domingo, 21 de abril de 2013

Item 4 – ORIXÁS: OGUN 1


ORIXÁS II
PERFIL DE OGUN 1
VISÃO DO CANDOMBLÉ (Síntese)
Ogun
(centropaijoaodeangola.com.br)

ARQUÉTIPO
Segundo o Candomblé, Ogun é a manifestação da luta, do esforço, da defesa. É o protetor de todos aqueles que manejam ferramentas.
É Orixá das guerras e das demandas. É o arquétipo do guerreiro associado à luta e a conquista.
Como força da natureza, Ogun representa a força produtiva que arranca na frente como ponta-de-lança, que promove a transformação necessária na natureza para deixá-la produtiva.
É o símbolo do trabalho, da atividade criadora e inovadora do ser humano sobre a natureza, de forma produtiva e expansiva.
É conhecido também na África como o deus do ferro e protetor de todos aqueles que manejam ferramentas e armas de ferro ou aço.
Por seu poder sobre o ferro e o aço, Ogun é apresentado com caráter duro e frio, implacável com seus inimigos, pois o Orixá considera que a justiça e a retidão são fundamentais e, por isso, com sua força faz prevalecer o que considera certo. Desta forma, é um justiceiro.
Ogun não se prende à riqueza. Pouco se importa com a comodidade e dispensa o luxo.
Segundo o Candomblé, a qualidade do AXÉ de Ogun é o Preto (neutro) e, com este Axé é um dos responsáveis pela criação ou através do poder de transformar, ou pela coragem de lutar.
Na concepção do arquétipo, Ogun é apresentado com um caráter temperamental, ou seja, quando irado, é implacável, destruidor e vingativo; quando apaixonado, sua sexualidade é devastadora, pois não se contenta em esperar. Ao mesmo tempo, é considerado o Orixá da alegria, da diversão, da delícia de viver.
Os seus filhos são conquistadores, incapazes de se fixar num mesmo lugar, apreciadores das novidades, das viagens imprevistas, do desconhecido e do novo em geral. São curiosos e resistentes, com grande capacidade de se concentrarem num objetivo a ser conquistado. De muita coragem e franqueza, chegam a parecer arrogantes. Entretanto, na relação emocional são sinceros e leais.
Quando em estado negativo, os filhos de Ogun são vingativos e violentos, briguentos, farristas, beberrões e extremamente inconstantes, além de dispersivos em relação aos objetivos e medrosos.
O poder de Ogun é tal que ele domina o Rei das Encruzilhadas, Exu, distribuindo-lhe funções e encargos.

DADOS RITUALÍSTICOS DE OGUN
          Filiação: Oraniã (ou Odudua) e Yemanjá
          Cor : Azul marinho
          Número : 3
          Metal : Ferro. Aço
          Elemento : Água
          Domínio : Ronda dos campos sagrados, caminhos, guerra
          Comidas : Feijão fradinho, feijão cavalo, feijoada, azeite de dendê, bife de carne bovina.
          Sacrifícios : Bode, boi, galo (todos vermelhos), cachorro (na África).
          Colares : Miçangas azul marinho, de cobre latão ou bronze.
          Apetrechos : Espada, lança, foice, enxada, pá, etc.
          Assentamento : Otá de minério de ferro.
          Toque de atabaque : Adarrum, cabula.
          Dia consagrado : Terça-feira
          Saudação : Ogunhê patacuri.
          Paó : 7 batidas de palmas esquerda, 7 à direita, uma à frente, uma atrás, 3 de reverência e “adobalé”.
          Veste Ritual : Saiote e atacá, predominando as cores azul marinho e branco. Capacete de pano bordado em paetês, branco, dourado e azul, com penas na mesma cor; uma corrente pendente no capacete deve circular o pescoço da iaô; e uma espada na mão.
           Falanges de Ogun: Megê, Beira-mar, Sete-Ondas, Rompe-Mato, Matinata, Delê, Yara, Das Pedreiras e, em alguns Candomblés de iteração jeje-nagô e que Sintetizam tanto raízes daometanas como iorubas, Ogun Xoroquê.

OBSERVAÇÃO:
As fotos e figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.


Nenhum comentário:

Postar um comentário