sábado, 12 de janeiro de 2013

Item 2 - CULTURA UMBANDISTA – Os 7 Sacramentos


OS SETE SACRAMENTOS DA UMBANDA
Parte V
Deká
(Foto Bob-Retina)

5 – O DEKA (Juntó de Oxalá – 7º Ano) - (Comunhão)
...Pai me perdoa! – Filho, tu estavas perdido e Eu te achei. Te banho, jogo fora tuas roupas velhas e te visto com roupas novas e brancas com símbolo de uma nova vida e te dou este anel que servirá como aliança de que Eu e tu comungamos o mesmo amor eterno.

      Par Vibratório (Orixá) Regente = Oxalá/Odudua.
      Aruanda = Orun (Oxalá) / Terra ou Ayê (céu da Terra) (Odudua).
      Arcanjo Tutor = Rafael.
      Sincretismo com a Igreja Católica = Comunhão.

Fundamento Místico: O reencontro com o Pai. Este é o assentamento ritualístico que dá ao médium a segurança de que seus Genitores Divinos estão assentados, mesmo que o médium ainda não saiba quem são, já que Oxalá representa todas as Sete Linhas de Umbanda. Garante também que, em caso de falecimento do Babalorixá ou Ialorixá sem assentar especificamente os Genitores Divinos, estes já estejam assentados no Juntó de Oxalá. Ao mesmo tempo, o Deká representa a autorização para que o médium assuma sozinho a sua caminhada sacerdotal, a partir de então.
O arrependimento, a “comunhão” com o Pai. A recuperação dos direitos de ter comunhão ou contato com o Mundo Sagrado. A aliança, o anel que simboliza a ligação ou o Juntó com o Sagrado.
Juntar é sentir, ver, ouvir, é gostar, é inalar a essência do amor que chega até o cérebro e vai para o coração. Comungar é interagir, é conviver, é entrar em contato, é participar, é envolver-se com crença e com fé naquele com quem comungamos.
O Engorocí, a Reza, a Oração, o Som, está é a chave que abre a mente do sacerdote para o Poder, porque a palavra é o Verbo, e o Verbo vem de Deus, o Verbo é Deus. Assim, a reza é o comando que ativa e domina a Magia, conduz o milagre e induz à transformação e restituição do Axé. Rezar não é só pedir, é preciso participar para que a emoção do pedido dê qualidade ao pedido e o transforme em vibração para que esta vibração se JUNTE com a vibração do Senhor Onipresente e aconteça a Comunhão. É por isto que todo Poder transmitido de Pai para Filho no ritual, sempre é feito de forma oral, como uma verdadeira oração.
Diz a Bíblia: “... No princípio era o Verbo, o Verbo estava em Deus, O Verbo era Deus..."

Provérbio Sacro:
BI ÔWÉ, NI OXÓ SORO.
Com provérbios é como o Poder nos fala.
“Agoie Olori, agoie Eledá...”

Conhecer os Provérbios Sacros é poder falar com o Poder. Os provérbios são os guardiões da Sabedoria. Eles contêm as sutilezas da Metafísica, que permitem ao pensamento entrar em contato com as origens de Aba, onde a cadeia hierárquica ou Juntó do ser no Universo desfila como um só elo onde o Poder do Pai se manifesta no Filho que se transforma e passa a existir pelo fogo do Espírito Santo (O Sopro Divino), numa comunhão que só os provérbios sabem explicar.
Quando se faz o Junto de Oxalá (que representa a comunhão das sete linhas), automaticamente se forma a cadeia hierárquica evolutiva dos Orixás do ser encarnado. Desta forma, todos os demais Orixás da linha hierárquica do ser encarnado são assentados no Juntó, mesmo que o indivíduo não venha a conhecer os demais Orixás, por diversos motivos.

Significado dos materiais usados: A Quartinha (Os Mesmos fundamentos da Feitura de Santo). As Vestes, as Oferendas, a Pedra, o Anel, a Água Doce, a Vela, o Colar ou Delogum, todos seguem os mesmos fundamentos da Feitura de Santo. O Obí serve como ligação entre a ancestralidade dos rituais africanos e o Poder de Ifá transmitido ao filho de santo, além de ser um segredo ritualístico (Adoxó). Os Búzios representam o Poder de Ifá, ou seja, o poder de ver o futuro e o destino dos seres (o Odu). O Ojá ou Onjá, símbolo de poder, serve para formar o dorso ou turbante usado nos rituais umbandistas.





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