ENTIDADES
PERFÍS
VIVENCIAIS DAS ENTIDADES 1
(tupinambabeiramar.blogspot.com)
Os tipos vivenciais usados pelos Espíritos
Os tipos vivenciais utilizados pelas Entidades
espirituais nas incorporações dos rituais umbandistas, são também conhecidos na
Umbanda praticada pelo Grupo Esotérico como Roupagem Fluídica. Segundo Maria
Elise Machado no seu livro “Umbanda, o despertar da essência”, define que “num
trabalho de Umbanda incorporam Crianças, Caboclos e Pai Velho, que são três
formas de apresentação na Umbanda, cada qual representando uma raça”. Esta
representação está assim configurada: a Criança representa a Raça Branca e Amarela;
o Caboclo representa a Raça Vermelha; o Pai Velho representa a Raça Negra.
No Grupo Popular estas manifestações são entendidas
como tipos vivenciais e regionais que caracterizam a região do planeta onde
elas se manifestam. São duas maneiras de se analisar estas manifestações, mas
que ambas tem tudo a ver com o trabalho que estas Entidades efetuam na Umbanda.
Senão vejamos:
Quando espíritos de Crianças incorporam para trabalhar nas giras, o seu trabalho
se resume em brincadeiras e muita alegria. Como lição de vida, a Umbanda tenta
nos fazer compreender que na vida material, a função da criança é brincar.
Criança que não brinca enquanto é criança, fatalmente brincará quando for
adulta, e quem sabe, em horas erradas, onde seja necessário muita seriedade.
Não se deve sobrecarregar uma criança com excesso de tarefas escolares ou
trabalhos, ocupando totalmente seu tempo sem permiti-lhe as horas necessárias
para as suas brincadeiras e para o contato com o seu mundo encantado, onde ela
buscará os subsídios para as suas fantasias que mais tarde poderão se
transformar em realidades históricas da humanidade e fontes de progresso.
Também é possível se vislumbrar a manifestação da raça mais nova do planeta até
o presente momento (2012).
Quando os espíritos dos jovens Caboclos estão trabalhando nos rituais da Umbanda, podemos
notar que eles demonstram juventude e maturidade ao mesmo tempo, agilidade e
rapidez no trabalho o que significa racionalização no uso do tempo, pois usam a
rapidez aliada ao conhecimento para alcançar ótimos resultados. Com isto a
Umbanda nos ensina a usar a inteligência espiritual em sintonia com o nosso
tempo material a critério do nosso arbítrio, mas com desenvoltura,
inteligência, sabedoria e segurança afim de que nossa passagem por esta
encarnação amplamente proveitosa. Também é possível se vislumbrar a experiência
de luta pela vida deixada como herança ancestral dos nossos antepassados que
primeiro chegaram ao planeta.
Observando o trabalho dos nossos Pais e Mães Velhos (Pretos Velhos
e Pretas Velhas) no atendimento das giras, aprendemos a paciência e sabedoria
que eles irradiam, a experiência de longos anos vividos. Como seria possível a
um médium jovem de idade, dar conselhos ou transmitir experiência de vida a
outra pessoa mais velha que ele, quando a pessoa por ele procura, se não fosse
a atuação espiritual de seu Pai Velho nesta hora? Certamente que se não fosse a
mediunidade e a atuação do Guia Velho com sua sabedoria e experiência de vida
sobre o médium, ele não teria o devido conhecimento vivenciado para ensinar.
Também é possível se vislumbrar nestas Entidades a lição deixada de vitória,
mesmo na escravidão, onde vencer não é ser somente o vencedor, mas deixar
enraizada nos corações dos vencedores as raizes de uma cultura que até hoje
fascina todo o planeta.
Além destas entidades, existem outras que se
manifestam em forma de vivências regionais que, a despeito de serem também
Protetores, trabalham muito mais como auxiliares das demais entidades de
direita. São elas:
Os Baianos,
pelo seu grande conhecimento de magia e por estarem próximos da fronteira entre
a Luz e as Trevas, muitas vezes representam o elo entre a esquerda (têm
facilidade de comunicação com os Guardiões da esquerda ou Exus) e a direita dos
Caboclos, Velhos e Crianças. Costumam, por ter muita facilidade, fazer a
ligação terra-a-terra nos assuntos a elas atribuídos. Servem de estreitamento
entre o ser e a razão, pois transformam o complexo negativo na simplicidade
positiva.
Os Marinheiros,
que trabalham na linha d’água fazendo o descarrego das energias negativas
através de incorporações, onde assumem as tendências do médium ao vício da
bebida durante a incorporação, quebrando os altos e baixos que o desequilibram,
proporcionando a estes médiuns a oportunidade de se libertarem do vício.
Utilizam as águas para conduzir estas energias ao caos primordial, e o balanço
das ondas para desenvolver no médium a coragem e o equilíbrio, ao mesmo tempo
que provocam uma espécie de “enjoos espirituais” onde as energias negativas
desequilibrantes são expelidas para fora do sistema psico-somático do indivíduo.
Os Boiadeiros
que representam a luta para domar o touro que é o símbolo da força bruta, e a
boiada que é a concentração desta força. Para conduzi-la, é necessário
experiência, muita luta e vigilância constante para evitar o estouro. É preciso
sobrepor à força, a calma, a bravura e muito trabalho para descarregar um pouco
desta força bruta, mantendo-a em níveis controláveis, principalmente em se
tratando de grupos.
Estas entidades auxiliares quase nunca assumem a
coroa do médium como guia-chefe. Trabalham muito mais na proteção ou como uma
espécie de secretários das entidades-guias executando tarefas pré-determinadas
e espontaneamente defendendo estas entidades-guias da queima espiritual pelo
envolvimento energético com energias materiais negativas a que estão expostas
por ação de demandas de origem material e pelo tipo de trabalho que executam.
As próprias entidades nos ensinam que, quando isso
ocorre, ou seja, quando uma entidade se queima, ela tem que passar por um longo
período de recolhimento para sua total limpeza, ficando impossibilitada de
incorporar durante este período. Isto é importante principalmente para um
guia-chefe de coroa, que tem responsabilidades muito grandes no astral em
virtude da missão a que foi designada na lei de Umbanda. Além disto, o médium
fica desprotegido (já que está com a mediunidade aberta) pela falta de
cobertura espiritual do seu guia-chefe, e sua missão fica então prejudicada. O
risco é muito grande, como acabamos de ver, e para que não haja quebra de
continuidade nos trabalhos, a Umbanda se utiliza das linhas auxiliares.
Queremos também lembrar que existem as correntes
não muito comuns mas também verdadeiras do Povo do Oriente (os Ciganos) que se manifestam como
adultos de qualquer raça ou cor, conversam e trabalham como as entidades
auxiliares; e do Povo d’água ou Sereias,
sendo que estas últimas ao se manifestarem, o fazem apenas emitindo sons
mântricos (não falam) e dançando.
Muitos Templos umbandistas do Grupo Popular da
Umbanda vêm nas Entidades espirituais a manifestação dos valores evolutivos que
devem ser aprendidos e seguidos pelos seres humanos. Assim é que procuraremos
transcrever da forma mais parecida possível com aquilo que já é consagrado como
conhecimento e vivência no Grupo Popular da Umbanda. Vejamos pois estes
pensamentos já consagrados.
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