ORIXÁS II
PERFIL
DE OGUN 1
VISÃO DO CANDOMBLÉ (Síntese)
Ogun
(centropaijoaodeangola.com.br)
ARQUÉTIPO
Segundo o Candomblé, Ogun é a manifestação da luta, do esforço,
da defesa. É o protetor de todos aqueles que manejam ferramentas.
É Orixá das guerras e das
demandas. É o arquétipo do guerreiro
associado à luta e a conquista.
Como força da natureza, Ogun
representa a força produtiva que
arranca na frente como ponta-de-lança, que promove a transformação necessária
na natureza para deixá-la produtiva.
É o símbolo do trabalho, da atividade criadora e inovadora do ser
humano sobre a natureza, de forma produtiva e expansiva.
É conhecido também na África como
o deus do ferro e protetor de todos aqueles que manejam ferramentas e armas de
ferro ou aço.
Por seu poder sobre o ferro e o
aço, Ogun é apresentado com caráter duro e frio, implacável com seus inimigos,
pois o Orixá considera que a justiça e a retidão são fundamentais e, por isso,
com sua força faz prevalecer o que considera certo. Desta forma, é um
justiceiro.
Ogun não se prende à riqueza.
Pouco se importa com a comodidade e dispensa o luxo.
Segundo o Candomblé, a qualidade
do AXÉ de Ogun é o Preto (neutro) e, com este Axé é um dos responsáveis pela
criação ou através do poder de transformar, ou pela coragem de lutar.
Na concepção do arquétipo, Ogun é
apresentado com um caráter temperamental, ou seja, quando irado, é implacável,
destruidor e vingativo; quando apaixonado, sua sexualidade é devastadora, pois
não se contenta em esperar. Ao mesmo tempo, é considerado o Orixá da alegria,
da diversão, da delícia de viver.
Os seus filhos são
conquistadores, incapazes de se fixar num mesmo lugar, apreciadores das
novidades, das viagens imprevistas, do desconhecido e do novo em geral. São
curiosos e resistentes, com grande capacidade de se concentrarem num objetivo a
ser conquistado. De muita coragem e franqueza, chegam a parecer arrogantes.
Entretanto, na relação emocional são sinceros e leais.
Quando em estado negativo, os
filhos de Ogun são vingativos e violentos, briguentos, farristas, beberrões e
extremamente inconstantes, além de dispersivos em relação aos objetivos e
medrosos.
O poder de Ogun é tal que ele
domina o Rei das Encruzilhadas, Exu, distribuindo-lhe funções e encargos.
DADOS RITUALÍSTICOS DE OGUN
Filiação: Oraniã (ou Odudua) e Yemanjá
Cor : Azul marinho
Número : 3
Metal : Ferro. Aço
Elemento : Água
Domínio : Ronda dos campos sagrados,
caminhos, guerra
Comidas : Feijão fradinho, feijão cavalo, feijoada, azeite de dendê,
bife de carne bovina.
Sacrifícios : Bode, boi, galo (todos
vermelhos), cachorro (na África).
Colares : Miçangas azul marinho, de
cobre latão ou bronze.
Apetrechos : Espada, lança, foice, enxada,
pá, etc.
Assentamento : Otá de minério de
ferro.
Toque de atabaque : Adarrum, cabula.
Dia consagrado : Terça-feira
Saudação : Ogunhê patacuri.
Paó : 7 batidas de palmas esquerda, 7
à direita, uma à frente, uma atrás, 3 de reverência e “adobalé”.
Veste Ritual : Saiote e atacá,
predominando as cores azul marinho e branco. Capacete de pano bordado em
paetês, branco, dourado e azul, com penas na mesma cor; uma corrente pendente
no capacete deve circular o pescoço da iaô; e uma espada na mão.
Falanges de Ogun: Megê, Beira-mar,
Sete-Ondas, Rompe-Mato, Matinata, Delê, Yara, Das Pedreiras e, em alguns
Candomblés de iteração jeje-nagô e que Sintetizam tanto raízes daometanas como
iorubas, Ogun Xoroquê.
OBSERVAÇÃO:
As fotos e
figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem
as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não
conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra
de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se
faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus
agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.
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