TREVAS -
MITO, MEDO OU O MAL?
(EXU/POMBA GIRA)
Por: Brasão de Freitas
Imagem simbólica
da dualidade Luz e Trevas (Casa dos Espelhos)
No dia 13 de
Junho os Candomblés do Brasil, alguns Templos de Umbanda e a Quimbanda
comemoram o dia de Exu Guardião. Brevemente (Previsto para o 2º semestre de
2013) o Blog do Brasão irá postar uma série de 28 partes sobre o tema “Os
Elebaras na Umbanda – QUIMBANDA (Exu/Pombagira). Trata-se de matéria fruto de
muita pesquisa e revelações, como nunca antes foram apresentadas ou publicadas.
Muitos autores, sacerdotes e sacerdotisas, e até mesmo Entidades Espirituais
muito conhecidas na Umbanda e Quimbanda foram consultados ou ouvidos nestes 35
anos. A paciência e a perseverança tem sido nossas companheiras inseparáveis
inclusive nos momentos mais críticos do nosso aprendizado pois que muitas vezes
ficamos confusos, mas apesar do assunto ser sobre a escuridão, a Luz Espiritual
nunca nos abandonou e também foi nossa companheira nesta difícil missão A base
de todo este conhecimento vem da DUALIDADE DA CRIAÇÃO DO UNIVERSO, simbolizada
pela simples análise lógica e racional da Criação da LUZ ESPIRITUAL E DA
SUBSTÂNCIA ETÉRICA INDIFERENCIADA (Caos ou Trevas). Vejamos agora parte do
inicio deste grande trabalho em prol da Umbanda.
Mas antes faço
questão de explicar a todos vocês que nem EU nem NINGUÉM é dono da Verdade
senão o Senhor DEUS todo Poderoso Criador de todas as coisas, inclusive a LUZ e
as TREVAS.
Esta matéria é
uma “avant premiere” do conteúdo que retrata a Quimbanda como “equilíbrio”
vibratório da Umbanda, e a ação vibratória de Exu e Pombagira nos Rituais
Umbandistas. Esta matéria a seguir retrata as causas da existência e origem das
Trevas e dos seres que nela militam.
Segundo a
Ciência, a cor PRETA na realidade não é bem uma cor, mas sim a AUSÊNCIA
de cor ou de LUZ. De forma quase metafísica o significado da cor preta a coloca
com a aparência tenebrosa da grande boca de um monstro que engole tudo, pois a
cor preta, como o monstro, absorve todas as cores e não reflete nenhuma delas,
por isto tudo parece escuro, tudo desaparece. Da mesma forma agem os Buracos
Negros nos confins do Cosmos, engolindo todas as estrelas e corpos que passam
pela sua área de atração gravitacional.
Mas a cor PRETA
envolta no mistério do desconhecido (aquilo que não se vê é mistério, portanto
a escuridão é mistério) na verdade é escura porque não reflete as cores que
absorveu e que, portanto estão teoricamente dentro dela. Por isto é complicado
dizer que não existe luz na escuridão. Por isto ela tem uma conotação
metafísica.
Para nós, seres
humanos, a cor Preta lembra muito as TREVAS a quem nós damos, na maioria
das vezes, o sentido espiritual de o lócus do MAL, considerado com algo que não
nos faz bem.
De uma forma
geral, a escuridão ou Trevas é, na verdade, a ausência da luz.
Por razões
cósmicas, que só têm respaldo através das Religiões, a escuridão provoca no ser
humano uma sensação de incapacidade de movimentação lógica, racional, pelo fato
de não se poder ver o que se passa ou está à nosso redor. Esta incapacidade
gera impotência de ação. A impotência de ação provoca receio, e o receio se
transforma em medo a medida que o tempo passa e nada muda. Estar sozinho,
impotente e no escuro é algo apavorante.
E isto vem desde o início da Criação. Foi a separação do Par Vibratório que
causou o maior de todos os males e doenças: O MEDO. Para vencer
este Medo, precisamos saber quem somos, de onde viemos e para onde vamos. De
forma bem reduzida, graças às Religiões e de certa forma também à Ciência ou
parte dela, sabemos de três coisas muito importantes: o Espírito, a Matéria e o
Espaço Vazio.
“O Espírito é a
consciência, o pensamento, a percepção. Então podemos dizer que o Espírito
está inundado de pensamentos. Estes pensamentos produzem diversas formas
(já que só o pensamento pode produzir formas porque as formas precisam ser
pensadas, elaboradas) penetram e fecundam por toda parte a matéria pela vida.”
“A Matéria que é
a substância física, caótica, densa, ao ser penetrada pelo espírito, também
penetra no espírito com suas vibrações astrais e inunda o espírito de alma que
possui vontade imperfeita e por isto pode ser dominada pelas vontades mais
perfeitas do pensamento espiritual. Então o pensamento e a alma estão por toda
parte do universo criado pela interposição de espírito e matéria, criando uma
esfera chamada de universo astral.”
“O Espaço é o
vazio, o palco do movimento, da manifestação. Ele é o Lócus dos Espíritos Puros
e da Matéria indiferenciada, e na Penumbra da interposição destes dois está
manifestado o Universo Astral, Lócus dos espíritos caídos tanto os encarnados
como os desencarnados.”
Neste espaço
vazio de um Universo atômico, corpos biológicos se desenvolvem de forma cíclica
e albergam a “força espiritual” dando ensejo ao Ser Inteligente (O Ser Humano)
e aos demais seres deste Universo Bio-atômico.
Entretanto,
levando em conta que é a luz material, que é emanada dos astros, que ilumina o
espaço vazio, a ausência destes astros luminosos (Que desaparecem em explosões
catastróficas) provoca a escuridão deste espaço atraindo para a mente
consciente o sentimento do medo. Temos a impressão que a escuridão encobre as
profundezas do Universo e, desta forma esta escuridão do medo se transforma nas
Trevas do Mal, sem na verdade ser uma coisa ou outra, já que o espaço vazio é
neutro. Mas é a razão real do Medo (A separação) que faz, através da
imaginação, que a escuridão se confunda com o Mal, que é a nossa oposição
natural, já que somos feitos, por criação, da própria LUZ CRIADA.
Resumindo, é
neste ambiente de ausência de luz e de penumbras (Encontro de Luz e Trevas),
que vivem os Exus e Pombagiras, que nada mais são do que Espíritos caídos e
envolvidos pelo Poder caótico da substância Etérica. Por ser um assunto muito
vasto, será tratado ou apresentado em 28 capítulos no Blog do Brasão, de forma
regular no Item 10 – Os Elebaras na
Umbanda. Nos encontraremos lá. Então, até já.
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