sábado, 16 de fevereiro de 2013

(Item 3) – CULTURA UMBANDISTA - O DESTINO


3 – VIDA RELIGIOSA (6 de 10)
VIDA RELIGIOSA Parte 6 – ODU, O Destino.

O destino não está escrito nas estrelas. Você escolhe.
(negodito.com, peabirita.blogspot.com)

Esclarecimentos do Odu

Kárma Constituído (Par)
- O retorno à casa do Pai. O arrependimento e a volta, o reencontro, a comunhão, o JUNTÓ.
- Vivenciar as 7 Linhas nas encarnações.
- As encarnações são provisórias, nunca uma só encarnação será suficiente. Ninguém vivencia cem por cento numa encarnação.
- Uso do Livre Arbítrio na encarnação (o poder de escolher).
-Vivências incompletas no período encarnatório por força do Livre Arbítrio, provocam novas encarnações.
- A dívida kármica contraída em cada encarnação, terá que ser cumprida em outras encarnações.
- O kárma determina a Personalidade do “Eu”.

Destino de cada Ser (seres diferentes)
- Odu significa Destino. Saber escolher como viver e vivenciar os Orixás; se para viver temos que vivenciar Orixás, conclui-se que Destino é Orixá ou caminho de Orixá.
- O Destino é a escolha do caminho a seguir através do uso do Livre Arbítrio (a ciência do bem e o mal).
- A busca do Par pela esperimentação. A vivência com a polaridade oposta.
- A interferência na vida de outras pessoas atrapalhando a vivência de seus kármas ou alterando seus Destinos, provoca dívidas encarnatórias que terão que ser cumpridas obrigatoriamente em outras encarnações.
- A procriação como dever encarnatório é diferente do sexo como prazer (divertimento).
- O Destino determina a Índole do “Eu”.

Como já sabemos, alguns espíritos (inclusive nós) abalados pela vibração da Substância Etérica, se fracionaram (se separaram, já que formavam um Par) e foram envolvidos pelo Reino da Matéria Densa, caótica. Para que pudessem se livrar desta energia e voltar ao Reino Espiritual, foi estabelecido um Procedimento ou um Ritual que todos deveriam cumprir igualmente para poder voltar a suas origens primordiais. No Procedimento foi incluída a ordenação da Substância Etérica indiferenciada para permitir o cumprimento daquele Procedimento que se chamou de Kárma Constituído, assim chamado porque foi adquirido em função da descida ao Universo Astral diferente, pois do Kárma Causal que é referente à nossa criação e aperfeiçoamento no Universo Espiritual ou Reino Virginal.
Este Kárma Constituído é, pois obrigatório para todos os Espíritos “caídos” (inclusive nós), e por isto todos nós temos que cumpri-lo. Ele se constitui da vivencia dos predicados vibratórios dos Pares Vibratórios que formam a Coroa Divina, isto é, dos Sete Orixás que falam diretamente com a Divindade Suprema. Somente cumprindo esta exigência poderemos voltar à casa do Pai. A vivencia destas vibrações acontece em encarnações provisórias. Durante o período encarnatório, é o nosso Livre Arbítrio que determina, que escolhe a maneira de vivenciar, ou o caminho a percorrer. É isto que nos diferencia nas encarnações. Escolher o caminho do bem ou do mal é feito por nós mesmos.
As vivências incompletas que fizermos no período de cada Vibração que determina nossa encarnação, por força do uso do Livre Arbítrio, provocarão novas encarnações para cumprir o que faltar até que se cumpra cem por cento da Vibração. A dívida kármica contraída em cada encarnação terá que ser cumprida em outra e, portanto, acrescentada ao Kárma Constituído.
O Kárma Constituído, pelo que representa para a evolução espiritual, determina a Personalidade do “Eu”.
O advento do Livre Arbítrio deu ao Espírito encarnado o poder de escolher o seu próprio caminho para cumprir seu Kárma. Os caminhos do Kárma são as maneiras como as vivências serão cumpridas. Como as vivências são os predicados dos Orixás, então os caminhos são os Orixás. Este poder de escolha se constitui naquilo que chamamos de Destino. Assim sendo, Destino significa caminho dos Orixás. Em Yorubá, o Destino é conhecido com ODU. Podemos então dizer que Odu é Orixá. Quando dizemos que um Odu está gritando na vida de uma pessoa significa que o caminho que está percorrendo é a Tonica vibratória de um Orixá.
A parte mais importante do Kárma é, através do Destino a busca do Par Vibratório pela experiência, ou seja, a vivência com a polaridade oposta. Entretanto, a interferência no destino dos outros por força do nosso Arbítrio provoca dívidas que serão cobradas nesta ou em outras encarnações. Nesta tentativa de vivência a dois, a procriação faz parte do procedimento encarnatório, pois é através dela que outros Espíritos terão sua oportunidade de encarnação (inclusive nossas futuras encarnações. Portanto, se não procriarmos não geraremos corpos para outros espíritos e assim, quando tivermos que encarnar novamente poderemos não encontrar corpos suficientes para nossa nova encarnação.). Por isto dizemos: o sexo deve ser feito como dever e não apenas como prazer. A procriação pelo dever dá oportunidade a encarnação de outros espíritos que, ao evoluírem aumentam a energia vibratória do par correspondente de sua origem vibratória fazendo com que o par seja “arrastado” de volta ao local de onde veio originariamente.
A liberdade de escolha dos caminhos nos mostra que o Destino que cada um traça para si mesmo determina a Índole do “Eu”.
Continua (7 de 10).


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