sábado, 22 de março de 2014

Item 4 – ORIXÁS: XANGÔ 1

ORIXÁS II
PERFIL DE XANGÔ 1

VISÃO DO CANDOMBLÉ (Síntese)

(Marcos Vinicius Uchoa)

O ARQUÉTIPO DE XANGÔ VISTO PELO CANDOMBLÉ
Xangô, um Orixá de origem Nagô, mitologicamente considerado o Rei da cidade de Oyó, é a manifestação da Justiça da Força e do Poder.
O arquétipo associado a Xangô, segundo o Candomblé, é o daquele que tem o poder, exerce-o inflexivelmente, não admitindo dúvidas em relação ao seu direito de possuí-lo, e que julga a todos segundo um conceito estrito e sólido de bem e de mal.
Tem a sua representação no fogo celeste, no trovão, no raio e nas pedreiras. É por isto, considerado misticamente o Orixá do raio e do trovão, sendo o raio uma das suas armas.
Associado, portanto à natureza através da firmeza da rocha, dura e estável, e por isso seu axé está concentrado nas formações cristalinas das pedras.
Xangô tem como símbolo o machado de duas lâminas, conhecido como Oxé e que, como emblema que representa o fogo, pode situá-lo como símbolo de vida e criação. O fogo transforma tudo; derrete a pedra, transmuta os alimentos, domina a natureza, assusta os animais, rasga a noite (M. Augras).
Segundo o Candomblé, Xangô tem uma incompatibilidade total com a morte. Esta incompatibilidade é tão grande que ele se retira da cabeça de suas sacerdotisas quando as mesmas agonizam. Talvez seja por isso que os filhos do Orixá jamais entram em cemitérios ou assistem a enterros. Talvez porque o frio da morte é totalmente incompatível com o calor do fogo.

DADOS RITUALÍSTICOS
          Filiação: Oraniã e Yemanjá
          Cor: Vermelho e branco e também castanho e branco.
          Número: 8 e 9
          Metal: Cobre
          Elemento: Fogo
          Domínio: Pedra, raio e trovão, Justiça.
          Comidas: Rabada; amalá; peixe temperado com camarão seco, cebolinha e mel de abelha; feijão preto com farofa e arroz; acarajés compridos.
          Sacrifícios: Boi, bode, carneiro, cágado, galo vermelho.
          Colares: Missangas brancas leitosas e vermelhas ou missangas castanhas e brancas.
          Apetrechos: Machado alado com corisco (machado duplo com asas).
          Assentamento: Otá de pedra negra recolhida em rios e cachoeiras ou pedra de raio.
          Toque de atabaque: Alujá, barravento.
          Dia consagrado: Quarta-feira
          Saudação: Kaô cabecile (Kawó-Kabyensilé!).
          Paó: 3 batidas de palmas horizontais da esquerda para a direita,repetidas 2 vezes,seguidas de uma batida acima e outra abaixo, mais 3 batidas de reverência e o adobalé.
          Veste Ritual: Saiote de pano vermelho e branco, braceletes de tiras de couro incrustadas de coroas de cobre. Na cabeça coroa de latão e cobre incrustada de pedras. Na mão, um cetro de latão em forma de duplo machado, com um símbolo do fogo celeste.

OBSERVAÇÃO:
As fotos e figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.


Nenhum comentário:

Postar um comentário