ORIXÁS II
PERFIL
DE XANGÔ 1
VISÃO DO CANDOMBLÉ (Síntese)
(Marcos Vinicius Uchoa)
O
ARQUÉTIPO DE XANGÔ VISTO PELO CANDOMBLÉ
Xangô, um Orixá de origem Nagô, mitologicamente
considerado o Rei da cidade de Oyó, é a manifestação da Justiça da Força e do
Poder.
O arquétipo associado a Xangô, segundo o Candomblé,
é o daquele que tem o poder, exerce-o inflexivelmente, não admitindo dúvidas em
relação ao seu direito de possuí-lo, e que julga a todos segundo um conceito
estrito e sólido de bem e de mal.
Tem a sua representação no fogo celeste, no trovão,
no raio e nas pedreiras. É por isto, considerado misticamente o Orixá do raio e
do trovão, sendo o raio uma das suas armas.
Associado, portanto à natureza através da firmeza
da rocha, dura e estável, e por isso seu axé está concentrado nas formações
cristalinas das pedras.
Xangô tem como símbolo o machado de duas lâminas,
conhecido como Oxé e que, como emblema que representa o fogo, pode situá-lo
como símbolo de vida e criação. O fogo transforma tudo; derrete a pedra,
transmuta os alimentos, domina a natureza, assusta os animais, rasga a noite
(M. Augras).
Segundo o Candomblé, Xangô tem uma
incompatibilidade total com a morte. Esta incompatibilidade é tão grande que
ele se retira da cabeça de suas sacerdotisas quando as mesmas agonizam. Talvez
seja por isso que os filhos do Orixá jamais entram em cemitérios ou assistem a
enterros. Talvez porque o frio da morte é totalmente incompatível com o calor
do fogo.
DADOS
RITUALÍSTICOS
Filiação: Oraniã e Yemanjá
Cor: Vermelho e branco e também castanho e branco.
Número: 8 e 9
Metal: Cobre
Elemento: Fogo
Domínio: Pedra, raio e trovão, Justiça.
Comidas: Rabada; amalá; peixe temperado com camarão seco, cebolinha e
mel de abelha; feijão preto com farofa e arroz; acarajés compridos.
Sacrifícios: Boi, bode, carneiro, cágado, galo vermelho.
Colares: Missangas brancas leitosas e vermelhas ou missangas castanhas e
brancas.
Apetrechos: Machado alado com corisco (machado duplo com asas).
Assentamento: Otá de pedra negra recolhida em rios e cachoeiras ou pedra
de raio.
Toque de atabaque: Alujá, barravento.
Dia
consagrado: Quarta-feira
Saudação: Kaô cabecile (Kawó-Kabyensilé!).
Paó: 3 batidas de palmas horizontais da esquerda para a
direita,repetidas 2 vezes,seguidas de uma batida acima e outra abaixo, mais 3
batidas de reverência e o adobalé.
Veste Ritual: Saiote de pano vermelho e branco, braceletes de tiras de
couro incrustadas de coroas de cobre. Na cabeça coroa de latão e cobre
incrustada de pedras. Na mão, um cetro de latão em forma de duplo machado, com
um símbolo do fogo celeste.
OBSERVAÇÃO:
As fotos e
figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem
as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não
conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra
de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se
faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus
agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.
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