sábado, 19 de abril de 2014

Item 4 – ORIXÁS: XANGÔ 2

ORIXÁS II
PERFÍS DOS ORIXÁS: XANGÔ 2
VISÃO DO GRUPO POPULAR

Xangô
(Nelson Boeira Faedrich)

PERFIL GERAL DE XANGÔ – A JUSTIÇA DE DEUS
Deus, o Supremo, manifesta a sua presença de muitas e muitas formas. Uma delas é a Sabedoria Suprema. Como suprema, a Sabedoria é atributo único de Deus. Como universal, a sabedoria é atributo por Deus delegado aos espíritos puros.
Segundo a Filosofia, a Sabedoria é Luz Latente, que ilumina e vivifica todos os mundos, inclusive o Tudo e o Nada.
Se a Sabedoria é Luz, está configurado que também é fogo, já que este é a manifestação da luz.
Como o fogo esotericamente representa a vida e a morte, o principio e o fim de todas as coisas, ele é o positivo e o negativo, o passivo e o ativo, ou ainda, a balança da Justiça onde os pesos são iguais porque a Justiça é neutra.
Tudo isto nos leva a pensar o quanto sábio é Deus e por isto Ele é justo. Assim como Ele colocou espinhos entre as rosas enfeiando seus belos aspectos, também foi sábio bastante para colocar belas rosas entre espinhos para aliviar a feiúra dos espinhos.
Justiça e Sabedoria são dois predicados as Luz.
O fogo transforma e regenera. É como a Justiça que deve usar a sabedoria para regenerar os erros afins de que eles se transformem em caminho evolutivo dos seres.
Xangô é este fogo. É o Senhor Primaz do Fogo. Aquele que afere o Kárma para que se cumpra a Justiça de Deus.
O que está em cima é como o que está em baixo. O micro é igual ao macro. Aquele que desceu, terá que subir. Aquele que caiu terá que se levantar. Aquele que foi terá que voltar, porque na Natureza tudo é fluxo e refluxo. É como a balança da justiça com seus dois pratos em equilíbrio. O ativo mais o passivo gera o neutro. Da neutralidade nasce a justiça e, na balança da justiça os pesos são iguais.
Quem deve paga, quem merece recebe.
Assim diz o provérbio popular dentro do meio umbandista, e assim é a fé dos umbandistas.
Assim é a Justiça de Deus.

PERFIL POPULAR
Para a Umbanda, Xangô é a Justiça e a Sabedoria. Justiça bem ampla e irrestrita. Não somente a justiça em relação ao próximo, mas, principalmente a justiça para consigo mesmo.
Devemos convir que apesar da aparência de que é fácil viver dentro da ordem da justiça, na verdade é muito mais difícil do que se pensa. Viver o dia-a-dia na justiça significa ser justo com os outros e consigo mesmo. Mas, é exatamente na justiça consigo mesmo que está a grande dificuldade do ser encarnado. Ser justo com os outros, basta obedecer as leis morais e materiais e não infligir as leis naturais. Porém ser justo consigo mesmo significa Ter sabedoria para certificar-se de tudo que é nocivo ao conjunto espírito-corpo, tal como os vícios, a preguiça, os sentimentos negativos como o ódio, a vingança, a malícia, a gula, a luxúria, os pensamentos negativos, ou seja, qualquer atitude negativa  pois todas elas atrapalham a evolução do ser.
Como vimos acima, é extremamente difícil viver em sintonia com a justiça e, como diz o dito popular “quem deve teme”, também é fácil compreender porque Xangô é muito temido e muito respeitado em todos os seguimentos da grande Corrente Umbandista.
Xangô é sempre invocado com muito cuidado e com muito respeito. Tal qual o raio e o trovão, que tememos tanto e por isto respeitamos.
O arquétipo de Xangô é o de um ser vibrante, amigo, mas também de aspecto severo, confiável e majestoso. Seus atributos são buscados na pedra: rigidez, implacabilidade, imparcialidade, estabilidade.
Xangô é o fogo latente na pedra e ao mesmo tempo a própria pedra: frio e sem sentimentos emotivos. Ele é a fulguração da Luz Divina no plano mental de nossa escuridão material.
Considerado como simbolismo da lei de causa e efeito, que afere o Kárma, e que ressalta o sentido de luta e esforço do homem para elevar-se das sombras e aclarar o seu interior buscando o aperfeiçoamento.
Junte a este perfil, as características gerais de Xangô já mostradas anteriormente e terá uma projeção de comportamento dos filhos deste Orixá.

DADOS RITUALÍSTICOS
          Cor: Marrom
          Número: 3 ( o triângulo, símbolo do falo ).
          Metal: Bronze
          Elemento: Fogo
          Domínio: Pedreiras, raios
          Colares: Missangas marrom e brancas ou toda marrom de cristal.
          Apetrechos: Machadinha
          Assentamento: Otá de pedra marrom ou meteorito ou pedra de raio
          Toque: Barravento de Umbanda
          Dia consagrado: 4ª Feira
          Saudação: Kaô Cabecile
          Veste ritualística: Tiara ou cocar de penas e machadinha
          Flor sagrada: Lírios ou rosas brancas



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