quinta-feira, 13 de junho de 2013

Item 5 – ASSUNTOS DIVERSOS - Trevas, Exu e Pomba Gira

TREVAS - MITO, MEDO OU O MAL?
(EXU/POMBA GIRA)

Por: Brasão de Freitas

Imagem simbólica da dualidade Luz e Trevas (Casa dos Espelhos)

No dia 13 de Junho os Candomblés do Brasil, alguns Templos de Umbanda e a Quimbanda comemoram o dia de Exu Guardião. Brevemente (Previsto para o 2º semestre de 2013) o Blog do Brasão irá postar uma série de 28 partes sobre o tema “Os Elebaras na Umbanda – QUIMBANDA (Exu/Pombagira). Trata-se de matéria fruto de muita pesquisa e revelações, como nunca antes foram apresentadas ou publicadas. Muitos autores, sacerdotes e sacerdotisas, e até mesmo Entidades Espirituais muito conhecidas na Umbanda e Quimbanda foram consultados ou ouvidos nestes 35 anos. A paciência e a perseverança tem sido nossas companheiras inseparáveis inclusive nos momentos mais críticos do nosso aprendizado pois que muitas vezes ficamos confusos, mas apesar do assunto ser sobre a escuridão, a Luz Espiritual nunca nos abandonou e também foi nossa companheira nesta difícil missão A base de todo este conhecimento vem da DUALIDADE DA CRIAÇÃO DO UNIVERSO, simbolizada pela simples análise lógica e racional da Criação da LUZ ESPIRITUAL E DA SUBSTÂNCIA ETÉRICA INDIFERENCIADA (Caos ou Trevas). Vejamos agora parte do inicio deste grande trabalho em prol da Umbanda.
Mas antes faço questão de explicar a todos vocês que nem EU nem NINGUÉM é dono da Verdade senão o Senhor DEUS todo Poderoso Criador de todas as coisas, inclusive a LUZ e as TREVAS.
Esta matéria é uma “avant premiere” do conteúdo que retrata a Quimbanda como “equilíbrio” vibratório da Umbanda, e a ação vibratória de Exu e Pombagira nos Rituais Umbandistas. Esta matéria a seguir retrata as causas da existência e origem das Trevas e dos seres que nela militam.
Segundo a Ciência, a cor PRETA na realidade não é bem uma cor, mas sim a AUSÊNCIA de cor ou de LUZ. De forma quase metafísica o significado da cor preta a coloca com a aparência tenebrosa da grande boca de um monstro que engole tudo, pois a cor preta, como o monstro, absorve todas as cores e não reflete nenhuma delas, por isto tudo parece escuro, tudo desaparece. Da mesma forma agem os Buracos Negros nos confins do Cosmos, engolindo todas as estrelas e corpos que passam pela sua área de atração gravitacional.
Mas a cor PRETA envolta no mistério do desconhecido (aquilo que não se vê é mistério, portanto a escuridão é mistério) na verdade é escura porque não reflete as cores que absorveu e que, portanto estão teoricamente dentro dela. Por isto é complicado dizer que não existe luz na escuridão. Por isto ela tem uma conotação metafísica.
Para nós, seres humanos, a cor Preta lembra muito as TREVAS a quem nós damos, na maioria das vezes, o sentido espiritual de o lócus do MAL, considerado com algo que não nos faz bem.
De uma forma geral, a escuridão ou Trevas é, na verdade, a ausência da luz.
Por razões cósmicas, que só têm respaldo através das Religiões, a escuridão provoca no ser humano uma sensação de incapacidade de movimentação lógica, racional, pelo fato de não se poder ver o que se passa ou está à nosso redor. Esta incapacidade gera impotência de ação. A impotência de ação provoca receio, e o receio se transforma em medo a medida que o tempo passa e nada muda. Estar sozinho, impotente e no escuro  é algo apavorante. E isto vem desde o início da Criação. Foi a separação do Par Vibratório que causou o maior de todos os males e doenças: O MEDO. Para vencer este Medo, precisamos saber quem somos, de onde viemos e para onde vamos. De forma bem reduzida, graças às Religiões e de certa forma também à Ciência ou parte dela, sabemos de três coisas muito importantes: o Espírito, a Matéria e o Espaço Vazio.
“O Espírito é a consciência, o pensamento, a percepção. Então podemos dizer que o Espírito está inundado de pensamentos. Estes pensamentos produzem diversas formas (já que só o pensamento pode produzir formas porque as formas precisam ser pensadas, elaboradas) penetram e fecundam por toda parte a matéria pela vida.”
“A Matéria que é a substância física, caótica, densa, ao ser penetrada pelo espírito, também penetra no espírito com suas vibrações astrais e inunda o espírito de alma que possui vontade imperfeita e por isto pode ser dominada pelas vontades mais perfeitas do pensamento espiritual. Então o pensamento e a alma estão por toda parte do universo criado pela interposição de espírito e matéria, criando uma esfera chamada de universo astral.”
“O Espaço é o vazio, o palco do movimento, da manifestação. Ele é o Lócus dos Espíritos Puros e da Matéria indiferenciada, e na Penumbra da interposição destes dois está manifestado o Universo Astral, Lócus dos espíritos caídos tanto os encarnados como os desencarnados.”
Neste espaço vazio de um Universo atômico, corpos biológicos se desenvolvem de forma cíclica e albergam a “força espiritual” dando ensejo ao Ser Inteligente (O Ser Humano) e aos demais seres deste Universo Bio-atômico.
Entretanto, levando em conta que é a luz material, que é emanada dos astros, que ilumina o espaço vazio, a ausência destes astros luminosos (Que desaparecem em explosões catastróficas) provoca a escuridão deste espaço atraindo para a mente consciente o sentimento do medo. Temos a impressão que a escuridão encobre as profundezas do Universo e, desta forma esta escuridão do medo se transforma nas Trevas do Mal, sem na verdade ser uma coisa ou outra, já que o espaço vazio é neutro. Mas é a razão real do Medo (A separação) que faz, através da imaginação, que a escuridão se confunda com o Mal, que é a nossa oposição natural, já que somos feitos, por criação, da própria LUZ CRIADA.
Resumindo, é neste ambiente de ausência de luz e de penumbras (Encontro de Luz e Trevas), que vivem os Exus e Pombagiras, que nada mais são do que Espíritos caídos e envolvidos pelo Poder caótico da substância Etérica. Por ser um assunto muito vasto, será tratado ou apresentado em 28 capítulos no Blog do Brasão, de forma regular no Item 10 – Os Elebaras na Umbanda. Nos encontraremos lá. Então, até já.




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