ENTIDADES QUE INCORPORAM
(Caboclos,
Pretos Velhos, Crianças, etc.)
PERFÍS
DAS ENTIDADES-INTRODUÇÃO
Introdução
As Entidades Espirituais que incorporam na Umbanda
constituem 80% de todos os seus rituais. Os assentamentos de Orixás são, na
verdade, a coroação com êxito de toda a Ritualística Umbandista pois é a Meta
Maior e Razão da existência da Religião Umbandista. A Grande meta é, no final
das contas, o re-encontro do ser humano com suas Origens Primordiais que é o
Orixá. As Entidades proporcionam o meio mais seguro de se atingir a Meta Final.
Por isso, a maior parte dos rituais acontece na vibração de Caboclos, Pretos e
Pretas Velhas, Crianças, Marinheiros, Boiadeiros, Baianos, Ciganos, Iaras e
Elebaras.
A Umbanda usa, na manifestação dos espíritos
desencarnados em médiuns, os tipos e características da própria experiência
vivencial humana. São espíritos que se manifestam através de incorporações em
médiuns nas modalidades de crianças (a primeira fase de experiência da vida),
caboclos (a segunda fase de experiência da vida, jovem, ágil, adulta) e mães e pais
velhos (a terceira fase de experiência da vida; os velhos, idosos). Estes
espíritos se manifestam através destas três caracterizações da experiência
humana para melhor se identificarem com os seres viventes, sempre sob a
vibração de suas próprias origens espirituais, isto é, na Linha de seus Orixás
(os Orixás das entidades e não os do médium). Também é comum a manifestação de
tipos regionais (Que se manifestam na vibração dos Caboclos) e que representam
a viv~encia da região do planeta terra onde os espíritos estão se manifestando.
Normalmente, o tipo vivencial (Criança, caboclo ou
Velho) escolhido pela entidade espiritual é a da sua última encarnação, pois é
aquela onde existem pequenas possibilidades de lembranças encarnatórias fazendo
com que as entidades fiquem mais familiarizadas com os nossos costumes e modos
de viver atuais, já que isto facilita a adaptação e o contato com os seres
viventes. Estas entidades são conhecidas como Guias e Protetores.
Na verdade, os espíritos que se manifestam em
incorporações ritualísticas em médiuns umbandistas com certeza absoluta, não
mais se lembram de nada a respeito de suas últimas encarnações (O corpo atômico
já foi totalmente desfeito e os átomos daquele corpo agora fazem parte de
outros corpos ou objetos) uma vez que seus atos e atitudes foram registrados na
sua Ficha Kármica ou Inconsciente e de lá não mais retornam ao consciente do
espírito, a não ser quando as Leis Espirituais são quebradas por atos de Magia
provocados através de rituais o que certamente poderá provocar a destruição do
espírito encarnado caso o fato trazido do inconsciente seja tão grave que a
mente do encarnante não suporte. Quanto ao espírito Protetor ou Guia, que não possuem
corpo material, não lhes é permitido acesso à Ficha Kármica quando não
encarnados. Quaisquer informações que se façam necessárias para facilitar as
incorporações passam necessariamente pela autorização dos Superiores
responsáveis pelo trabalho mediúnico. Com isso estamos querendo dizer que os
espíritos de Guias, Protetores não se lembram de encarnações passadas pois que
isto influenciaria e atrapalharia futuras encarnações, a não ser entre os
Guardiões em alguns casos de Exus e Pombagiras, por ainda estarem muito
próximos do mundo material. O parentesco de uma encarnação (Que acontece para o
cumprimento de um determinado Kárma), nada tem a ver com encarnações futuras
onde o kárma a ser resgatado será, com certeza absoluta, bem diferente do kárma
da última encarnação. Os Espíritos de Pais, Mães e Filhos de uma encarnação,
não possuem vínculo familiar no mundo dos Espíritos mas sim um vínculo
vibratório de convívio direto nas mesmas “áreas vibratórias” (Conjunto de
espíritos afins) onde evoluem provavelmente em grupos. Nas encarnações, muitas
vezes o parentesco faz parte do kárma que um espírito precisa vivenciar por
“divida contraída” um com o outro em encarnações passadas. É muito provável,
pelo que nos ensinam as Entidades, que os espíritos de pais, mães, filhos,
avós, tios, etc. pertençam espiritualmente a uma espécie de “Confraria
Vibratória” que permite que evoluam “juntos” como uma espécie de “Família
Espiritual” onde não existem pais, mães, avos, etc., pois todos são
vibratoriamente iguais unidos pelo amor eterno em direção à LUZ PRIMORDIAL.
Assim, espíritos de Crianças, de Caboclos e
Caboclas, de Pais e Mães Velhos, se manifestam através de incorporações
mediúnicas, trazendo consigo toda a força e poder da linha a que pertencem por
origem espiritual. É assim que surgem os caboclos de Oxossi, de Xangô, os
Oguns, as criancinhas, os Pais Velhos e Mães Velhas, as Vovós e os Vovôs, cada
um dentro da sua Linha Vibratória (Linha Vibratória da entidade e não do
médium).
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