sábado, 31 de maio de 2014

Item (9) A Gênese Umbandista (Cont. item 1)

ITEM 9 – A GENESE UMBANDISTA – Capítulo IV
A AÇÃO CRIADORA SEGUNDO O GRUPO POPULAR (I)

Por Brasão de Freitas

Deus Criando a Vida

A AÇÃO CRIADORA SEGUNDO O GRUPO POPULAR (I)
Atuando em meio ao Grupo Popular, recebemos mediunicamente de uma Entidade Espiritual de Altíssima Luz, uma descrição metafísica da Gênese na visão dos Espíritos, e que foi levada ao conhecimento do Grupo Popular da Umbanda com a seguinte descrição:
Segundo os Livros Sagrados existentes e as Entidades Espirituais que nos ensinam, antes que Tudo existisse, portanto anterior a todas as coisas, existia apenas a Divindade Suprema, Senhor Absoluto de todas as coisas e o Único conhecedor de Tudo, idealizador e autor Único da Existência (esclarecimentos do autor).

“A Eternidade (a Divindade) dormia o seu sono latente repousando sobre o Nada, que era Tudo, porque Tudo e Nada (Princípio Espiritual Uno) coexistiam na Eternidade (Natureza Vibratória de Deus), sem distinção, e formando uma Única, Eterna e Incriada Potência”.
“A Força não atuava, o Movimento estava parado e o Tempo não era. Mas a Potência (Deus) existia e o equilíbrio era perfeito”.
“Enquanto assim em latência a Eternidade dormia, eis que a Razão (ou a Vontade) desperta o Tempo, o Movimento sai da inércia, e a Força (o Poder) se manifesta. A Eternidade assume o Tempo e a Potência manifesta a Luz (espiritual). O Ser Absoluto acabava de abrir os olhos, e sua Luz (Natureza Vibratória) penetra o Nada (Princípio Uno Passivo) comparando-o com o Tudo (Princípio Uno Ativo), e todas as coisas eram frutos de Sua Vontade”.
“O Ser Eterno e Incriado, a Divindade Suprema acabava de criar a Potência Luminosa (as Divinas Potências). Então, começou a Criação”.
“Separados pela Luz, de um lado ficou o Nada e do outro ficou o Tudo”.
“A Potência manifestada pela Vontade de Sua própria Força, abre os olhos da Eternidade e o Absoluto se manifesta”.
“Ele era o Único e Perfeito. Um só corpo e um só espírito, porque Deus é Tudo”.
“Quis Ele e por sua única vontade, que de sua natureza vibratória se separassem águas de águas; as de cima das de baixo; o espírito da matéria; o positivo do negativo”.
“O Espírito era puro e a Matéria o Caos. E assim se formou o equilíbrio entre forças positivas e negativas e nascia a Potência Criadora”.
“Do duplo gerante (águas e águas, ou Iwa e Aba) nasceu o terceiro elemento: a Essência Anímica (ou Axé)”.
“E então existiram os espíritos; e então existiu a matéria. Espíritos e Matéria co-eternos com o Absoluto e Altíssimo, existiram porque Ele assim o quis. E nada os destruirá porque eles são feitos da mesma natureza vibratória Divina e por isto pertencem à Potência e a Potência é indestrutível”.
“E assim nasceu o princípio e causa de todas as coisas, originários da Potência, porque antes Dela só existia Ela”.
“O Espírito positivo e a Matéria negativa formaram a Essência Anímica que é neutra, Da neutralidade nasce a Justiça e na balança da Justiça os pesos são iguais”.
“E assim foram criadas as Leis que regulam os Espíritos e as que regulam a Matéria. Estas leis são opostas para que haja o equilíbrio perfeito (a alternância, movimento, tempo)”.
“A Essência Anímica é formada pelas propriedades da matéria e do espírito, que por sua vez são separadas entre si formando dois pólos opostos de energia”.
“E assim foi, assim é e assim será”.
“A causa se manifesta no efeito e o efeito se transforma em ato. Isto é o Universo”.


sexta-feira, 30 de maio de 2014

Item 5 – ASSUNTOS DIVERSOS

OBÁ

CONEXÃO DE TEMPOS

(cidade-do-axé.blogspot.com)

Como já falamos anteriormente, existe o Tempo Eterno, que é o Tempo de Deus, pois só Ele é eterno; existe o Tempo Co-eterno ou tempo de Orumilá onde foram criados Espíritos Puros e Matéria Indiferenciada (Caótica); e o Tempo Cíclico que é o Tempo onde vivem juntos Espírtos e Matéria já diferenciada ou Tempo da Natureza, comandado por Yansan. Na conexão entre os Tempos Co-eterno e Cíclico atua o Orixá Obá, responsável pelo Poder de Ogun de “dar a partida”, o “arranque”, no movimento ou na vida. Ogun não poderia existir sem Obá pois ele é o arranque que depende do tempo para entrar em movimento (Que é Oxumarê). Esta é a grande importância de Obá na vida. Os acontecimentos da vida dependem de Obá e não da sorte. A Sorte é mera coadjuvante no movimento que une passado, presente e futuro. Por isso a Sorte, como vaticínio (Tirar a sorte; jogar para ver qual é a sorte futura, etc.) é real, pois é tanto espiritual quanto material. É ao mesmo tempo Efeito e Ato oriundo de uma Causa Única: A Criação.
O primeiro axioma que recomendamos para quem busca o conhecimento e a sorte é a fé inabalável e a mente equilibrada. O conceito fundamental é de que “a Fé remove montanhas”. Com certeza, não vamos fazer a sorte acontecer em nossas vidas apenas por um ato de magia porque a sorte é uma energia, uma força, um efeito que ocorre por uma determinada causa, e só se transforma em ato no momento em que o ambiente lhe seja propício. E aí reside o segredo da conquista: o Momento (Tempo) e o Ambiente (Espaço). Descobrir este Espaço/Tempo exato constitui em se ter ou não ter a atuação da sorte atuando naquele instante. Por isso, sem a conexão dos tempos nossas vidas pareceria não ter sentido. Salve pois o TEMPO; Salve Mãe Obá, o alicerce de Pai Ogun e o tempero da nossa existência.

sábado, 24 de maio de 2014

Item 10 – OS ELEBARAS NA UMBANDA (Parte 10)

QUIMBANDA (EXU/POMBAGIRA)
(AXIRÔS/ELEBARAS)
Por: Brasão de Freitas
Parte 10 – O ARQUETIPO DE EXU

ELEBARA VISTO PELO CANDOMBLÉ
Exu, figura emblemática da Noite
(exuepombagiranaumbanda.blogspot.com)

O ARQUETIPO DE EXU NO CANDOMBLÉ
Na África Exu é uma divindade. É um Imolê ou Imolê Exu. Nestas condições, Exu é considerado como o Senhor do Axé, e o mensageiro entre Orumilá e as demais divindades.
No Candomblé brasileiro, sofreu algumas alterações. Ora é considerado divindade ora é considerado entidade (Egum). Como os Cultos de Nação não cultuam os eguns senão para despacha-los, o Exu por eles considerado é o de aspecto divindade. Nos Candomblés, é comum a manifestação do Exu-Entidade em rituais próprios nos terreiros.
Sua função mítica é a de Mensageiro dos Orixás, ou seja, aquele que faz a comunicação entre os seres humanos e os Orixás, e não apenas entre Orumilá e os Orixás, como nos Cultos de Nação Africanos.
Assim, Exu pode traduzir a linguagem dos homens e a linguagem dos Orixás, fazendo com que se entendam. Ele seria uma entidade-limite entre o astral e o mundo material.
São entidades extremamente poderosas, pois, como entidade-limite são os únicos que podem efetivamente assegurar em uma dimensão o que está acontecendo na outra (Aiyê ou Orum), e abre os caminhos para que os Orixás possam dirigir-se aos locais das oferendas a eles oferecidos ou aos rituais onde são chamados a incorporação.
Mas Exu tanto pode ligar como desligar, separar e confundir. É, portanto o que possibilita a criação e a destruição.
Dentre os Orixás. , é sempre o primeiro a ser citado, e o primeiro a ser lembrado no terreiro a quem se pede agô (licença) para que todas as oferendas aos Orixás sejam aceitas.
Cada Orixás tem seus próprios Exus, que funcionam como seus servos, possibilitando o contato entre as diversas divindades. Para Oxalá, os sete: 7 Encruzilhadas, 7 Capas, 7 Porteiras, etc. Para Xangô e Yansan: Exu Ventania. Para Oxossi: Exu Marabô. Para Ibejis: Exu Tiriri. Para Ogum: Tranca Ruas. Para Omulu e Obaluaê: Exu Caveira, Exu 7 Catacumbas, etc. Para Yemanjá: Pomba Gira, Exu da Meia-Noite, Exu Trunqueira, etc. Para Oxum: Exu Cheiroso, Exu Brasa, etc. Para Nanã: Exu do Lodo. Para Ossãe: Exu da Mata, Barabô, Toquinho, etc. Para Oxumarê: Pomba-Gira.
Nos Candomblés onde não se incorporam Entidade-Eguns, Exu recebe seu Padé, e para qualquer obrigação Exu terá sua parte. Já nos Candomblés onde existe a incorporação de Entidades, Exu incorpora assumindo característica de personalidade exuberante, vaidoso, amante de riquezas, vícios, festas, tumultos, e não se preocupam com os fatores de ordem moral.

LENDAS DE EXU
Nos livros dos Orixás vimos algumas lendas sobre a atuação de Exu. Vimos a lenda onde Exu ajuda Oxum em sua maternidade, quando perturbou Oxalá quando este se dirigia a casa de Xangô, etc.
Mas tem uma lenda que conta que certa vez, dois amigos de infância que jamais haviam discutido, se esqueceram de fazer, numa segunda-feira, as devidas oferendas a Exu, e foram trabalhar no campo, cada um em sua roça. As terras eram vizinhas e separadas apenas por um canteiro estreito. Exu ficou zangado e resolveu preparar-lhes um golpe a sua maneira: colocou sobre a cabeça um boné pontudo, que era branco do lado direito e vermelho do lado esquerdo. Seguiu caminho pelo estreito canteiro e quando passou pelos dois, um de cada lado, cumprimentou-os educadamente. “Bom trabalho, meus amigos”. E eles educadamente responderam: “Bom passeio, nobre estrangeiro”. Assim que ele se afastou, o homem que trabalha no campo da direita falou: Quem pode ser este personagem de boné branco? Seu chapéu era vermelho, respondeu o outro da esquerda. “Não, ele era branco", sustentou o outro, ao que o da esquerda retrucou; “Ele era vermelho e bem escarlate”.
Está-me chamando de mentiroso? Falou o da direita, ao que o outro respondeu: está me chamando de cego?
E então começaram a discutir acaloradamente até chegarem à via de fatos.
Exu ria a vontade e sentiu-se vingado. (Lenda colhida por Pierre Verger).

DADOS RITUALISTICOS
          Filiação: Oxalá e Yemanjá
          Cores: Vermelho e Preto
          Saudação: Laroiê Exu!
          Comida (Padé): Farinha de mesa com azeite de dendê, farinha d’água com marafo, farofa de mel.
          Sacrifícios: Frango preto, galinha de angola, boi, bode, sempre de cor preta.
          Guias: Miçangas vermelhas e pretas.
          Apetrechos e Armas: Tridente, punhais, facas e como fetiche um tronco.
          Toque de Atabaques: Bravum
          Veste Ritualística: Capas em vermelho e preto e as vezes usam coroa
          Dia da semana: 2ª Feira. Entretanto, a maioria das obrigações são feitas na 6ª Feira após as 23:00 horas nas encruzilhadas. Desta forma, popularmente a 6ª Feira é o dia da vibração de Exu.
          Paó: Não tem.

ERVAS SAGRADAS
Guiné, Espada de Ogum, Mamona, Arruda, Bananeira, Vassoura-Preta.

Como diz o OGBE MEJI: “Orunmilá diz que as coisas devem ser feitas pouco a pouco: Eu digo; é pedaço por pedaço que se come a cabeça do preá; é pedaço por pedaço que se come a cabeça do peixe.”



sábado, 17 de maio de 2014

Item 4 - CULTURA UMBANDISTA

ORIXÁS II: XANGÔ visão Iniciática
PERFÍS DOS ORIXÁS: XANGÔ 3
VISÃO DO GRUPO INICIÁTICO

Xangô
(Revista Planeta

PERFIL CÓSMICO
Segundo a visão da Corrente Iniciática, Xangô é o Senhor do fogo oculto ou também significa o senhor das energias ocultas.
O seu atributo intrínseco ou poder Volitivo como espírito puro e membro Augusto da Coroa Divina é a Sabedoria.
A Sabedoria aqui citada é aquela em sentido bem amplo, como uma visão acadêmica e, ao mesmo tempo, aquela adquirida nos livros sem páginas, sem letras, da própria vivência, isto é, adquirida no dia-a-dia, na luta pela sobrevivência e evolução da própria vida.
Saber significa somatório de conhecimentos, porém conhecimentos adquiridos e vivenciados.
Aprender a vivenciar este aprendizado é que caracteriza a sabedoria.
Este sabeísmo, todo este conhecimento adquirido quando vivenciado nos seus aspectos positivos, atrai a humildade, pois o verdadeiro sábio é aquele que sabe que nada se conhece por si só. Ele é ciente da onisciência, conhecedor e praticante da hierarquia e aprendiz da Sabedoria Cósmica.
Quando este mesmo sabeísmo é vivenciado em seus aspectos negativos, gera a soberbia, a vaidade, que tanta falência espiritual tem trazido.
O termo Xangô, traduzido como vocábulo segundo a Coroa da Palavra, através do alfabeto Adâmico fica assim designado:

XANGA = Senhor do Fogo Sagrado.
XINGÔ = Senhor das Energias Ocultas.
XINGU = Senhor do Fogo Oculto.

Traduzido silabicamente temos:
XA          =  Senhor, Dirigente.
ANGÔ     = Raio, Fogo, Alma.
XANGÔ = Senhor dirigente das almas. Senhor do Raio, da Justiça.

ATIVIDADE KÁRMICA
Como já vimos anteriormente, a Atividade Kármica é o Poder Volitivo transformado ou condensado ao penetrar no Reino da Forma, Mundo Etérico ou Universo Astral. É o Poder Original (que tem origem no Universo Astral), assim chamado de Vibração Original. Esta vibração Original do Orixá Xangô reflete a justiça do Kárma de todas as almas, fazendo cumprir a lei de Ação e Reação.
É considerado Senhor Primaz dos movimentos radiantes, ou seja, do Fogo Sagrado que ilumina todos os caminhos e tudo corrige com seu poder radiante.
Na Magia Etéreo-Física, seu poder atua dissipando correntes pesadas de almas insubmissas e aflitas e neutralizando verdadeiras energias do submundo astral através de seus Tribunais.
Sua atuação se estende às correntes afetivas conturbadas e desajustadas das criaturas humanas e também amparando aqueles que por algum motivo foram atingidos por seres do astral inferior. Por isso, atuam combatendo a Magia Negra, usando as energias ígneas que são capazes de tudo destruir e purificar.

DADOS RITUALÍSTICOS
          Cor: Verde
          Mantra: Uarada
          Geometria Sagrada: Quadrado
          Número Sagrado: 4
          Signo Zodiacal: Sagitário; Peixes
          Astro regente: Júpiter
          Dia propício: 5ª Feira
          Força sutil: Ígnea; Hídrica
          Elemento: Fogo; Água
          Ponto Cardeal: Sul; Oeste
          Metal: Estanho
          Mineral: Ametista; Topázio
          Horário vibratório: Das 15:00 às 18:00 horas
          Letra sagrada associada ao Signo Zodiacal: U; R
          Letra sagrada associada ao Astro Regente: D
          Vogal Sagrada: Y
          Essência Volátil Líquida: Mirra, Heliotrópio
          Flor Sagrada: Lírio Branco
          Erva Sagrada: Louro
          Erva de Exu: Mangueira
          Arcanjo Tutor: Micael
          Energia: O Poder do Conhecimento
          Atividade Positiva: Humildade
          Atividade Negativa: Soberbia
          Atividade Espiritual Kármica: Justiça Divina
          Raio Sagrado: Raio Verde
          Princípio Ígneo: Irradiante (Sabedoria)
          Poder Volitivo: Sabedoria

OBSERVAÇÃO:
As fotos e figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.



terça-feira, 13 de maio de 2014

Item 5 – ASSUNTOS DIVERSOS – Yorimá

Postagem 13/05/2014
13 DE MAIO
SALVE PAI YORIMÁ
A SABEDORIA DA TERCEIRA IDADE
ONDE UM DIA TODOS CHEGAREMOS

Por Brasão de Freitas
Velhos, a razão da nossa sabedoria

SALVE 13 DE MAIO DE TODOS OS ANOS. Dia da libertação dos negros escravos trazidos à força para o Brasil. Este é o dia escolhido pela Umbanda para reverenciar a Força Vibratória Sabedoria do tempo vivido por lembrar dos Negros principalmente os Velhos que sempre demosntraram, apesar do sofrimento que viveram com a escravidão, cpureza de intenções com os mais jovens, procurando transmitir-lhes toda a sabedoria de vida que adquiriram no dia-a-dia de suas difíceis vidas.
Na Umbanda chamamos esta Força de Yorimá/Nanã, que são os Espíritos de Luz que guiam os trabalhos dos nossos Pais e Mães Velhos (Pretos Velhos e Pretas Velhas ou Todos os Velhos e Velhas do nosso planeta independente da cor da pele) no atendimento das giras, onde nos ensinam a ter paciência e sabedoria, que é o que mais eles irradiam, e a experiência de longos anos vividos.. Também é possível se vislumbrar nestas Entidades a lição deixada de vitória, mesmo na escravidão, onde vencer não é ser somente o vencedor, mas deixar enraizada nos corações dos vencedores as raizes de uma cultura que até hoje fascina todo o planeta.
O Poder Volitivo (Natural, original, espiritual) de Yorimá e Nanã Buroquê ou seus Atributos Intrínsecos como componente Augusto da Coroa Divina é a Pureza. Pureza usada sempre com muita sabedoria pois o que mais desejam nesta fase da vida é que os mais jovens consigam atingir o Topo das conquistas e o sabor da vitória.


domingo, 11 de maio de 2014

Item 5 – ASSUNTOS DIVERSOS

11/05/2014
SALVE O DIA DAS MÃES
MÃE, TE AMAREI PARA SEMPRE
Por Brasão de Freitas

          MÃE
 
 







TE AMAREI PARA SEMPRE
PORQUE ÉS ETERNA COMO O AMOR
Mãe Vegetal, Mãe Animal, Mãe Hominal, Mãe Avó...

Quando Deus criou o Eden com seus jardins e tudo que nele foi colocado, determinou que Adão dominasse tudo e a tudo identificasse. Com o passar do tempo a aproximação com a fronteira entre o Eden e o Caos provocou em Adão sentimentos divididos que começaram a causar SOLIDÂO na sua condição de Ser INTELIGENTE o que começou a influenciar a qualidade de suas decisões. A sua polaridade neutra começou a se bipolarizar por força da influência de energia oposta oriundas da Substância Etérica Indiferenciada nas fronteiras do Eden. Como o trabalho na fronteira precisava ser concluído por Adão, houve a necessidade da separação de sua dualidade para que uma das partes pudesse continuar o trabalho de identificação e controle do Eden, enquanto a outra parte responderia pelo controle da Ciência do Bem e do Mal (Ciências Espirituais e Ciências Físicas). Então surgiu a outra parte de Adão que cumpriria todas as funções da perpetuidade de tudo que Adão identificasse e passasse a controlar. Assim surgiu Eva, vinda diretamente das entranhas e mente de Adão, com o poder natural da perpetuação das espécies para que se formasse a cadeia de sobrevivência da vida. Assim nasceu a mulher, vinda da mente e do corpo de Adão com o poder único de gerar a existência de tudo que Adão identificasse e controlasse. Uma criatura capaz de preparar a descendência dos seres através do seu próprio corpo e dando a este novo ser o poder de amar. Assim nasceu a Mãe da Natureza e dos Seres Humanos. A vida só se manifesta se houver a mãe. Eu só existo porque um dia minha mãe existiu. Assim foi, assim é, assim será sempre. Por isso, mãe, te amarei para sempre porque você é eterna como o amor. Obrigado pai por ter escolhido a mulher que seria a minha mãe, e obrigado mãe por ser o que é. Puro amor.



sábado, 10 de maio de 2014

Item 7 – OS RITUAIS NA UMBANDA – 12 - Deká

RITUAL E CAMARINHAS
Por: Brasão de Freitas
RITUAL DE FEITURA DE SANTO – DEKÁ OU JUNTÓ

(7º Ano - Juntó de Oxalá ou Genitores Divinos)

(Foto Bob Retina)

O Juntó do Santo
O assentamento do 6º Santo no ritual do Sacramento do Elebori conferiu ao iaô a certeza do assentamento dos três Santos (Olori, Elemi e Eleorum) DE FORMA COMPLETA isto é, dos três Pares Vibratórios, que soma ao todo seis orixás, por isso chamado de Sexto Ano de Feitura. Desta forma, o médium está pronto, em condições de completar seu aprendizado assentando o seu 7º Santo que é o JUNTÓ DE OXALÁ.
O Fundamento Místico é o reencontro com o Pai. Com o assentamento dos três Pares Vibratórios que compõem o Elebori mais o Jubtó de Oxalá, o médium está completamente equilibrado e pronto para seguir sozinho, se for preciso ou se quiser, sua jornada kármicos e sacerdotal nesta encarnação. Isto porque o Assentamento do Juntó de Oxalá significa que, como Oxalá representa a força das Sete Linhas da Umbanda, ao assentar a vibração de Oxalá o médium terá com certeza assentado o Par Vibratório que caracteriza sua Origem, ou seja, os seus Genitores Divinos, mesmo que neste momento o médium ainda não saiba quem são. É uma espécie de garantia do Pai ou Mãe de Santo de que, mesmo com seu falecimento, o filho terá seus Orixás assentados na totalidade sem precisar que outro sacerdote o faça.
É um grande momento na vida do médium que assume diante dos Orixás e de Deus, o compromisso sacerdotal de zelar pela vida espiritual de outros médiuns, mas principalmente a sagrada missão de criar filhos de santo, para entregá-los a seus Orixás.
Ao mesmo tempo, o Deká representa a autorização para que o médium assuma sozinho a sua caminhada sacerdotal, a partir de então.
Não é tarefa fácil pois que, longe de ficar na mesmice de seu aprendizado, urge que se desenvolva e aprenda cada vez mais para que o seu trabalho e sua responsabilidade encontrem respaldo satisfatório no “Povo de Aruanda”. Criar filhos é tarefa muito difícil, árdua, sofrida e muitas vezes incompreendida por alguns dos próprios filhos. É preciso, pois, ser muito forte e ter muita força de vontade em servir os Orixás pela graça de Olorun.
Esta apostila é apenas um resumo de tudo que o médium já aprendeu e do que ele ainda vai ter que desenvolver para melhorar seu entendimento das coisas sagradas com as quais nunca se brinca.
Segundo a mística umbandista, a Vibração original deste ritual vem do Par Vibratório Oxalá/Odudua, de um ponto cósmico chamado Orum, sobre a proteção de um Arcanjo chamado Rafael, que confirma o poder espiritual do padrinho espiritual e também do material na ausência dos pais materiais.

O Ritual (Síntese)
A Cerimônia básica desta Camarinha consiste em: Preparação que envolve desde o assentamento do Templo, a limpeza material e espiritual do Templo, escolha de sambas e demais ajudantes, organização e conferência de todos os materiais ritualísticos, chegada e apresentação dos Iaôs, integração do barco: Abertura, início com harmonização com a Banda da Esquerda (Gira e oferendas); a Realização Cerimonial, que constitui a desvirada de Banda, assepsia; renascimento e Eledá, as rezas e levantamento do Bori de Caboclo; pontos sonoros, preparação dos materiais das oferendas dos Orixás, Palestra sobre O Poder; cânticos e xirês; submissão, entrega das oferendas; Confirmação da Camarinha pelo Guia Chefe do Templo; Encerramento, Muzenza.

Doar-se, uma prova de amor incondicional em todas as Camarinhas. Esta é uma parte que se repete em todas as Camarinhas mas pouco é vista e poço reconhecida. Por isso a estamos ressaltando como parte integrante do Ritual. Mas, dentro dos fundamentos da Umbanda, no capítulo amor fraterno, onde está a diferença entre Sambas, Cambonos, auxiliares e Iaôs?

Significado dos materiais usados:A Quartinha (Os Mesmos fundamentos da Feitura de Santo). As Vestes, as Oferendas, a Pedra, o Anel, a Água Doce, a Vela, o Colar ou Delogum, todos seguem os mesmos fundamentos da Feitura de Santo. O Obí serve como ligação entre a ancestralidade dos rituais africanos e o Poder de Ifá transmitido ao filho de santo, além de ser um segredo ritualístico (Adoxó). Os Búzios representam o Poder de Ifá, ou seja o poder de ver o futuro e o destino dos seres (o Odu). O Ojá ou Onjá, símbolo de poder, serve para formar o dorso ou turbante usado nos rituais umbandistas.


sábado, 3 de maio de 2014

Item (9) A Genese Umbandista (Cont. item 1)

ITEM 9 – A GENESE UMBANDISTA – Capítulo III
A GÊNESE (UNIVERSO – As 3 Realidades Extrínsecas) Parte 2

Por Brasão de Freitas
As três realidades extrínsecas

Olorun criou Três Realidades Extrínsecas: a Luz, as Trevas e o Vazio Neutro (o Espaço). Na fronteira entre Luz e Trevas, a Luz penetrou nas Trevas e as Trevas na Luz, formando então duas regiões de Penumbra: Luz nas Trevas e Trevas na Luz.
(Cont.)

Não temos a menor pretensão de codificar a Gênese. A demonstração da transformação da Vibração em massa de força só é possível com o auxílio das demais Ciências Causa, todas oriundas da Gênese. Em primeiro lugar, vamos recorrer à Lógica, a Razão e a Inteligência, que consideramos fundamentos básicos da Criação.
A Lógica diz que, com base na hereditariedade, um ser só pode existir quando gerado por outro. É como a Matemática (Magia) que afirma e demonstra que depois do número um vem o número dois e assim sucessivamente, isto é, o número dois não existe se não existir o número um.
A Inteligência nos diz que para algo existir, ter vida, é preciso que exista movimento. Ora, o movimento é o resultado do deslocamento de qualquer coisa entre dois pontos, num determinado tempo. Isto quer dizer que é preciso existir pelo menos dois pontos para que exista movimento além do tempo, é claro. Assim, é lógico, o movimento entre dois pontos gera um terceiro elemento (a perpetuidade, a continuidade).
A Razão nos diz que, para ter continuidade, o terceiro gerado tem que possuir a “herança genética” dos dois que o geraram, é lógico.
É desta forma que se manifesta a existência perpétua. O dois vem do um e o três vem da soma dos dois anteriores.
Pela Lógica, nos diz a Filosofia e o Entendimento: “eu penso, logo existo”. E diz a Razão: então, se eu existo, eu sou o que sou, por isto eu tive um início. A Inteligência nos diz que para haver (um) início, é preciso que, em primeiro lugar, tenha existido Um ou Algo que seja anterior a Tudo, e Dele tenha nascido o Tudo e o Nada, tanto Relativos como Latentes e Potenciais.
A base fundamental da Gênese foi o primeiro instante ou primeiro “dia” ou primeira manifestação fenomênica, descrita nos Livros Sagrados. Segundo a Bíblia (dos cristãos), “No princípio, criou Deus a Coletividade das Divinas Potências, a Essência do Céu e da Terra (Céu significa a estabilidade da matéria prima. Terra é o eterno propósito do movimento)”.
“Mas a Terra não existia ainda senão em contingência e potência; a escuridão (vida latente) encobria a face do Infinito (o Vazio Neutro), e o Espírito de Deus (as Divinas Potências, a Luz) vibrava sobre as águas (a Substância Etérica), isto é, sobre a matéria prima homogênea (indiferenciada)”.
“E disse Deus: Haverá Luz (espiritual), e houve a Luz (Criação). E considerando Deus esta Essência Luminosa como boa, determinou um meio de separação (o Vazio Neutro) entre a Luz (Inteligência) e as Trevas (a vida latente)”. (Texto do livro Cabala, de F.V. Lorenz, da Editora Pensamento. Os textos e explicações entre parênteses é de nossa autoria).
No Movimento Umbandista não existe (pelo menos nós não conhecemos) uma visão única da Gênese. Talvez em razão da grande miscigenação de raças e culturas existentes no meio Umbandista, o certo é que a Gênese Yorubá vinda dos Cultos de Nação Africanos e herdada pelo Candomblé é a mais conhecida no âmbito interno dos terreiros pelos umbandistas que, entretanto, preferem raciocinar com a Gênese cristã.
Os dois grandes grupos umbandistas (Popular e Iniciático) têm visões aparentemente diferentes sobre a Gênese, mas que, segundo a visão deste autor, na verdade é apenas uma questão de interpretação de informações. No livro A Protosíntese Cósmica de F. Rivas Neto (Quero deixar claro que o autor Mestre Rivas não nos passou nenhuma procuração para explicar suas obras, muito menos em se tratando de obra mediúnica, ditada por um espírito de Altíssima Luz. A explicação que se segue é o entendimento muito pessoal, que este autor tem sobre o assunto em pauta), Mestre Rivas explica, no Capítulo II de seu livro “A Protosíntese Cósmica”, que nós, Seres Espirituais, somos e Incriados. Assim está escrito no livro: “Somos Incriados, pois não fomos Criados,” e explica: “Somos Incriados, pois somos da Mesma Natureza Vibratória da Divindade, sem sermos a própria Divindade, e muito menos centelha ou fagulha Dela.”
Segundo a nossa visão, a lógica nos faz concordar que, se o Ser Espiritual é considerado Eterno e, portanto Incriado, é porque nós Seres Espirituais temos a origem de nossa Natureza Vibratória Pura da mesma Natureza Vibratória da Divindade, que é Eterna, então a nossa Natureza Vibratória também é Incriada (a Natureza Vibratória dos Espíritos, não os Espíritos) ou Eterna. Mas, como fala no texto, Mestre Rivas afirma que “nossa origem” (portanto temos uma Origem, e se temos uma origem é porque não somos eternos) é do conhecimento único da Divindade. E que por isto somos “co-eternos” com a Divindade Suprema. Ora, o fato de algo ou alguém ser eterno significaria não ter princípio e nem fim (não é o nosso caso). Co-eterno significa que teve começo, mas não tem fim (este é o nosso caso). Isto significa que nós, Espíritos Puros, somos Co-eternos, mas só a nossa Natureza Vibratória é Incriada (Percepção, Inteligência, Consciência, Sabedoria, Amor Razão). Talvez por isto costuma-se dizer que somos eternos, assim como a substância etérica.
Portanto, mais uma vez a lógica nos esclarece, na luz da razão, que somente a Divindade é anterior a Tudo. Então, nós tivemos uma “origem” (cuja razão só a Divindade conhece). Repetindo, nossa Natureza Vibratória é Incriada, e nós, Puros Espíritos, somos Co-eternos, tal qual nos revelam outros Livros Sagrados que versam sobre a Criação ou Gênese.
A Divindade Suprema criou o Princípio Espiritual Uno, a Coletividade das Divinas Potências (Os Sete Orixás Virginais) com todos os Espíritos Puros, o Vazio Neutro e a Substância Etérica Indiferenciada (o Caos), e foram os Sete Orixás Virginais por ordem de Olorum que idearam e criaram o Universo Astral também com suas três Realidades (a Penumbra da Luz nas Trevas, a Penumbra das Trevas na Luz e o Cosmos Material onde nós – espíritos encarnados – habitamos). Como vemos, não foi a Divindade Suprema que nos criou diretamente como Espíritos Encarnados. Foram os Sete Orixás da Coroa Divina ou Coletividade das Divinas Potências. Então, para concluir, entendemos quando Mestre Rivas nos diz que “não fomos criados por Deus, como se o Supremo Ser fosse criar algo imperfeito”. Nós. Seres encarnados é que somos imperfeitos (O corpo físico é perfeito e o espírito também é perfeito, mas a mistura espírito mais corpo é imperfeita e por isto se desfaz ou morre) e buscamos a Perfeição. Como Espíritos somos Puros, pois fomos criados diretamente por Deus. (Quando os livros sagrados dizem que Deus criou o homem do barro da terra e sobre o boneco soprou seu hálito, o “deus” a que eles se referem que fez o homem do barro da terra certamente é o mesmo que na Umbanda é considerado como ORIXALÁ, que é o Puro Espírito das 3 Realidades Extrínsecas do Primeiro Instante da Criação e que representa a Coroa Divina ou os 7 Orixás: Oxalá, Ogun, Oxossi, Xangô, Yorimá, Yori e Yemanjá. Orixalá é o “sopro” de Olorum. Segundo o nosso entendimento, Orixalá é a soma dos 7 Orixás da Coroa Divina, da mesma forma que o branco que o represente é a somatória de todas as cores. Orixalá é OXY, tal como no Hinduismo Brahman é Brahma, Vishnu e Shiva juntos). E foi desta forma que o “sopro” (Espíritos Puros) foram parar no barro ou na matéria pela ação dos Orixás.