ORIXÁS II
PERFÍS
DOS ORIXÁS: XANGÔ 2
VISÃO DO GRUPO POPULAR
Xangô
(Nelson Boeira
Faedrich)
PERFIL
GERAL DE XANGÔ – A JUSTIÇA DE DEUS
Deus, o Supremo, manifesta a sua presença de muitas
e muitas formas. Uma delas é a Sabedoria Suprema. Como suprema, a Sabedoria é
atributo único de Deus. Como universal, a sabedoria é atributo por Deus
delegado aos espíritos puros.
Segundo a Filosofia, a Sabedoria é Luz Latente, que
ilumina e vivifica todos os mundos, inclusive o Tudo e o Nada.
Se a Sabedoria é Luz, está configurado que também é
fogo, já que este é a manifestação da luz.
Como o fogo esotericamente representa a vida e a
morte, o principio e o fim de todas as coisas, ele é o positivo e o negativo, o
passivo e o ativo, ou ainda, a balança da Justiça onde os pesos são iguais
porque a Justiça é neutra.
Tudo isto nos leva a pensar o quanto sábio é Deus e
por isto Ele é justo. Assim como Ele colocou espinhos entre as rosas enfeiando
seus belos aspectos, também foi sábio bastante para colocar belas rosas entre
espinhos para aliviar a feiúra dos espinhos.
Justiça e Sabedoria são dois predicados as Luz.
O fogo transforma e regenera. É como a Justiça que
deve usar a sabedoria para regenerar os erros afins de que eles se transformem
em caminho evolutivo dos seres.
Xangô é este fogo. É o Senhor Primaz do Fogo.
Aquele que afere o Kárma para que se cumpra a Justiça de Deus.
O que está em cima é como o que está em baixo. O
micro é igual ao macro. Aquele que desceu, terá que subir. Aquele que caiu terá
que se levantar. Aquele que foi terá que voltar, porque na Natureza tudo é
fluxo e refluxo. É como a balança da justiça com seus dois pratos em
equilíbrio. O ativo mais o passivo gera o neutro. Da neutralidade nasce a
justiça e, na balança da justiça os pesos são iguais.
Quem deve paga, quem merece recebe.
Assim diz o provérbio popular dentro do meio
umbandista, e assim é a fé dos umbandistas.
Assim é a Justiça de Deus.
PERFIL
POPULAR
Para a Umbanda, Xangô é a Justiça e a Sabedoria.
Justiça bem ampla e irrestrita. Não somente a justiça em relação ao próximo,
mas, principalmente a justiça para consigo mesmo.
Devemos convir que apesar da aparência de que é
fácil viver dentro da ordem da justiça, na verdade é muito mais difícil do que
se pensa. Viver o dia-a-dia na justiça significa ser justo com os outros e
consigo mesmo. Mas, é exatamente na justiça consigo mesmo que está a grande
dificuldade do ser encarnado. Ser justo com os outros, basta obedecer as leis
morais e materiais e não infligir as leis naturais. Porém ser justo consigo
mesmo significa Ter sabedoria para certificar-se de tudo que é nocivo ao
conjunto espírito-corpo, tal como os vícios, a preguiça, os sentimentos
negativos como o ódio, a vingança, a malícia, a gula, a luxúria, os pensamentos
negativos, ou seja, qualquer atitude negativa
pois todas elas atrapalham a evolução do ser.
Como vimos acima, é extremamente difícil viver em
sintonia com a justiça e, como diz o dito popular “quem deve teme”, também é
fácil compreender porque Xangô é muito temido e muito respeitado em todos os
seguimentos da grande Corrente Umbandista.
Xangô é sempre invocado com muito cuidado e com
muito respeito. Tal qual o raio e o trovão, que tememos tanto e por isto respeitamos.
O arquétipo de Xangô é o de um ser vibrante, amigo,
mas também de aspecto severo, confiável e majestoso. Seus atributos são
buscados na pedra: rigidez, implacabilidade, imparcialidade, estabilidade.
Xangô é o fogo latente na pedra e ao mesmo tempo a
própria pedra: frio e sem sentimentos emotivos. Ele é a fulguração da Luz
Divina no plano mental de nossa escuridão material.
Considerado como simbolismo da lei de causa e
efeito, que afere o Kárma, e que ressalta o sentido de luta e esforço do homem
para elevar-se das sombras e aclarar o seu interior buscando o aperfeiçoamento.
Junte a
este perfil, as características gerais de Xangô já mostradas anteriormente e
terá uma projeção de comportamento dos filhos deste Orixá.
DADOS
RITUALÍSTICOS
Cor: Marrom
Número: 3 ( o triângulo, símbolo do falo ).
Metal: Bronze
Elemento: Fogo
Domínio: Pedreiras, raios
Colares: Missangas marrom e brancas ou toda marrom de cristal.
Apetrechos: Machadinha
Assentamento: Otá de pedra marrom ou meteorito ou pedra de raio
Toque: Barravento de Umbanda
Dia
consagrado: 4ª Feira
Saudação: Kaô Cabecile
Veste ritualística: Tiara ou cocar de penas e machadinha
Flor sagrada: Lírios ou rosas brancas
OBSERVAÇÃO:
As fotos e
figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem
as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não conseguimos
identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra de citá-los
neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se faz
necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus
agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.
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