sábado, 6 de setembro de 2014

Item 4 - CULTURA UMBANDISTA

ORIXÁS II: YORIMÁ visão do Candomblé
PERFÍS DOS ORIXÁS: YORIMÁ 1
VISÃO DO CANDOMBLÉ (Síntese)


Obaluaê
(povodearuanda.wordpress.com)

PERFIL DE YORIMÁ, OMULU/OBALUAÊ – XAPANÃ
O tremo Yorimá não é conhecido nem usado no Candomblé. Os pesquisadores africanistas não o encontram em suas pesquisas sobre os Cultos de Nação na África. Assim, Yorimá é um termo utilizado apenas na Umbanda.
No Candomblé, a divindade que mais se assemelha a Yorimá é Xapanã, tão temido que os adeptos não ousam pronunciá-lo, preferindo suas duas manifestações: Obaluaê, o mais moço; e Omulu, o velho.
Para a grande maioria dos devotos do Candomblé, os nomes de Obaluaê e Omulu são intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo, um mesmo conceito: é o Orixá da doença.
Xapanã é um nome proibido no Candomblé, não devendo ser mencionado, pois pode atrair a doença inesperadamente. Segundo Pierre Verger, o mito deste temor pode Ter-se originado em consequência das campanhas militares de um chefe guerreiro muito temível, que não costumava poupar seus inimigos e arrasar as terras que a seu domínio se opunham. E só de ouvir falar o seu nome, já gerava pânico no povo.
A figura de Omulu / Obaluaê e seus mitos é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. A este Orixá é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faz parte da essência básica vibratória do Orixá o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.
A visão de Omulu / Obaluaê é a de castigo para quem falte ou deva algo a ele ou a quem ameaçar um filho de santo seu. Seu arquétipo assume a postura de uma divindade terrível que exige respeito.
Os filhos de Omulu / Obaluaê comumente se apresentam como solitários, de jeito severo, demonstrando claramente a figura de quem se sente rejeitado pelo destino, e que começou a sofrer desde o nascimento. Isto provoca uma dificuldade de relacionamento com as outras pessoas que só é superada com muita paciência e compreensão. Talvez por isso use seu poder para assustar os outros. Mas, por outro lado, são capazes de se sentirem satisfeitos quando a vida corre tranquila para eles. Podem estar bem materialmente e rejeitar tudo por escrúpulos imaginários. São capazes de se consagrar ao bem estar dos outros fazendo abstenção de seus interesses vitais.
Seu elemento é a terra. Seu domínio, o universo das doenças (causa e cura), vírus e bactérias. Seu axé é preto (a sombra do desconhecido e do mágico).
No candomblé existem 3 princípios básicos de axé : o preto como descrito acima; o vermelho, a força ígnea transformadora e energia do fogo; a branca, a luz, cor do esperma, o princípio da vida e de tudo.
Obaluaê quer dizer rei, senhor da terra. Omulu significa filho do senhor. E a saudação Atotô quer dizer submissão, “coloco-me a teus pés”.

DADOS RITUALÍSTICOS
          Filiação: Orixalá e Nanã Buruquê
          Metal: Chumbo
          Número sagrado - 2
          Cor: Branco e preto para Obaluaê, branco preto e vermelho para Omulu.
          Guias: Em missangas brancas e pretas para Obaluaê; e brancas pretas e vermelhas para Omulu, ou então uma guia especial chamada Laguidibá, ou toda de búzios mas entrelaçada com palha da costa.
          Veste ritualística: Saia feita nas cores da guia, recoberta de palha da costa que tampa todo o corpo. Na cabeça torso trançado com a palha da costa com missangas nas cores do Orixá, com búzios. Nos pulsos braceletes de palha da costa toda incrustadas de búzios. Na mão, um cetro de palha da costa trançado, com varinhas, recoberto de búzios e missangas. Nos tornozelos, tornozeleiras de palha da costa, búzios e missangas.
          Comidas: Pipoca, azeite de dendê, farinha de molho (para Omulu). Pipoca, azeite de dendê, bife de porco, cebola e mel de abelha (para Obaluaê). Aberém.
          Animais de sacrifício: Obaluaê = Porco, galo, coquem - Omulu = Bode, cabra, galo (brancos e pretos).
          Apetrechos: Xaxará e Guizos.
          Assentamento: Otá de pedra escura e invulgar
          Paó: 5 batidas de palmas acima, 5 abaixo, as três de reverência, toque com a mão no chão, e adobalé.
          Toque: Opanijé
          Dia consagrado: 2ª Feira
          Saudação: Atotô
          Qualidade do axé: Preto.

OBSERVAÇÃO:
As fotos e figuras usadas neste blog foram copiadas da Web e dado o devido crédito a quem as postou ou ao autor da foto ou obra. Pedimos desculpas aos autores que não conseguimos identificar. Caso os autores desejem ser indicados, teremos a honra de citá-los neste blog, desde que nos comuniquem e comprovem (A comprovação se faz necessária para a devida proteção do verdadeiro autor). Desde já meus agradecimentos e Axé de Zambi para todos nós.