura, o Deká, o Mestrado, e o Axexê.

 

 

Segunda Pergunta

Resposta = Escolha qualquer sacramento e diga o que entende sobre ele. Ex. – O Casamento; A procura do Par Vibratório. É a instituição da Família; o aprendizado da tolerância capaz de permitir o respeito aos limites de virtudes e defeitos do par; a convivência harmoniosa entre seres de polaridades opostas; a união faz a força; a chance para outros espíritos encarnarem.

 

 

Terceira Pergunta

Resposta = O Batismo, o Casamento, a Feitura do 1º Santo (Anjo da Guarda) e o Axexê. Os demais, somente no Sacerdócio.

 

 

Quarta Pergunta

Resposta = Vida Infantil, Vida Adulta, Vida Experiente (Velhice).

 

domingo, 18 de agosto de 2013

Item (8) Iniciação na Cultura Umbandista—Interatividade 10 (Cont. item 1)


ITEM 8 - SOLUÇÃO DA INTERATIVIDADE

DO DÉCIMO TEMA

Por Brasão de Freitas

 

Desenhos respostas das interatividades

 

INTERATIVIDADE do 10º Tema

1- No seu ponto de vista, para que serve a Gira?

2- Você já participou de alguma Gira?

3- O que mais lhe chamou a atenção?

4- Em quantas partes se divide a Gira?

5- O que você acha de conversar com as Entidades?

6- Descreva os tipos de Entidade que você viu atuar.

 

 

Respostas do 10º Tema

Primeira Pergunta

Resposta = É nas Giras que se manifestam os Espíritos Guias e Protetores que atuam como missionários da Corrente Astral, na comunicação entre seres encarnados e espíritos desencarnados altamente evoluídos cuja missão é auxiliar na evolução dos seres humanos, orientando-os na escolha dos caminhos evolutivos e aliviando-os de dores e sofrimentos.

 

 

Segunda Pergunta

Resposta = Caso afirmativo basta dizer sim, caso contrário apenas não.

 

 

Terceira Pergunta

Resposta = O ritual em si, os pontos cantados, as incorporações, o atendimento das Entidades, etc. Procure lembrar o que mais lhe chamou a atenção ou lhe deixou curioso (a).

 

 

Quarta Pergunta

Resposta = Basicamente em 3 partes: Abertura, Atendimento e Encerramento.

 

 

Quinta Pergunta

Resposta = Acha complicado, fácil, transmite confiança, dúvidas, carinhoso, grosseiro, etc. Diga o que sentiu ao conversar com as Entidades.

 

 

Sexta Pergunta

Resposta = Caboclos e Caboclas índios, soldados ou guerreiros de Ogun, caboclos de Xangô, Pais e Mães Velhos, Crianças, Boiadeiros, Marinheiros, Baianos.

 

sábado, 17 de agosto de 2013

Item (8) Iniciação na Cultura Umbandista—Interatividade 9 (Cont. item 1)


ITEM 8 - SOLUÇÃO DA INTERATIVIDADE

DO NONO TEMA

Por Brasão de Freitas

 

Desenhos respostas das interatividades

 

INTERATIVIDADE do 9º Tema

1- O que você entende como Linha de Umbanda?

2- Quantas Linhas são e quais são?

3- Desenhe os símbolos das Linhas.

4- Cite algumas características vibratórias individuais das 7 Linhas.

 

 

Respostas do 9º Tema

Primeira Pergunta

Resposta = São chamadas de Linhas da Umbanda, os Sete Grupos Hierárquicos ou as descendências naturais de cada um dos Sete Orixás Virginais.Todas as vibrações espirituais que se enquadram dentro destes grupos chamamos de Linha deste Grupo.

 

 

Segunda Pergunta

Resposta = São  Sete Linhas na Umbanda chefiadas pelos Orixás: Oxalá, Ogun, Oxossi, Xangô, Yorimá (Obaluaê), Yori (Ibejis) e Yemanjá. Cada Linha constitui um Par Vibratório. Assim temos : Para Oxalá/Odudua, Ogun/Obá, Oxossi/Ossãe, Xangô/ Yansan, Yorimá/Nanã, Yori/Oxum, Yemanjá/ Oxumarê.

 

 

Terceira Pergunta

Resposta =



 

Quarta Pergunta

Resposta = Oxalá = Fortaleza, Paz; Ogun = Luta pela Justiça, Lei e Ordem; Oxossi = O Conselho, a sobrevivência; Xangô = Sabedoria, Justiça; Yorimá = Pureza, experiência vivida; Yori = A Beleza, o amor, a alegria, Yemanjá = Respeito, fartura, família.

 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Item (8) Iniciação na Cultura Umbandista—Interatividade 7 (Cont. item 1)


ITEM 8 - SOLUÇÃO DA INTERATIVIDADE

DO SETIMO TEMA

Por Brasão de Freitas
 
 
 
Desenhos respostas das interatividades
 
INTERATIVIDADE do 7º Tema
1- Como você imagina que pode ser o espírito?
2- Como ele se manifesta em nosso mundo?
3- Como os espíritos dos Ancestrais se manifestam nos rituais da Umbanda?
4- Quais os tipos de espíritos que se manifestam na Umbanda?
 
 
Respostas do 7º Tema
Primeira Pergunta
Resposta = O Espírito é como uma Luz concentrada num pequeno espaço, sem forma e que emite raios.
 
 
Segunda Pergunta
Resposta = O espírito se manifesta num Médium como uma vibração, semelhante a uma onda vibratória de rádio que atravessa qualquer obstáculo físico como até paredes, mas é captada pela antena e se manifesta ou como som no rádio ou como imagem na TV. Se manifesta com “Consciência”, como o “Eu” atuando no cérebro de um médium.
Um médium é como uma antena, pois capta a onda vibratória do espírito permitindo a sua manifestação no mundo da forma. O espírito se manifesta na mente consciente do ser humano.
 
 
Terceira Pergunta
Resposta = Os Espíritos dos nossos ancestrais se manifestam com as características da vivência humana, isto é, das fases principais vividas pelo ser humano que são: a Criança, o Adulto (Chamado de Caboclo, que por sua vez representa a idade adulta jovem, ágil, ligeira, forte, inteligente, já com alguma experiência de vida) e o Velho (O ser humano já idoso, cheio de experiência e vivência, com muita sabedoria para ensinar e ajudar nas horas difíceis). Também se manifestam como jovens adultos de Tipos regionais como Baianos, Marinheiros, Boiadeiros, Pescadores, Ciganos, etc.
 
 
Quarta Pergunta
Resposta = Na Umbanda os Espiritos que se manifestam normalmente são espíritos que não mais encarnam no planeta Terra. Nos rituais da Umbanda manifestam-se espíritos com missões definidas de ajuda ao médium e prática de caridade. Já na Quimbanda, quando em sintonia com a Umbanda, manifestam-se espíritos que ainda dependem de novas encarnações no planeta Terra e que estão próximo ao Portal entre a Luz e as Trevas na busca de oportunidade para evoluir e mudar de Banda