sábado, 29 de junho de 2013

Item 6 – ENTIDADES ESPIRITUAIS

ENTIDADES QUE INCORPORAM
(Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, etc.)


PERFÍS DAS ENTIDADES-INTRODUÇÃO


Introdução
As Entidades Espirituais que incorporam na Umbanda constituem 80% de todos os seus rituais. Os assentamentos de Orixás são, na verdade, a coroação com êxito de toda a Ritualística Umbandista pois é a Meta Maior e Razão da existência da Religião Umbandista. A Grande meta é, no final das contas, o re-encontro do ser humano com suas Origens Primordiais que é o Orixá. As Entidades proporcionam o meio mais seguro de se atingir a Meta Final. Por isso, a maior parte dos rituais acontece na vibração de Caboclos, Pretos e Pretas Velhas, Crianças, Marinheiros, Boiadeiros, Baianos, Ciganos, Iaras e Elebaras.
A Umbanda usa, na manifestação dos espíritos desencarnados em médiuns, os tipos e características da própria experiência vivencial humana. São espíritos que se manifestam através de incorporações em médiuns nas modalidades de crianças (a primeira fase de experiência da vida), caboclos (a segunda fase de experiência da vida, jovem, ágil, adulta) e mães e pais velhos (a terceira fase de experiência da vida; os velhos, idosos). Estes espíritos se manifestam através destas três caracterizações da experiência humana para melhor se identificarem com os seres viventes, sempre sob a vibração de suas próprias origens espirituais, isto é, na Linha de seus Orixás (os Orixás das entidades e não os do médium). Também é comum a manifestação de tipos regionais (Que se manifestam na vibração dos Caboclos) e que representam a viv~encia da região do planeta terra onde os espíritos estão se manifestando.
Normalmente, o tipo vivencial (Criança, caboclo ou Velho) escolhido pela entidade espiritual é a da sua última encarnação, pois é aquela onde existem pequenas possibilidades de lembranças encarnatórias fazendo com que as entidades fiquem mais familiarizadas com os nossos costumes e modos de viver atuais, já que isto facilita a adaptação e o contato com os seres viventes. Estas entidades são conhecidas como Guias e Protetores.
Na verdade, os espíritos que se manifestam em incorporações ritualísticas em médiuns umbandistas com certeza absoluta, não mais se lembram de nada a respeito de suas últimas encarnações (O corpo atômico já foi totalmente desfeito e os átomos daquele corpo agora fazem parte de outros corpos ou objetos) uma vez que seus atos e atitudes foram registrados na sua Ficha Kármica ou Inconsciente e de lá não mais retornam ao consciente do espírito, a não ser quando as Leis Espirituais são quebradas por atos de Magia provocados através de rituais o que certamente poderá provocar a destruição do espírito encarnado caso o fato trazido do inconsciente seja tão grave que a mente do encarnante não suporte. Quanto ao espírito Protetor ou Guia, que não possuem corpo material, não lhes é permitido acesso à Ficha Kármica quando não encarnados. Quaisquer informações que se façam necessárias para facilitar as incorporações passam necessariamente pela autorização dos Superiores responsáveis pelo trabalho mediúnico. Com isso estamos querendo dizer que os espíritos de Guias, Protetores não se lembram de encarnações passadas pois que isto influenciaria e atrapalharia futuras encarnações, a não ser entre os Guardiões em alguns casos de Exus e Pombagiras, por ainda estarem muito próximos do mundo material. O parentesco de uma encarnação (Que acontece para o cumprimento de um determinado Kárma), nada tem a ver com encarnações futuras onde o kárma a ser resgatado será, com certeza absoluta, bem diferente do kárma da última encarnação. Os Espíritos de Pais, Mães e Filhos de uma encarnação, não possuem vínculo familiar no mundo dos Espíritos mas sim um vínculo vibratório de convívio direto nas mesmas “áreas vibratórias” (Conjunto de espíritos afins) onde evoluem provavelmente em grupos. Nas encarnações, muitas vezes o parentesco faz parte do kárma que um espírito precisa vivenciar por “divida contraída” um com o outro em encarnações passadas. É muito provável, pelo que nos ensinam as Entidades, que os espíritos de pais, mães, filhos, avós, tios, etc. pertençam espiritualmente a uma espécie de “Confraria Vibratória” que permite que evoluam “juntos” como uma espécie de “Família Espiritual” onde não existem pais, mães, avos, etc., pois todos são vibratoriamente iguais unidos pelo amor eterno em direção à LUZ PRIMORDIAL.
Assim, espíritos de Crianças, de Caboclos e Caboclas, de Pais e Mães Velhos, se manifestam através de incorporações mediúnicas, trazendo consigo toda a força e poder da linha a que pertencem por origem espiritual. É assim que surgem os caboclos de Oxossi, de Xangô, os Oguns, as criancinhas, os Pais Velhos e Mães Velhas, as Vovós e os Vovôs, cada um dentro da sua Linha Vibratória (Linha Vibratória da entidade e não do médium).

sábado, 22 de junho de 2013

Item 1 - INICIAÇÃO NA CULTURA UMBANDISTA -11

INICIAÇÃO NA CULTURA UMBANDISTA
(Assistentes e Principiantes)

Iniciação 11º Tema

Os 7 Sacramentos: Batismo, Casamento, Bori, Feitura, Deká, Mestrado, Axexê
(great religions, tupinambabeiramar.blogspot.com, umbandanatureza.com.br, orixás.blogspot.com, foto bob retina, Martinez, titian 1550)

Décimo Primeiro Tema: OS SACRAMENTOS DA UMBANDA.
HISTÓRICO.
1- O Batismo.
O início da vida material, da jornada kármica. O conhecimento da existência profana com a vida sagrada. O símbolo da manifestação da vida, do espírito encarnado no mundo material. A continuidade da espécie, o fruto do amor de um par vibratório. O Entendimento, a alegria, a inocência.
2- O Casamento.
A procura do Par Vibratório. O aprendizado da tolerância capaz de permitir o respeito aos limites de virtudes e defeitos do par, quando se respeitam os direitos um do outro, permitindo assim a convivência harmoniosa entre seres de polaridades opostas. É a instituição da Família. Do Respeito, da conquista da abundância, da fartura e da regeneração das coisas. A união faz a força. Os dois espíritos opostos juntos voltam a ter força para vencer a vibração da matéria densa. A chance para outros espíritos encarnarem.
3- Bori de Caboclo.
É o primeiro passo para o sacerdócio, ou para qualquer umbandista se envolver com o ambiente sagrado sem ter que incorporar qualquer espírito. É o momento em que um Padrinho espiritual que se tornará, a partir deste ato sacramental, o responsável pela vida espiritual do filho de fé, orientando-o e guiando-o pelo difícil caminho da evolução que o espírito encarnado terá que enfrentar no aprendizado e vivência da presente encarnação. É o Conselho, a vida comunitária, o aprender a ouvir a opinião dos outros sem ter que impor a sua, aprender a ponderar, a acreditar que a união faz a força e assim cada um poderá ajudar o outro em situações difíceis. Assim surge a força da sobrevivência tanto material como espiritual, do trabalho para atingir o progresso, e através do progresso chegar até Deus. É neste instante que se desenvolve o conhecimento do bem e do mal, onde o Padrinho ilumina seu afilhado para que este enxergue o caminho do bem, e todos os buracos e espinhos que terá que superar para atingir seus objetivos. Não é só o médium que possui um padrinho que seja um espírito de Luz. Qualquer umbandista também pode ter sem incorporar.
4- Feitura de Santo.
A Iniciação ao Clero, ao sacerdócio sacrificial. O início, a volta, o retorno à casa do Pai. A luta contra o ego. A busca pelas origens espirituais. A luta pela justiça, O arranque, o Tempo. Renegar o passado turbulento e inglório, renegar os erros para iniciar um novo caminho.
Todo ser humano, seja umbandista ou não, possui um Orixá como sua origem espiritual. Normalmente na Umbanda somente os médiuns costumam receber feitura de santo, pois a cerimônia ritualística em uso na Umbanda, conduz o médium ao sacerdócio pleno (o sacerdote que comanda os Rituais mais sagrados). Mas, desde o nascimento todos os seres humanos recebem um Orixá na cabeça (O Anjo da Guarda ou Orixá Kármico).
5- Deká (Ou o Juntó de Oxalá).
O reencontro com o Pai. Este é o assentamento ritualístico que dá ao médium a segurança de que seus Genitores Divinos estão assentados, mesmo que o médium ainda não saiba quem são, já que Oxalá representa todas as Sete Linhas de Umbanda. Garante também que, em caso de falecimento do Babalorixá ou Ialorixá sem assentar especificamente os Genitores Divinos, estes já estejam assentados no Juntó de Oxalá. Ao mesmo tempo, o Deká representa a autorização para que o médium assuma sozinho a sua caminhada sacerdotal, a partir de então.
6- O Mestrado.
Encarnação Missionária. É a vontade e a necessidade de ajudar o próximo que estão acima de qualquer vaidade ou interesse em projeção pessoal, riqueza ou bem material oriundo da prática religiosa ritualisticamente sagrada. Por natureza encarnatória estão sempre em posição de comando vibratório de forma absolutamente natural. Os espíritos encarnados nestas condições são possuidores de muitos conhecimentos magísticos aprendidos nos processos iniciáticos fechados ou mesmo recebidos de Entidades de altíssima Luz em diversos momentos de suas vidas. Em resumo, aos 21 anos de Santo o médium recebe “Os Segredos do Poder” e também recebe “a Mão do Sagrado”, não apenas referindo-se ao processo de Adivinhação, mas também ao Poder de por a mão na cabeça de alguém como pai, dirigir um Templo, preparar seus “assentamentos de defesa” e abrir os “Portais para o Céu”.
7- Axexê (A encomendação).
Na natureza nada se perde e nada se cria, tudo se transforma. A morte é apenas uma transformação. O espírito (a mente, a percepção, o Eu, a inteligência e a consciência) afasta-se do corpo voltando a seu estado sutil, e o corpo se transforma em seus elementos formadores no seio da terra. Assim sendo, o corpo material transformado em matéria continua existindo, e o espírito volta a ser essência sutil e continua existindo com seu Eu espiritual, sua inteligência e seus demais predicados únicos. Entretanto a morte é o fim da encarnação atual e a existência desta encarnação fica totalmente comprometida em relação ao processo kármico a que o espírito foi submetido. Desta forma, todas as coisas materiais desta encarnação são esquecidas, e as ações vividas vão para o inconsciente psíquico. A finalidade desta evolução nas encarnações é livrar-se da densidade para se tornar cada vez mais sutil.

INTERATIVIDADE.
1-Quantos Sacramentos tem a Umbanda?
2-Reúna colegas de curso e cada um escolhe um Sacramento e fala o que entende sobre ele.
3-Quais são os Sacramentos que todo umbandista pode receber?
4-Que etapas da vida do ser humano as entidades que incorporam nos rituais de Umbanda representam?
NOTA IMPORTANTE
As respostas sobre as perguntas da interatividade serão dadas a quem nos perguntar.
COMPORTAMENTO.
Os Sacramentos da Umbanda são os rituais que nos integram com o Mundo Divino. Através deles vamos vivenciando nosso Kárma nesta encarnação. Aprender cada um deles com fervor irá nos tornar inegavelmente filhos de Deus e filhos da Umbanda.
APRENDENDO A REZAR.
Aprendi que a reza me permite estar sempre próximo das vibrações sagradas. Carregar consigo as vibrações sagradas no dia-a-dia não significa que você seja diferente das outras pessoas. Apenas você saberá certamente melhor do que elas aquilo que é melhor para você, para a sua vida. Carregar Deus no coração é um ato de fortaleza e não de fraqueza. Quem tem fortaleza não vive no vício, não vive na covardia, não vive no ódio, não vive na tristeza nem vive no medo. Quem anda com o mal, vive tentando mostrar que é poderoso e forte, mas na verdade não passa de um medroso e covarde, pois somente consegue ser valente quando possui capangas, pois quando está sozinho chora de medo e de solidão. Os fortes nasceram para vencer. Mas a força que faz vencer é a força da razão, da verdade do amor e da justiça, porque estas vibrações são ondas luminosas da Natureza Vibratória de Deus.

CANTAR TAMBÉM É UMA FORMA DE REZAR
Ponto de Preto Velho.
Era uma vez um escravo de cor
Que a Jesus consagrou
Sua dor no cativeiro.
O tempo passou, a velhice chegou,
Preto Velho cansado,
Caiu no roçado, e o chicote lambeu...
Ô, ô, ô, a senzala chorou.
Nego Velho gemeu pela dor da chicotada.
E lá no Céu, lá no Céu, o gemido ecoou, ô, ô,
E Jesus veio à Terra,
E pro Céu o Preto Velho levou, ô, ô, ô.

OBSERVAÇÃO:
As fotos e figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.


sábado, 15 de junho de 2013

Item 4 – ORIXÁS: OGUN 3

ORIXÁS II
PERFIL DE OGUN 3

VISÃO DO GRUPO INICIÁTICO

Ogun
(Carlos Martinez)

PERFIL CÓSMICO
O conceito sobre Orixás apresentado e ensinado no seio da Corrente Iniciática é profundamente Esotérico, isto é, mais restrito ao interior dos Templos onde se processa a iniciação sacerdotal nos mistérios das ciências espirituais. É evidente que fundamentos mais reservados de ordem iniciática existem nas duas correntes. Porém, enquanto os fundamentos sacerdotais da Corrente Popular permitem ao leigo que queira aprender, facilidades do conhecimento universal, como por exemplo a Cabala, na Corrente Iniciática estes fundamentos são ensinados de tal forma que somente os sacerdotes iniciados tenham conhecimento de seus poderes ritualísticos.
Para trazer a público conceitos tão fechados recorremos a diversas obras literárias de diversos autores esotéricos, mas emprestamos respeitosamente a nomenclatura utilizada pelo Mestre F. Rivas Neto e que já vem desde as obras do insigne Mestre W.W da Matta e Silva. Desta forma, nossa base foram as obras “A Protosíntese Cósmica e O Arcano dos 7 Orixás” de F. Rivas Neto, assim como conceitos de Dilson Bento, Rubens Sarraceni, Ogam Oknarb e outros tantos, além é claro, dos conceitos fornecidos diretamente pelas próprias Entidades incorporadas em médiuns.
Considerando que existem “Lócus” diferentes onde habitam espíritos, o poder vibratório destes espíritos também será diferente, envolvido pelo Tônus vibratório de cada “Lócus” por onde passar este poder vibratório.
No Reino Virginal, como o próprio nome já diz, este poder é chamado de Poder Volitivo. Portanto, o Poder Volitivo de um Orixá é o seu próprio poder, a sua emanação espirítica do seu estágio evolutivo.
Quando este poder penetra no Universo Astral, por força da Energia Etérica, ele se modifica, passando a chamar-se Original (isto é, poder que tem Origem no reino virginal). Neste Universo Astral, o Poder Volitivo é transformado por força da Energia Etérica densa.
Quando chega ao Plano Físico, este mesmo poder, que sofre alterações densas passa a ser chamado de Atividade Kármica, isso é, poder organizado para promover o “retorno” ou o “o caminho da volta” ou Segunda via de evolução.
Este processo de transformação não é tão simples com parece à primeira vista. É uma ciência una, integrada, ordenada, organizada, cuja base são a Ciência, a Filosofia, a Arte e a Religião, ou seja, os 4 Pilares da Sabedoria Universal.
Assim, o Poder de cada Orixá, chega até nós, espíritos encarnados através de uma Atividade Espiritual Kármica.
Este é o poder ou vibração Original que nos é permitido perceber ou sentir no processo encarnatório.
O Poder Volitivo de Ogun ou os Atributos Intrínsecos do Ser Espiritual Ogun (Consciência, percepção, inteligência e amor), como Componente Augusto da Coroa Divina no Reino Virginal, é a Justiça. Mas a Justiça como determinação. É o Guerreiro Cósmico que faz sua Ronda com Justiça, com determinação, a Justiça que se faz consigo mesmo. É o poder que nos faz agir com altruísmo, com generosidade. Quantos de nós podemos afirmar que somos justos nas nossas tarefas? Se não conseguimos ser justos conosco, como poderemos ser justos com o próximo ?
A Justiça é muito difícil de ser assimilada. Muitas vezes a própria sobrevivência, como instinto, nos obriga a sermos injustos.
Portando, para alcançar a Justiça Plena, precisamos antes ser guerreiros, obstinados, lutadores, vencer o egoísmo que é uma qualidade da substância Etérica.
É por isto que, quando o poder volitivo de Ogun entra no Universo Astral, ele se transforma em vibração que reflete a Luta Sagrada, a Inovação da Fé, como um Guerreiro Cósmico, um Pacificador, e que representa a defesa da Justiça Kármica.

OGUN É o Fogo da Glória e da Salvação como bem diz o nome:
     OG:  Glória, Salvação
     AUM:          Fogo, Guerreiro

ATIVIDADE KÁRMICA
Ogun , como Guerreiro Cósmico, é o desbravador, o que vai à frente, que comanda na Terra – a – Terra, ou no mundo das energias densas, os Senhores dos Entrecruzamentos Vibratórios, os Exus Guardiões do Portal entre a Luz e as Trevas. Estes Guardiões servem a Ogun como batedores cósmicos, abrindo e desobstruindo os caminhos por onde passarão Ogun e seu exército de Almas.

DADOS RITUALISTICOS DE OGUN
          Cor Vibratória : Alaranjado
          Mantra : Eamaka
          Geometria Sagrada : Heptágono
          Número Sagrado : 7
          Signo Zodiacal : Áries / Escorpião
          Astro Regente : Marte
          Dia Propício : Terça-feira
          Força Sutil : Ígnea e Hídrica
          Elemento : Fogo e Água
          Ponto Cardeal : Sul e Oeste
          Metal : Ferro
          Mineral : Rubi – Água Marinha
          Horário Vibratório : das 03:00 às 06:00 horas
          Letra Sagrada Associada ao signo Zodiacal : E:M
          Letra Sagrada Associada ao Astro Regente : C
          Vogal Sagrada : O
          Essência : Cravo – Tuberosa
          Flor Sagrada : Cravo Vermelho
          Erva Sagrada : Jurubeba
          Erva de Exu: Espada de Ogun
          Exu Guardião : Tranca Ruas
          Chefe de Legião: Ogun Delê
          Arcanjo Tutor : Samuel
          Energia : Poder do pensamento Criador
          Atividade positiva : Generosidade
          Atividade negativa : Egoísmo
          Atividade Espiritual/Kármica : A Luta Sagrada
          Raio Sagrado : Raio Alaranjado Puro
          Princípio Hídrico : Vontade
          Poder Volitivo : Justiça

OBSERVAÇÃO:
As fotos e figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.



quinta-feira, 13 de junho de 2013

Item 5 – ASSUNTOS DIVERSOS - Trevas, Exu e Pomba Gira

TREVAS - MITO, MEDO OU O MAL?
(EXU/POMBA GIRA)

Por: Brasão de Freitas

Imagem simbólica da dualidade Luz e Trevas (Casa dos Espelhos)

No dia 13 de Junho os Candomblés do Brasil, alguns Templos de Umbanda e a Quimbanda comemoram o dia de Exu Guardião. Brevemente (Previsto para o 2º semestre de 2013) o Blog do Brasão irá postar uma série de 28 partes sobre o tema “Os Elebaras na Umbanda – QUIMBANDA (Exu/Pombagira). Trata-se de matéria fruto de muita pesquisa e revelações, como nunca antes foram apresentadas ou publicadas. Muitos autores, sacerdotes e sacerdotisas, e até mesmo Entidades Espirituais muito conhecidas na Umbanda e Quimbanda foram consultados ou ouvidos nestes 35 anos. A paciência e a perseverança tem sido nossas companheiras inseparáveis inclusive nos momentos mais críticos do nosso aprendizado pois que muitas vezes ficamos confusos, mas apesar do assunto ser sobre a escuridão, a Luz Espiritual nunca nos abandonou e também foi nossa companheira nesta difícil missão A base de todo este conhecimento vem da DUALIDADE DA CRIAÇÃO DO UNIVERSO, simbolizada pela simples análise lógica e racional da Criação da LUZ ESPIRITUAL E DA SUBSTÂNCIA ETÉRICA INDIFERENCIADA (Caos ou Trevas). Vejamos agora parte do inicio deste grande trabalho em prol da Umbanda.
Mas antes faço questão de explicar a todos vocês que nem EU nem NINGUÉM é dono da Verdade senão o Senhor DEUS todo Poderoso Criador de todas as coisas, inclusive a LUZ e as TREVAS.
Esta matéria é uma “avant premiere” do conteúdo que retrata a Quimbanda como “equilíbrio” vibratório da Umbanda, e a ação vibratória de Exu e Pombagira nos Rituais Umbandistas. Esta matéria a seguir retrata as causas da existência e origem das Trevas e dos seres que nela militam.
Segundo a Ciência, a cor PRETA na realidade não é bem uma cor, mas sim a AUSÊNCIA de cor ou de LUZ. De forma quase metafísica o significado da cor preta a coloca com a aparência tenebrosa da grande boca de um monstro que engole tudo, pois a cor preta, como o monstro, absorve todas as cores e não reflete nenhuma delas, por isto tudo parece escuro, tudo desaparece. Da mesma forma agem os Buracos Negros nos confins do Cosmos, engolindo todas as estrelas e corpos que passam pela sua área de atração gravitacional.
Mas a cor PRETA envolta no mistério do desconhecido (aquilo que não se vê é mistério, portanto a escuridão é mistério) na verdade é escura porque não reflete as cores que absorveu e que, portanto estão teoricamente dentro dela. Por isto é complicado dizer que não existe luz na escuridão. Por isto ela tem uma conotação metafísica.
Para nós, seres humanos, a cor Preta lembra muito as TREVAS a quem nós damos, na maioria das vezes, o sentido espiritual de o lócus do MAL, considerado com algo que não nos faz bem.
De uma forma geral, a escuridão ou Trevas é, na verdade, a ausência da luz.
Por razões cósmicas, que só têm respaldo através das Religiões, a escuridão provoca no ser humano uma sensação de incapacidade de movimentação lógica, racional, pelo fato de não se poder ver o que se passa ou está à nosso redor. Esta incapacidade gera impotência de ação. A impotência de ação provoca receio, e o receio se transforma em medo a medida que o tempo passa e nada muda. Estar sozinho, impotente e no escuro  é algo apavorante. E isto vem desde o início da Criação. Foi a separação do Par Vibratório que causou o maior de todos os males e doenças: O MEDO. Para vencer este Medo, precisamos saber quem somos, de onde viemos e para onde vamos. De forma bem reduzida, graças às Religiões e de certa forma também à Ciência ou parte dela, sabemos de três coisas muito importantes: o Espírito, a Matéria e o Espaço Vazio.
“O Espírito é a consciência, o pensamento, a percepção. Então podemos dizer que o Espírito está inundado de pensamentos. Estes pensamentos produzem diversas formas (já que só o pensamento pode produzir formas porque as formas precisam ser pensadas, elaboradas) penetram e fecundam por toda parte a matéria pela vida.”
“A Matéria que é a substância física, caótica, densa, ao ser penetrada pelo espírito, também penetra no espírito com suas vibrações astrais e inunda o espírito de alma que possui vontade imperfeita e por isto pode ser dominada pelas vontades mais perfeitas do pensamento espiritual. Então o pensamento e a alma estão por toda parte do universo criado pela interposição de espírito e matéria, criando uma esfera chamada de universo astral.”
“O Espaço é o vazio, o palco do movimento, da manifestação. Ele é o Lócus dos Espíritos Puros e da Matéria indiferenciada, e na Penumbra da interposição destes dois está manifestado o Universo Astral, Lócus dos espíritos caídos tanto os encarnados como os desencarnados.”
Neste espaço vazio de um Universo atômico, corpos biológicos se desenvolvem de forma cíclica e albergam a “força espiritual” dando ensejo ao Ser Inteligente (O Ser Humano) e aos demais seres deste Universo Bio-atômico.
Entretanto, levando em conta que é a luz material, que é emanada dos astros, que ilumina o espaço vazio, a ausência destes astros luminosos (Que desaparecem em explosões catastróficas) provoca a escuridão deste espaço atraindo para a mente consciente o sentimento do medo. Temos a impressão que a escuridão encobre as profundezas do Universo e, desta forma esta escuridão do medo se transforma nas Trevas do Mal, sem na verdade ser uma coisa ou outra, já que o espaço vazio é neutro. Mas é a razão real do Medo (A separação) que faz, através da imaginação, que a escuridão se confunda com o Mal, que é a nossa oposição natural, já que somos feitos, por criação, da própria LUZ CRIADA.
Resumindo, é neste ambiente de ausência de luz e de penumbras (Encontro de Luz e Trevas), que vivem os Exus e Pombagiras, que nada mais são do que Espíritos caídos e envolvidos pelo Poder caótico da substância Etérica. Por ser um assunto muito vasto, será tratado ou apresentado em 28 capítulos no Blog do Brasão, de forma regular no Item 10 – Os Elebaras na Umbanda. Nos encontraremos lá. Então, até já.




sábado, 8 de junho de 2013

(Item 3) - CULTURA UMBANDISTA - SOM

3 - VIDA RELIGIOSA (10 de 10)

VIDA RELIGIOSA Parte 10 – O SOM

O Som
(Martinez, tuct.com.br)

O Som

SÍNTESE
  • É a manifestação da Mente Consciente.

  • Meio de manifestar ideias, pensamentos e formas.

  • Emanar Poder de ação real (a mente envia vibrações).

  • Um dos 4 elementos do Big Bang (o começo da vida).

  • Ritmo, compasso e tempo de vida.

  • É dual: é partícula material ou onda vibratória sutil.

  • É radiante, isto é se propaga velozmente em todo o Universo.

  • É o Verbo, o Intelecto. O domínio pela oratória.

  • Domina o ser e domina a vida.

O Poder dos Sons
O Som é o instrumento do qual se serve a mente para registrar ideias, pensamentos, formas, e para emanar Poder de ação real. Ele é um dos processos pelos quais todos os seres se comunicam, trocando ideias, pensamentos, imagens, movimentos, etc., sendo por isto, considerado como a manifestação da mente consciente ou consciência da existência.
Sendo um dos 4 Elementos oriundos do Big-Bang, o som faz parte da formação da vida e dela faz parte de maneira inseparável. Ele marca o ritmo, o compasso e o tempo da vida.
O som em forma de pensamento domina a mente. Se o pensamento é som, então o som é o verbo.
O Poder da Mente se manifesta através do pensamento, das ideias. Como vimos no trecho que fala sobre a Reza, uma oração se faz pelo contato entre o pensamento de quem reza e a onipresença, onipotência e onisciência de Deus. Portanto, o pensamento representa a mente, e o poder mental é que faz contato com a onipresença de Deus, e este pensamento que vem da mente representa o espírito e a vontade que o “EU” tem de realizar ou pedir alguma coisa, que neste caso é o contato com a Divindade.
O som possui dualidade universal. Ao mesmo tempo em que ele é partícula material, sonora e atômica, ele é também uma onda vibratória espiritual.
O som pode levar ao delírio da beleza, ao êxtase mais sutil, mas também pode levar à libertinagem mais torpe e ao ódio mais doentio. Exemplos disto são o poder de Hitler (o magnetismo da fala) usado para o mal, ou as rezas de Jesus que curavam ou operavam milagres.
O som é capaz de marcar época, pois influencia de forma quase absoluta o comportamento da juventude operando nesta, profundas transformações comportamentais e até idealistas.
Existem as músicas populares, que são profanas, e que servem para o divertimento dos seres e acabam por mexer com o comportamento, o humor e os desejos de todos os tipos. Uma bela música pode dominar um grupo grande ou pequeno de pessoas fazendo com que elas obedeçam aos objetivos do autor e compositor, inclusive os seus desejos e suas vontades.
Os Mantras são sons místicos que se inter-relacionam com a psique humana e podem conduzir as mentes tanto para o bem como para o mal, dependendo de seu manipulador. Não é à toa que o universo e a vida tiveram seus inícios a partir de um gigantesco som.
Uma pessoa que possui uma boa oratória, usando as palavras corretas no momento certo pode dominar multidões.
Os pontos cantados usados pelas religiões, tanto os mais populares como aqueles mais elaborados do tipo gregorianos, servem para muitas coisas e, dentre elas, a concentração mental, a elevação espiritual, o envolvimento ritualístico, o encantamento e o comprometimento emocional necessário para o contato com o mundo divino.
Poderíamos dizer quase sem medo de errar, que quem domina o som místico, pode dominar a vida, já que é capaz de dominar a mente.

sábado, 1 de junho de 2013

Item 2 - CULTURA UMBANDISTA Os 7 Sacramentos 10

A TRANSFERÊNCIA DO PODER

Parte X

O dedo de Deus
(Michelângelo Buonarotti – Capela Cistina - Vaticano

O Poder não é dado, é emprestado.
A transferência de Poder é ritualística, Oral.
Assim como se adquire, também se perde.
A Transferência é temporária. Com o tempo perde potência. É uma Entropia. (Tudo que nasce organizado com o tempo se desorganiza). Por isto precisa ser renovado de tempos em tempos, no mínimo 7 anos ou a critério do Sacerdote ou Sacerdotisa que transfere o Poder.
Transferir para alguém um determinado Poder, é algo de uma responsabilidade tão grande que põe à prova a capacidade e o discernimento do Transmissor. Toda transmissão é revestida de muito cuidado e muito mistério através de Rituais muito rígidos, penosos e sacrificiais ao extremo para os não preparados.
Para cada procedimento ritualístico existe uma transmissão específica de Poder. Assim, de poder em poder, o sacerdote vai crescendo em hierarquia e em experiência, capacitando-se cada vez mais para o atendimento aos necessitados e suplicantes. A medida em que vai adquirindo Poder o sacerdote vai se tornando “parceiro” das Entidades Espirituais. Em cada Poder recebido, o sacerdote recebe um “cruzamento ritualístico” que o habilita ao exercício do Poder. Este cruzamento ritualístico é chamado de o Axé do Poder pois ele promove a junção do Poder Temporal com o Poder Sobrenatural dando ao sacerdote o título honorífico de Baba Ôlúwo Owó Awó.
O Cruzamento Ritualístico é absolutamente necessário pois sem ele o sacerdote que recebe o poder fica sem “cobertura” espiritual das duas bandas para o exercício do Poder.
Este poder de “proteção” ao aprendiz sacramentado (Que recebe o poder) se estende até que o novo sacerdote possua sua própria casa com todos os assentamentos sagrados de defesa e atração em pleno atividade e em equilíbrio pleno.
Poder espiritual não é brincadeira. É algo muito sério que só deve ser concedido a quem efetivamente esteja preparado e possua consistência moral para respeitar os fundamentos sagrados e a Tradição Ancestral.
A serimônia de transmissão de poder costuma ser pública para que fique registrado que o aprendiz foi considerado apto materialmente e espiritualmente para o exercício e aplicação correta dos Sacramentos Sagrados da Umbanda.
O Axé Oxó (Poder do Axé) de cada Portal ou Sacramento não será revelado nesta matéria. No momento certo e na hora certa se unirão Iwa, Aba e Axé para formarem o Âbá L’Âché (o Poder do Supremo Orixá) para o novo Ôluwó Owó Awó (Sacerdote detentor do Poder).
Axé, axé, ti mi axé biô. Abalaché de Olorun, ti mi axé bio...