segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Item 5 - ASSUNTOS DIVERSOS - Tempo


TEMPO MACURA DILÊ, O TEMPO CO-ETERNO
ORUMILÁ IFÁ
Por: Brasão de Freitas

Símbolo do Tempo co-Eterno
(voascomigo.blogspot.com)

Como já dissemos anteriormente, o Tempo é algo muito complexo. Para tentar entendê-lo é necessária uma boa dose de paciência, de atenção, de boa vontade e de percepção. Isto porque, prestando muita atenção deduzimos que um tempo eterno não tem espaço para se deslocar pois ele já ocupa todos os lugares justamente por ser eterno. Se houvesse espaço além do tempo eterno, estariam sobrando espaços o que caracterizaria que o tempo ainda iria percorrê-los e este espaço seria então maior do que a eternidade do tempo. Para nós, simples mortais, a eternidade do Tempo de Deus ocupa todos os lugares criados a partir de Deus, e como Deus é a Vida Eterna, ele se move no Tempo conforme sua própria vontade. Resumindo, no “ambiente” eterno, o Tempo está atuante ocupando todos os espaços e Deus se move em todas as direções neste tempo eterno que Ele criou. Talvez seja por isso que ninguém, pertencente a outro Tempo, pode entrar no Tempo Eterno de Deus.
Então vamos relembrar o que dissemos na matéria postada sobre Yansan: Existe o Tempo Eternamente Eterno (O Tempo de Olorun), o Tempo co-Eterno (O Tempo da Criação) que é o Tempo de Orumilá, o Tempo Cíclico (Infinito. Tempo da Manifestação e também Cronológico), onde Obá é a manifestação do Tempo Cíclico. Oyá ou Yansan é o Tempo Natural, ambiental (do meio ambiente).
Queremos deixar claro que Orumilá é o Tempo co-Eterno ou o Tempo criado por Olorun à partir do Tempo Eterno para dar ensejo à Existência ou à Vida, mas somente Olorun é o Tempo Eterno ou Eternamente Eterno no qual Ele e somente Ele vive por toda a Eternidade Absolutamente Eterna. Vamos então reunir informações de outros irmãos nossos (Irmãos em Deus) com a finalidade de dar nome aos tipos de tempo que conhecemos:
Olorun ou Olodumarê é Oni Sáà wúre, a Existência Eterna.
Orumila Ifá é Macurá Dilê, a Iwa, a Existência criada e Aba a Essência de todas as coisas.
Obá é o Tempo Cíclico, parte do tempo da Essência (Aba) mais o tempo do Universo Astral (Axé). Obá foi, Obá é, Obá será. (Tempo Macurá Tata ou Macuriá)
Oyá é Indemorê Mavanju, o tempo do meio ambiente (Frio, calo, chuva, sol, nascimento, morte, tempestade, furacão, brisa, etc.,), ou seja, tempo bom, tempo ruim.

O Tempo de Olorun é o Tempo Eternamente Eterno, isto é, um tempo que não conseguimos imaginar pois ele é o tempo do lócus de Deus, que é o único Ser absolutamente Eterno, existindo de uma forma que somente Ele sabe. Deus possui seu próprio Tempo que só Ele conhece pois é o Tempo em que Ele Vive Absolutamente Eterno. Jamais conheceremos ou entenderemos este Tempo. Ele é imensurável, inimaginável, impenetrável.
Mas Olorun resolveu Criar uma outra Existência. Uma existência eterna semelhante à Sua, sem fim, mas diferente da Dele pois esta nova Existência (Que não teria fim) teria necessariamente um começo.
O Tempo dessa nova Existência tem obrigatoriamente que vir de Deus e seu Tempo, por isso ele é co-eterno com o Tempo de Deus. A Criação de um novo tempo sugere uma nova Existência. Esse novo Tempo Eterno (Conectado com o tempo de Deus) de uma nova Existência Eterna, é Macurá Dilê. Esse novo tempo é portanto uma Entidade chamada de Orumilá. Entidade porque ele está vivo e possui uma finalidade definida e que tudo que estiver “dentro” dele terá obrigatoriamente que ser cumprido.
Assim, a primeira concepção sobre o Tempo que nos vem à memória, é a Existência de um Ser Supremo que é anterior a tudo e Senhor absoluto da Eternidade (Tempo), sobre a qual sempre reinou, reina e reinará eternamente. A Existência Divina deu provimento ao surgimento do Tempo, que assim se tornou o princípio criador, já que a existência da vida dependeria dele por causa do movimento (Que é o condicionador da vida) que somente pode existir no Tempo, isto é, se existir tempo.
Com referência à Existência, sem o Tempo não haveria movimento e, sem movimento, não existiria nada, nem a vida. Existir é ser, é estar, é viver, é Tempo.

O Tempo co-Eterno é a manifestação ou ação do Tempo da Eternidade, e que se movimenta em todas as direções de forma radiante. O Tempo Cíclico é a ação do Tempo no Universo Astral relacionado com o movimento dos astros e com a vida biológica e atômica, e que se movimenta de forma radiante e também de forma espiral, acompanhando o movimento biológico e atômico da matéria densa, comportando-se de forma cíclica. O Tempo Natural é o tempo da mudança ambiental, das transformações naturais com Inverno, Verão, Primavera e Outono; tempo que determina Fases e Eras da existência cíclica na manifestação da vida.

Num determinado momento da Eternidade que somente Deus conhece, Ele resolveu criar o Tempo Eternal. Não conseguimos imaginar como eram as coisas de Deus antes de Ele criar o Tempo. Por mais que busquemos algum pequeno indício, por menor que seja, não conseguimos conceber absolutamente nada a respeito. Quem sabe, por vontade Dêle, em algum dia consigamos descobrir. Provavelmente por ser eterno, Deus é muito anterior ao Tempo que conhecemos ou imaginamos conhecer. Para nós, simples mortais, o Tempo não para, mas mantém as suas energias de vida bem vivas tanto do passado como as de hoje e aquelas que, pelo start provocado hoje, se projetam potencialmente vivas no futuro. Talvez essa mecânica seja da existência de “mundos paralelos” ou de dimensões atemporais. É possível que algum dia, em algum lugar do Universo, a Religião ou a Metafísica nos revele. Acreditamos que no momento apenas a vida após a morte pode nos revelar alguma coisa (Os espíritos de Luz que estão à nossa volta nos ajudando).

O Princípio de todas as coisas era, é e continuará sendo sempre Eterno. Nesta frase há um contra senso já que aquilo que é eterno não tem princípio.
O Princípio a que nos referimos acima não é necessariamente a idéia simples de “início”, mas refere-se ao fundamento que deu origem.
A Eternidade é algo para ser sentido e não apenas compreendido. Na verdade, não se pode compreender a eternidade se também não se for eterno como ela.
Ser eterno é possuir o Poder da Eternidade. É como o poder de ver, enxergar, onde não basta possuir apenas os olhos, mas é absolutamente necessário que se possua o “poder de enxergar”.
Para a mente humana, enxergar significa metaforicamente entender.
Com isso estamos querendo dizer que a Eternidade é o Poder de todos os demais Poderes. Ser eterno significa nunca ter sido criado. É algo que a nossa mente tem imensa dificuldade de assimilar, já que, apesar de concordarmos que a eternidade existe, ao descrevê-la somos obrigados a comparar sua existência com o ponto de partida para o surgimento da nossa própria existência. Para que algo seja eterno é necessário que seja o primeiro. Entretanto é exatamente aí que tudo se complica, porque, se existe o primeiro, como surgiu este primeiro? Será que foi “por acaso”? Surgiu do Nada Absoluto? Como é possível “de nada” se formar algo palpável, visível ou invisível, se o Nada Absoluto não possui nada, teoricamente nem ele mesmo e nem um tipo de Poder?
É por isso que afirmamos que a Eternidade é um Poder. Na verdade é o PODER DE TODOS OS PODERES. Todas as coisas surgiram a partir da Eternidade e não do Nada.

É tempo macurá Di Le, (Tempo de Olumilá)
É tempo macurá Tatá, (Tempo de Obá – metade no macurá Dilê e metade no macuriá)
A, a, é a murachó, o, o, (Um só Tempo)
É o macuria. (Tempo de Obá no Universo Astral)
Brasão de Freitas.


sábado, 29 de dezembro de 2012

Item 4 – ORIXÁS: OXALÁ 3


ORIXÁS II
PERFÍS DE OXALÁ 3
VISÃO DO GRUPO INICIÁTICO

Oxalá
(umbandadeitu.com.br)

PERFIL CÓSMICO
A Corrente Iniciática ou Esotérica que tem como base de tradição os trabalhos desenvolvidos pelo Mestre W.W. Da Matta e Silva, tem um conceito cósmico-planetário de Oxalá como “O Cristo Solar” ou o “Verbo de Deus”.
Assim, Oxalá ou Orixalá, como é chamado na Corrente Iniciática, representa a luz de Zambi, refletindo o Princípio Espiritual.
Desta forma, Orixalá seria o Senhor de todos os sistemas solares de todas as galáxias existentes no cosmo. É um e vários ao mesmo tempo, pois é o reflexo do Poder Espiritual de Zambi em todo o Universo.
Em assim sendo, Orixalá é um Princípio que atua em todos os demais princípios ou elementos: Princípio Gerante, 5ª Essência, fogo, terra, água e ar.
Deste principio emana o Poder da Fortaleza, que se transforma em paz, amor e bondade, além de uma sabedoria inata.
Como este principio também reflete o Poder Ativo, fecundante e vital, ele representa a própria solidez do poder criador e sua manifestação no mundo das formas. Positivamente reflete a paciência, negativamente, atrai a impaciência, a ira, a crueldade.

ATIVIDADE KÁRMICA
Orixalá reflete o principio Incriado, que representa o puro princípio Espiritual com a ciência do Verbo Solar.
A Fortaleza, poder volitivo de Orixalá, ao sair do Reino Virginal ou dos Puros Espíritos, e entrarem no Universo Astral, se condensa e se transforma em força de Paz, supervisionada pela Hierarquia Crística, formando a confraria dos Espíritos Ancestrais que atuam na Corrente Astral da Umbanda (V. a Protosíntese Cósmica de F. Rivas Neto).
Caridade e Fraternidade juntamente com o amor e a paz, são as energias Originais no plano material que denotam a presença da Luz Espiritual da Divindade atuando nos seres encarnados e desencarnados de todo o planeta terra.
Traduzindo o termo Orixalá através do alfabeto Adâmico temos:
ORI = Luz, reflexo, cabeça, enviado
XA = Senhor; fogo
LA = Deus, Divino

ORIXALÁ assim se traduz:
A luz do Senhor Deus
O enviado do Senhor Deus
O Grande Senhor da Luz

Oxalá nos lembra e nos conclama ao amor fraternal, amor ao próximo como princípio básico da evolução.
Crescer através da caridade pura significa em primeiro lugar, ser caridoso consigo mesmo, manifestando sua paz interior através das atitudes, agindo com amor nas suas próprias tarefas e seu comportamento altruístico.
A Luz da Divindade é a Luz-Evolução que assimilamos no cumprimento do Kárma Constituído e que conseguimos irradiar em nosso Aura ao vencer os grilhões da ira e da maldade, substituindo-as pela lealdade e pela paz.

DADOS RITUALISTICOS
          Cor Vibratória: Branco ou amarelo ouro
         Mantra: Tana
          Geometria Sagrada: Ponto Geométrico
          Número Sagrado: 1
          Signo Zodiacal: Leão
          Astro Regente: Sol
          Dia Propicio: Domingo
          Força Sutil: Ígnea
          Elemento: Fogo
          Ponto Cardeal: Sul, Sudeste
          Metal: Ouro
          Mineral: Cristais brancos, brilhantes
          Horário Vibratório: Das 09:00 às 12:00 horas
          Letra Sagrada Associada ao Signo Zodiacal: T
          Letra Sagrada Associada ao Astro Regente: N
          Vogal Sagrada: E
          Essência: Sândalo
          Flor Sagrada: Maracujá; Girassol
          Erva Sagrada: Oliveira
          Erva de Exu: Folhas de Guiné
          Arcanjo Tutor: Gabarael
          Energia: Essência Divina; Espiritual
          Atividade Positiva: Paciência
          Atividade Negativa: Ira
          Atividade Kármica: O princípio espiritual incriado
          Raio Sagrado: Raio Branco
          Principio Etérico: Luz Espiritual
          Poder Volitivo: Fortaleza

OBSERVAÇÃO:
As fotos e figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Item 5 - ASSUNTOS DIVERSOS - NATAL


A LUZ BRILHOU NO CÉU
Para trazer ao Mundo
PAZ
Oxalá
(Nelson Boeira Faedrich)
FELIZ NATAL
Hoje é um dia de alegria, de festa, de comemoração e de louvores a Deus nosso Pai por nos enviar um de Seus filhos queridos para nos ensinar o valor da fé, do perdão, da inocência, da bondade, da compaixão, da razão e a caridade.
Para os umbandistas e todos os cristãos, o dia 25 de Dezembro indica o dia em que a escuridão do Nada foi iluminada pela Luz da Estrela Guia que brilhou no céu para iluminar o caminho de todos aqueles que estão perdidos na imensidão do Universo, procurando pelo Grande Pai.
Oxalá aqui na Terra é esta Luz, que representa a manifestação cósmica do céu na terra criada para ser o palco do reencontro do ser espiritual humanizado com a Luz da verdade, da paz e do amor que são Reflexos de Deus.
Oxalá aqui na Terra é a grande Paz. Para que ela exista, é preciso que exista e atue no universo a Justiça de Ogun seguindo as normas da Sabedoria de Xangô que aprendeu a verdade no Conselho de Oxossi, pois este era Puro como Yorimá e Entendia tudo com a alegria de Yori, dentro do Respeito de Yemanjá para que houvesse Fortaleza, pois aos fortes de espírito é dado o direito da Paz.
Como diz a sabedoria popular Oxalá é a luz que acalma os corações mais aflitos, que alivia os sofrimentos, que dá coragem aos fracos, esperança aos que sofrem, alento aos esquecidos e os céus aos justos. Entendemos como “justos”, todos os espíritos que já evoluíram, os que estão evoluindo e os que ainda irão evoluir, pois este é o destino de todos os espíritos criados, mesmo daqueles que ainda vivem na escuridão, já que todos são filhos do mesmo Pai.
Para nós, espíritos encarnados, o dia de Natal tem que ser todos os dias, já que o Natal representa o nascimento da Luz, e ao acordarmos toda manhã, ao abrir os olhos saindo da escuridão, a primeira coisa que vemos é a luz, a luz que representa nascer para um novo dia assim como a Luz de Oxalá (Jesus) nasceu para o Mundo que vivemos.
Pedindo Agô a nossos irmãos Kardecistas, aproveitamos a sabedoria do Espírito “Cáritas” e rezamos, neste dia de Natal, como ele ensinou:
“Deus nosso Pai que sois todo poder e bondade, daí a força àquele que passa pela provação, daí a luz a quem procura a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus! Daí ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso. Pai! Daí ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, a criança um guia, ao órfão um Pai. Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes. Piedade meu Senhor para aqueles que não Vos conhecem, esperança para aqueles que sofrem. Permita Senhor pela Vossa bondade que os espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.
Deus, uma raio, uma centelha do Vosso amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes desta bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor. Como Moises sobre as montanhas nós Vos esperamos com os braços abertos, oh beleza! Oh bondade! Oh perfeição! E queremos de alguma sorte merecer a Vossa misericórdia.
Deus! Dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vos. Dai-nos a caridade pura, a fé e a razão. Dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa santa e misericordiosa imagem. Amém.”
Obrigado Senhor por nos enviar Vossa Luz através dos Orixás e obrigado por nos dar a Luz de Oxalá que brilha no nosso céu para guiar os destinos das nossas vidas na nossa querida Terra, onde ele nos deixou o seguinte ensinamento carregado de “Poder” e sabedoria: “Pai nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome. Venha a nós, o Vosso reino, e seja feita a Vossa vontade assim na Terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos daí Hoje, e PERDOAI AS NOSSAS DÍVIDAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS AOS NOSSOS DEVEDORES, e não nos deixeis cair em tentações e livrais-nos de todo mal. Amém.
Que a Luz que hoje brilha no Céu da Terra, seja a mesma Luz que brilha com Alegria e Amor no Céu dos Céus.
Salve 25 de Dezembro, salve Pai Oxalá!

PAZ, AMOR E BONDADADE
Que Ele tenha piedade de nós!
Brasão de Freitas


sábado, 22 de dezembro de 2012

Item 3 – CULTURA RELIGIOSA - Solo Sagrado


3 – VIDA RELIGIOSA (4 de 10)
VIDA RELIGIOSA Parte 4

Templo Cristão, Templo Umbandista
(Soft Key, Templo Pai Taquiri das 7 Ondas)

O TEMPLO – Solo Sagrado
O CAMINHO PARA O SAGRADO
Após tomar conhecimento de que existe um caminho diferente da vivencia do dia-a-dia, de que existe algo mais do que ter que se defender, sobreviver num meio hostil, de disputas e lutas pelo poder, de que precisa se entender com as demais pessoas, que precisa respeitá-las para ser respeitado, que precisa ter fortaleza mental, que precisa ser puro em suas convicções, de que precisa ter sabedoria para viver, e que precisa que haja justiça para que todos sejam iguais, o ser humano descobre que existe um outro universo diferente daquele em que ele vive e que ele pode se comunicar com este universo invisível chamado Religião.
Mas, para que isto aconteça é preciso que haja condições especiais do tipo “estado de espírito”, e locais adequados que sejam diferentes de todos os lugares do dia-a-dia. Um espaço que pode ser um local isolado naturalmente (um sítio, uma mata virgem, etc.), o que é muito difícil hoje em dia, ou então um local que seja isolado artificialmente, do mesmo modo que os ambientes familiares (as casas). Um local qualquer que possa ser dedicado ao processo da mudança de estado de espírito. Um Templo ou local sagrado consagrado à Religião. Seria isto possível? Vamos analisar juntos sempre tomando como base ou exemplo a própria vida cotidiana.
O que interessa é o espaço tal qual é vivido pelo homem, que vem de uma existência profana e se religa ao Cosmos Espiritual por força de sua consciência, e que ele, tomando como desafio em sua própria vida, o transformará em Campo Sagrado.
Mas porque será que o Templo tem tanto poder se ele é uma construção como outra qualquer, num lugar qualquer igual a qualquer outro?
Observando em volta de si mesmo, em sua comunidade, o homem observa que a Igreja ou Templo que existe numa rua qualquer de sua cidade, participa de um espaço diferente da rua onde se encontra. A porta que se abre para o interior do Templo, significa uma solução para a “mudança” de consciência. A porta separa os dois espaços (o profano e o sagrado) e indica ao mesmo tempo a distância entre os dois mundos do ser, o profano e o religioso. É o limite, a fronteira entre os dois mundos.
Assim, o Templo tem poder porque o ser humano, conhecedor do poder, é capaz de manusear e direcionar este poder para onde quiser. Isto é um dom do ser humano.
É por isto que o Templo Sacro de uma Religião é o Solo Sagrado onde ocorrem as invocações, evocações, súplicas, apelos ou qualquer outro tipo de contato com o Mundo Espiritual.
Um território desconhecido, estranho, desocupado, o homem é capaz de ocupá-lo e transformá-lo num local de poder como faz cotidianamente nos seus afazeres com suas metas de crescimento tais como transformar um local qualquer num local de ganhar dinheiro (comércio, escritório, consultório, loja, etc.), ou um local de lazer (ginásio, arena, campo de jogos, de competições, praças, etc.) ou de divertimento (circo, cinema, ou um clube com práticas esportivas, etc.), ou ainda, da mesma maneira, num lugar sagrado (templo, auditório, escola, etc.).
Mas o Templo não é um lugar de ganhar dinheiro, de lazer ou de divertimento. O Templo é um local de poder espiritual onde o sagrado é o real por excelência, ao mesmo tempo poder criador e transformador, local de eficiência no uso da percepção, fonte de vida, fonte de fecundidade e certeza de evolução transcendental.

A TRANSMUTAÇÃO DO HOMEM E DO ESPAÇO
Transformar um local profano num local sagrado e um ser profano em um ser iluminado é transformar ambos num Cosmo mediante uma repetição ritual da Cosmogonia que é a genealogia da Criação, ou seja, repetir simbolicamente o ato da Criação do Universo, pois toda criação tem um modelo como exemplo. Isto quer dizer que a criação do Templo tem com exemplo a Criação do Universo.
Este é o grande segredo que envolve o Templo. Ao transformar o espaço escolhido até então desértico de energia espiritual, o homem repete o ato dos Deuses Criadores (Orixás) que organizaram o Caos da Substância Etérica, dando-lhe uma estrutura, formas e normas.
Situar-se num lugar, organizá-lo e habitá-lo são ações que pressupõem uma escolha existencial: a escolha do Universo que se está pronto a assumir, criando-o. Este Universo criado é sempre a réplica, a imagem ou o reflexo do Universo que serviu de exemplo, que é habitado pelos Deuses (Orixás).
Compreende-se porque é que o Templo participa de um espaço de todo diferente do espaço das aglomerações humanas que o envolvem. No interior do recinto sagrado se torna possível a comunicação com os Deuses. Por consequência, deve existir um Portal para o alto (o Céu), por onde os Deuses podem descer a Terra e o ser humano possa subir simbolicamente ao Céu. Assim o Templo constitui uma abertura para o alto que assegura a comunicação com os Deuses, e isto constitui uma certeza de que as súplicas e pedidos humanos serão ouvidos pelas divindades. Por isto o Templo é um lugar de poder e nele, já transformado, o ser humano também se transforma.
O novo espaço passa a ser o Centro das Mudanças, o Centro da Esperança, o Centro da Evolução, o Centro das Decisões, o Centro do Mundo ou simplesmente “O CENTRO”. Quando o devoto diz: eu vou ao “Centro”, ele quer dizer ao Templo ou ao Centro do Mundo. Desta forma, o Centro do Mundo possui uma das mais profundas significações do espaço sagrado. Lá onde se efetuam as quebras de Níveis (os Níveis de preceitos, de preconceitos, e do Ego), operou-se ao mesmo tempo uma abertura para cima (o mundo divino), e para baixo (as regiões inferiores, o mundo dos mortos). Os três níveis cósmicos, ou seja, a Terra, o Céu e as regiões inferiores, tornaram-se comunicantes e por isto em cada Portal foi colocado um Guardião. Visto que o Centro do Mundo é um Cosmo, todo ataque exterior ameaça transformá-lo em Caos. Do mesmo modo, todos os adeptos que ao Centro recorrem. É assim que se estabeleceu a estratégia de defesa, e então todos que ao Centro recorrem também estão protegidos.
Continua (5 de 10).


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Item 5 - ASSUNTOS DIVERSOS – FIM?


FIM OU RECOMEÇO? VOCÊ ESCOLHE

Deus cria. Não mata.

“Hoje é um novo dia, de um novo sonho que começou...” (Globo).
Hoje é dia 21/12/2012, sem dúvida o dia mais comentado dos últimos tempos. Comentários de todos os tipos, vaticínios bons ou ruins, tristeza, medo e solidão. Os sentimentos bons estão escassos no mercado da fé e da crendice. O Medo prevalece entre todos os sentimentos humanos. Apesar de toda esta onda negativa, toda a humanidade do planeta Terra torce para que a vibração negra seja perdedora, e que esta hora, este instante, este momento se eternize pela lembrança de Deus, tão esquecido pela humanidade, do que a destruição daquilo que Ele mais ama, e que criou a partir de Sua própria Natureza Vibratória, ou seja, nós, os seres humanos, mas também toda a Criação.
No momento, em pleno dia 21/12/2012, estou escrevendo esta resenha e isto é um sinal de que ainda estou vivo pela graça do Senhor Deus, o mesmo de quem muitos seres humanos neste momento sentem Medo. E ai fico pensando: medo de um Ser que me deu tudo que sou, jamais! Por isso elevo meu pensamento ao mais alto dos céus e digo comigo mesmo: “O progresso existe de uma forma geral, para o sistema inteiro do universo e é fundamental para a evolução dos seres humanos, mas cada ser humano é absolutamente livre no círculo de sua fatalidade, onde a sua livre escolha lhe permitirá ou não atingir o sucesso da intenção maior, que é a meta evolutiva”.
Ao emitir este pensamento sobre o progresso e a evolução, sinto-me aliviado e o medo (esta onda vibratória que assola a humanidade) vai desaparecendo aos poucos a medida que as horas passam. Cumpro o meu dever e faço o que tenho que fazer. Amo a todos que me amam, sou amigo de todos que são meus amigos, e até daqueles que apenas dizem; rezo por todos que dizem que me odeiam, mas rezo principalmente para que deixem de me odiar. Nos meus planos de futuro não consta o ódio pois está a minha evolução, a de meus entes queridos e a de meus irmãos de fé (mesmo daqueles que não se consideram meus irmãos), afinal todos somos filhos do mesmo Pai.
O Medo é o reflexo das Trevas. Mas basta uma pequena aresta de Luz, para que o medo das trevas se suavize. Isto porque uma não pode viver sem a outra, já que são forças equilibrantes. Por isso eu pergunto: “O que seria da luz, se não houvessem as trevas para a luz poder manifestar todo o seu esplendor? O que seria das trevas se não houvesse luz para que as trevas pudessem ver a si mesma e descobrir a potência do seu valor como energia? O que seria das duas se não houvesse um Criador?”
Para reforçar este momento de louvor a Deus por toda a Sua Criação, eu vos pergunto:
“O que seria das Trevas sem a Luz? O que seria da Luz sem as Trevas? O que seria da Vida se não fossem as duas? O que seria de mim se não fossem as três? O que seria dos quatro se não existisse Deus?”
Quem és tu, Medo,
Que todo mundo sente?
Quem és tu, Medo, que estás sempre perto,
Mesmo estando tão ausente?
Quem és tu, ó Medo, que todo mundo sente,
Tu, ó Medo, que eu julgo que finto?
Quem és tu, ó Medo,
Que eu também sinto...
Substitua a palavra Medo por AMOR, nos versos acima e VOLTE a VIVER.
E para todos vocês meus irmãos de fé, irmãos em Deus, repudio o medo, renovo minha fé em Deus e solto o meu grito de reconciliação e de paz:
O que seria de mim se não fosse Deus? Quem me amaria tanto que perdoaria os meus erros? Quem me daria uma companheira para me tirar da solidão? Quem me daria filhos para amá-los pela eternidade? Quem me daria alimentos para sobreviver? Quem me daria o céu quando eu morrer?”
Brasão de Freitas

sábado, 15 de dezembro de 2012

Item 2 - CULTURA UMBANDISTA – Os 7 Sacramentos 4


OS SETE SACRAMENTOS DA UMBANDA
Parte IV
Por: Brasão de Freitas

Feitura de Santo
(umbandadanatureza.com.br)

4 – ELEBORI (Feitura de Santo) - (Confissão)
Porque estou com fome, com frio e sujo, vivendo num chiqueiro e apascentando porcos? Na casa do meu Pai, os apascentadores de porcos têm as suas casas, suas roupas novas, suas famílias, alimento bom e farto. Então eu vou voltar à casa do meu Pai e lá vou ser apascentador de porcos, e assim voltarei a viver.

      Par Vibratório (Orixá) Regente = Ogun/Obá
      Aruanda = Humaitá.
      Arcanjo Tutor = Samuel.
      Sincretismo com a Igreja Católica = Confissão.

Fundamento Místico: A Iniciação ao Clero, ao sacerdócio sacrificial. O início, a volta, o retorno à casa do Pai. A luta contra o ego. A busca pelas origens espirituais. A luta pela justiça, O arranque, o Tempo. Renegar o passado turbulento e inglório, renegar os erros para iniciar um novo caminho.
Buscar o Santo é lembrar-se de novo do Pai. É arrepender-se de um dia ter saído da casa do Pai em busca dos prazeres da vida densa, confessar seu erro a si mesmo e tomar a decisão de voltar. ELE quer dizer Pai, BORI quer dizer assentamento.

Provérbio Sacro:
KO SI OBA KAN AFI OLORUM.
Não há outro Senhor senão Olorun.

A dor profunda, o fundo do poço, o medo, o arrependimento, a saudade, a confissão, a decisão final e irrevogável da volta e finalmente o início da volta, o retorno à casa do Pai. O sofrimento e os erros nos ensinam a viver. O melhor caminho é aquele pelo qual nos guia a Sabedoria e o Amor.

Significado dos materiais usados: As Vestes simbolizam a mudança de atitude. Um novo caminho ou o novo compromisso, uma nova vida a caminho da regeneração e da evolução em busca de suas origens espirituais. A Quartinha que representa o corpo material e a energia espiritual do neófito ou iaô, e o local onde são assentados os axés que ligam a vida encarnada com o mundo espiritual. A Oferenda representa o material vibratório afim com a vibração que será assentada. Ela funciona como o alimento (semelhante ao óvulo) que dá provimento ou ação para a ligação entre o ser (semelhante ao espermatozoide ativado) e suas origens espirituais que se manifestam ao formarem contato com as vibrações contidas nas oferendas (alimentos, por isto chamadas de “comida de Santo”). A Pedra serve de ímã e receptáculo das vibrações atraídas para a cerimônia. O Anel que representa a aliança firmada entre o ser encarnado e a nova vida que escolheu para seguir, deixando para trás os erros, decepções, tristezas, mágoas, raivas, ódio, inveja e demais predicados negativos que afastavam o ser do caminho da redenção. A Firma que indicará ao médium suas novas obrigações, e aos que para ele olharem, vejam a indicação de seu grau de compromisso com a verdade e com o Divino. A Água Doce o elemento que funcionará como condutor das energias assentadas nos axés do médium, como elemento de assepsia espiritual, e como adoçante da vida. A Vela que representa a Luz espiritual e o elemento sutil de ligação entre o mundo visível e o invisível, entre o profano e o sagrado.






quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Item 5 - ASSUNTOS DIVERSOS – DIA DE OSSÃE


APELOGUNS DE OSSÃE, A MAGIA DAS FOLHAS
Por: Brasão de Freitas
Salve Ossãe. Salve Santa Luzia. Salve 13/12/2012
Ossãe (Imagem emprestada como modelo do poder de Ossãe)
(Iyamioshoronga.blog rapidoagora)

A palavra apeloguns significa folhas, ervas ou vegetais.
Ossãe é o Orixá que comanda todos os poderes contidos nos vegetais ou apeloguns, seja raiz, tronco, flores ou folhagens. Além disto, também comanda a manifestação da conservação, da preservação e reconstituição da natureza vegetal, e com isto, o poder ativo das plantas. Este poder é tanto maior quanto a necessidade de uso nos rituais da Umbanda e do Candomblé, já que é com o uso das folhas que se preparam os amacís, os banhos, as defumações e as obrigações ritualísticas. É o Orixá considerado como o médico que cura as doenças materiais e espirituais com o uso dos vegetais.
Ossãe é a Senhora que domina o poder vital contido no Reino Natural e por isso considerada a Senhora do Poder Vital da Natureza. É a força que domina o poder magístico vegeto-astro-magnético contido nas plantas, nas folhas e nas flores, e que são responsáveis pela vida no Planeta Terra. Ossãe é a médica que cura as doenças materiais e espirituais.
Este grande poder vegetal está nas raizes da criação. Basta ler nos Livros Sagrados o aforismo que lhe deu origem na criação: “E disse então o Senhor Deus: as águas (etéricas) que se encontram abaixo do Céu (mundo espiritual), confluirão para um só lugar e aparecerá a aridez ou terra (o hidrogênio vai se comprimindo até atingir altíssimas temperaturas, explodir, esfriar e tornar-se sólido). Essa terra fará brotar uma erva vegetante e produzirá um germe inato, uma substância frutuosa que dará seu próprio fruto segundo sua espécie, e possuirá em si mesma seu poder germinativo”.
Sabemos que a maioria dos remédios provém das plantas.
As virtudes curativas das plantas são tão fortemente reconhecidas nos dias de hoje que tanto a alopatia como a homeopatia se valem destas virtudes para a cura dos males que nos afligem. Estas virtudes são os “Princípios Ativos” contidos nas plantas (Vitaminas, proteínas, sais minerais, óleos essenciais, etc.).
As plantas, como todas as coisas de todos os Reinos, nascem sob o influxo dos Reinos Superiores e sobre o fluxo direto dos corpos celestes, ou seja, dos astros, estrelas, galáxias, constelações e demais corpos celestes que emitem seus poderes magnéticos e vibrações energéticas próprias um em direção ao outro, através das forças centrífugas e centrípetas, que são as responsáveis pelos movimentos do Cosmos, junto com a fusão nuclear dos átomos e as explosões oriundas da compressão que as galáxias produzem em seus movimentos espirais em direção a um centro gravitacional.
Assim é possível ver que existem mais afinidades entre os poderes das plantas e os corpos dos seres. Deste congraçamento ou comunhão nasce o equilíbrio biológico ou saúde dos corpos. Vejamos, pois, algumas destas afinidades no estudo que se segue, fruto das pesquisas de muitos autores, escritores, biólogos, pesquisadores, médicos, sacerdotes e também de muitos de nossos ancestrais que deixaram para nós, a sabedoria de suas experiências, vivências e tradições.
O segredo cósmico deixado por nossos ancestrais é chamado de Tuyabae-cuaa, com os seguintes significados: Pai/Mãe (Par) da essência primordial que dá propósito ao axé, contido na Mata (natureza), que é o poder da vida, da regeneração, da cura.
TUBA=Pai, Senhor
BA (Baba) =Pai
YABA=Mãe, Senhora
YA (Yia) =Mãe
ABA=Essência Primordial que dá propósito ao Axé.
CAA=Mata, Vida, Natureza.
CUAA=Poder de vida contido na Natureza. Regeneração, Transformação, Cura. Axé.
A seguir, mostramos um trecho do Livro Sagrado (Ainda não totalmente escrito, mas apenas trechos já publicados por autores umbandistas) dos Umbandistas que versa sobre a Gênese.
“Das profundezas dos mares (Do útero, da placenta da Terra), da lama espermática do fundo do mar e do enxofre que brotava do centro da terra, ia se formando e emergia uma matéria colóide-albuminoide (de onde surgiram os unicelulares, chamados de amebóides), que aos poucos foi se infiltrando pelos rios através das algas e, após muitas transformações, foram formando a vida unicelular. Com o tempo estes seres unicelulares foram se diferenciando até surgirem os amebóides. Por sua vez, os amebóides foram se agrupando e formando colônias celulares Vegetais e Animais que evoluíram em dois ramos: o primeiro permaneceu no mar e deu origem a fauna e a flora marinha; a fauna deu origem a fauna terrestre e a flora ao reino vegetal. O segundo ramo deu origem ao Reino Vegetal terrestre, à microflora (bactérias) e aos vírus. Nesta época estas células já possuíam em seus interiores as moléculas de DNA que permitiam que pudessem subdividir-se. Neste mesmo período, os vegetais iam se aperfeiçoando e começaram a captar a energia solar e a expelir oxigênio...” E assim, a vida foi surgindo no planeta. Hoje em dia, processo bem semelhante vem acontecendo nos diversos “mangues” espalhados por todo o planeta, e o ser humano não dá o devido valor, ou nem seque presta a atenção, sendo capaz mesmo de destruí-los. Esta é a origem dos poderes de Ossãe. É ai que reside o grande mistério da vida. Ossãe conhece este Mistério, e mais, sabe manipulá-lo...
Valei-nos mãe Ossãe e pai Oxossi! Perdoem aqueles que destroem os mangues e a natureza pois eles não sabem o que fazem.
Na Umbanda Ossãe é considerada como o Orixá da Medicina, e o mais cultuado de todos os Orixás em virtude de seu domínio sobre as plantas e folhas sagradas e medicinais. Todos os Orixás têm suas próprias ervas, mas só Ossãe possui o Poder das Ervas.
Ossãe é a personificação do mistério. Seu perfil relacionado com as matas a coloca como par ideal correspondente ao arquétipo de Oxossi.
A crença umbandista mais profunda em Ossãe é a do Orixá do contato mais íntimo e misterioso com a natureza, porque seu domínio estende-se ao vasto reino vegetal, às plantas, mais especificamente às folhas, onde corre e se acumula o sumo, que é o sangue vegetal.
Só Ossãe tem a capacidade de retirar dos vegetais sua força energética básica (axé) que é segredo conhecido apenas por ela.

OBSERVAÇÃO:
A imagem mostrada nesta postagem representa a figura das deusas mais antigas e poderosas da magia da criação as feiticeiras raízes primordiais dos seres humanos segundo os Voduns da Cultura Gege (as Iyami Oshorongá), que é um belo trabalho artístico e carrega em si muita semelhança com os fundamentos do “Poder” de Ossãe ensinados na Umbanda. Estamos usando esta bela imagem como referência, sincretizando-a com o Orixá Ossãe para facilitar aos leitores o entendimento de assunto tão difícil e misterioso sobre quem era Ossãe e quais os seus poderes. Não tivemos a honra de conhecer o autor ou autora de tão bela imagem, mas publicamente o (a) parabenizamos pela sua bela obra. Agradecemos ao blog Iyamioshoronga.blog rapidoagora a quem damos o devido crédito pela postagem da imagem na Web. É difícil representar Ossãe a deusa do mistério, rainha do CUAA (Poder da Mata e da vida contido na Natureza), por isso peço aos umbandistas que observem bem esta imagem, pois tenho certeza de que se harmonizarão com ela e Mãe Ossãe. Axé de Zambi para nós todos.
Brasão de Freitas.