ITEM
9 – A GENESE UMBANDISTA - Capítulo I
Por Brasão de
Freitas
O Supremo
Em algum momento da eternidade, Deus quis dar
provimento à Gênese e criar uma vida que fosse reflexo da Sua, e que também
tivesse vontade e poderes, pudessem criar e amar suas criações assim como Ele
amava as suas.
Prólogo
Antes de mais
nada, quero lembrar a todos os meus irmãos umbandistas que eu não sou o dono da
Verdade. Este é apenas o meu estudo, a minha pesquisa sobre a Criação do
Universo seguindo os preceitos umbandistas. Esta é a visão que eu tive
analisando fatos e respeitando preceitos e tradições, tudo dentro de critérios
lógicos e da razão, fruto de consulta a Entidades e alguns documentos que
chegaram até os dias de hoje.
Começo este
trabalho com o coração cheio de humildade e de fé com a firme e inabalável
convicção de que Olorum existe desde a eternidade, é anterior a todos e a tudo
que já existiu, existe e existirá através da eternidade. Como Ele é anterior a
tudo, então Ele é eterno, o único absolutamente eterno. Ele é o primeiro a
existir e nada O criou. Tudo emana de sua vontade e poder. Desta forma fica
absolutamente claro que nem o Universo nem o ser humano surgiram do acaso, já
que todas as coisas surgiram do Poder de Deus.
Se você é
daqueles que não acreditam nisto, não feche este livro, pois eu acredito muito
na sua inteligência, na sua lógica e no seu grau de entendimento e, por isto,
apresento-lhe a mais simples de todas as provas do que disse acima: o número
dois não pode existir antes do número um, nem o número três pode existir antes
do número dois, e etc.
Para que o
Universo exista é preciso que antes dele existir, um Poder Absoluto o gerasse,
já que não poderia ter surgido do Nada, pois o Nada não existia e não poderia
ter surgido de nada. O Nada só pode surgir de nada se existir anteriormente o
Tudo. Porque tudo quer dizer Tudo, inclusive o Nada. Desta forma o Nada
surgiria do Tudo, e por tanto, o Nada existiria oriundo do Tudo.
Mas existe ai um
grande problema. É que se o Nada existe oriundo do Tudo significa que o Tudo
não existe porque o Nada quer dizer nada, inclusive o Tudo.
Se você não
entendeu nada, não se desespere, porque então pelo menos você entendeu que o
Nada existe já que você não consegue entende-lo. E isto já é admitir que ele
existe.
Substitua então
o Tudo pelo número Dois e o Nada pelo número Três. Isto irá ajuda-lo a entender
um pouco esta embaralhada confusão de idéias. A Matemática bota tudo em ordem,
e faz surgir a lógica já que ambos para existirem necessitam do potencial
número Um, aquele que é anterior a tudo e a nada. Que transcende o Zero e
ultrapassa o infinito, porque se renova a cada ciclo de dez, para cima ou para
baixo, para um lado ou para o outro, em qualquer direção ou qualquer plano
porque o número Um é radiante. É a origem de todos os outros números.
Olorum não é
somente o número um. Ele é o Inventor e Gerador do número Um.
Afinal, “alguém”
inventou o número Um, e com certeza não foi o ser humano, muito menos o
“acaso”. Aliás, o “acaso” jamais poderia ter criado o Tudo e o Nada, já que ele
faz parte de ambos.
Agora,
considerando que o Tudo é o número Dois e o Nada é o número Três, se somarmos
os números Dois e Três obteremos o número Cinco. O número Cinco representa o
microcosmo e este significa o ser humano (de braços abertos formando uma
estrela de cinco pontas) oriundo do Tudo e do Nada.
Agora pense bem,
se o microcosmo veio do Tudo e do Nada, que por sua vez vieram do número Um,
então o microcosmo não é obra do acaso. O “acaso” não gera nada. Ele é que é
gerado pelo Nada, e pelo Tudo, assim como o microcosmo ou o ser humano.
A análise feita
acima tem a finalidade de alertar os leitores de que é preciso muita atenção,
muita paciência, muita vontade e muita persistência para que o entendimento
aflore em suas mentes com muita clareza e muito amor, pois o amor é a mais
primitiva das forças do universo. Primitiva não por ser ultrapassada, mas
primitiva por ser a primeira e mais poderosa de todas as forças criadas por
Olorun. Primitiva por ser a número Um da natureza, princípio e fim de todas as
coisas.
O “acaso” nunca
poderia ser responsável pela vida porque ele é apenas aquilo que ele
representa: apenas um acaso.
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